Ato 7: Foca, mas, não sufoca

57 11 4
                                    


  Acordei com Paula cutucando meu rosto com o dedo.

— Bom dia bela adormecida.— Ela falou rindo.— Tem um pouco de rosto na sua baba.

— An? Merda.— Nós dois rimos e eu me sentei na cama.— Já chegamos?

— Já, estamos atracando.

  Fui no banheiro, limpei a baba e subi, Paula veio logo atras de min.

— Acordou na hora certa!— Alan falou.

  Olhei a diante, vários policiais e soldados fortemente armados, parados na costa.

— Atenção! Larguem as armas e desçam do barco com as mãos pra cima!

   Todos fizemos o que os policiais mandaram e descemos do barco, eles fizeram uma revista em tudo, depois nós voltamos e pegamos nossas coisas, menos as armas é claro que eles não deixariam civis armados no acampamento, fomos divididos em pares, Eu e Alan, Rafael e Ana, Paula e Sodré, Alana e André ficaram junto com Arthur pois tinham que cuidar dele.

— Eu me sentiria mais seguro armado.— Alan falou.

— Eu também mas...— Respondi.— Não há nada que possamos fazer.

  Passaram-se dias que ficamos no acampamento, nenhum sinal de zumbis, infelizmente não encontramos nossos pais, mas eu recebi um SMS da minha mãe dizendo que eles estavam todos juntos e em segurança. Eu até já estava me acostumando com a vida tranqüila e sossegada quando enquanto passeava pelo acampamento ouvi dois soldados conversarem

— Ouvi dizer que o nosso estoque de comida está acabando.

— Sim, o general disse que teremos que racionalizar comida em breve, ou então colocar pessoas pra fora do acampamento.

— Não podemos fazer isso... Eles não sobreviveriam la fora.

— O general vai dar amanhã à noite.

— Espero que ele tome a decisão correta...

— Como assim correta?

— O que for mais sensato.

  Os dois saíram marchando ao ouvir o chamado do comandante.

— Você ouviu isso Alan.

— Eles falaram tão alto que se eu não tivesse ouvido eu era surdo.— Nós dois rimos.

— Temos que avisar o pessoal.

— Sim, no almoço faremos isso.

  Na hora do almoço sentamos todos juntos.

— Tenho algo muito importante pra dizer.— Eu e Ana falamos em uníssono sentando na mesa.

— Você já ta sabendo?— Mais uma vez em uníssono, nós dois rimos.

— Fale você primeiro.— Eu disse.

— Tá bem...— Ela respirou fundo.— Carol tá em salvador, ela me mandou mensagem a noite dizendo que tá escondida dentro de um armazém lá no bairro dela.

— Ames?!— Perguntei

— Não... Foca...

— Ah sim... Mas agora o que eu queria dizer. Eu e Alan, ouvimos dois soldados conversando, talvez eles tenham que racionar comida, ou pior, botar gente pra fora...

— Essa é nossa deixa.— Alana falou.

— Rafa, Você vai trocar de lugar com o negro essa noite.— Ana falou.

— Pra que?

— Pra discutirmos o plano né ôh animal.— Falei.

— Certo.

— Nos encontraremos próximo aos banheiros à meia noite.— Ana falou.

  Durante o resto do dia ninguém tocou no assunto. Depois do jantar eu segui com Ana pra barraca dela, entramos era exatamente igual a minha.

— Então vaca, o que faremos?— Perguntei.

— Eu tive umas idéias durante o dia, mas quero um pouco da sua opinião.

— Diga.

— Eu arranjei um mapa.

— Como assim arranjou?

— Tá eu roubei.— Ela disse revirando os olhos.

— Se formos descobertos todo o plano vai dar errado.

— Quando formos descobertos estaremos longe daqui já.

— Eu dei uma olhada nas posições dos soldados, ficam dois próximo ao porto, vamos mandar alguém la pra distrair eles, enquanto os outros entram correndo no barco, você vai lá, na hora só ligue e parta direto.

— Então você e Rafael vão invadir o armazém de armas.

— Como vamos fazer isso?

— Certamente eles não resistem a uma lady, vou seduzi-los.

— Mas quem vai ligar o barco?!

— Alan sabe fazer isso, eu ensinei pra ele.

— Certo, mas como pretende seduzir eles?

— Vou fazer o teste com você, afinal, você é meu melhor amigo, se eu conseguir te seduzir eu levo qualquer um.

— Não to gostando nada dessa ideia.

  Ela trocou de camisa, colocou uma com um decote enorme e ela já tem peitos grandes... Emfim né, vamos direto ao ponto? Vamos. Ficou de quatro e sorriu de um jeito sacana pra min.

— Então... Eu to indo bem?

— Er... Ahm... Depende... Defina bem?

  Ela riu e se sentou.

— É... O plano vai dar certo.

— Minha vez agora.— Falei me jogando em cima dela e ficando de quatro.

— Para negro! O que que cê tá fazendo?

— Vingança.— Eu sorri aproximei meu rosto do pescoço dela.— Brincadeira!— Soltei a loirinha e me sentei já rindo.— Você precisava ver sua cara.

— Besta.— Ela me deu um murro no ombro e nós dois rimos.

  No horário marcado todos nos encontramos no local combinado, expliquei o plano e partimos para a execução.

— Negro!— Rafael cochichou no meu ouvido.— É pra ela seduzir ele não você idiota!

— Uh Ah... Eu sou hétero né cara calma ai...— Rimos baixo e entramos no armazém.— Pegue só o que precisamos.— Falei.

— Vou pegar essa aqui pra André.— Ele disse botando um rifle de precisão junto do colchonete.

  Pegamos armas de fogo e corpo a corpo, agua e comida, enfiamos no colchonete e nas mochilas. Saímos do armazém, fiz sinal pra Ana que já estava tão perto do soldado que se ele fosse mais esperto teria agarrado ela.

— Sinto muito gato, meu tempo acabou.— Ela deu um empurrão nele e saiu andando.

  Não resisti, quis rir mas me contive, minutos depois estávamos todos reunidos no barco, eu e Rafael usamos facas pra cortar as cordas que prendiam o barco a borda, logo depois estávamos longe da costa.

— Galera, o plano foi um sucesso, só temos um probleminha...— Ana falou.

— O que?— Rafael perguntou.

— Nós vamos ter que arrumar mais diesel do lado de lá, só temos tanque suficiente pra ir.

— E quem disse que podemos voltar, felizmente deixei cartas pra nossos pais, avisei que manteríamos contato por celular. Agora vamos salvar Carol.

----------------------------------------------

Galera desculpa mesmo o atraso... Meu dia acabou sendo cheio e o colégio passou muito dever... Fora o fato de que eu sou um pouco muito esquecido... Ahshsha mas prometo que não vai se repetir.

Me desculpem mesmo...

Abraço do tio LuzEscura

 

 

Não Seja MordidoOnde histórias criam vida. Descubra agora