Ato 19: Raiva+Heavy Metal= Encrenca

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Quando acordei de manhã, estava caindo uma tempestade, o clima nessa cidade era bem irregular. Botei minha jaqueta de couro, um capacete e saí. Segui rumo ao território da Máfia com minha Harley, eu estava ouvindo Psychosocial do Slipknot no volume máximo, como eu sempre fazia quando eu estava com raiva, sozinho fui invadindo os domínios de todas as Gangues e Bocas de tráfico da área, armado somente da minha espada e do meu revólver com umas balas a mais. A cada pessoa que eu interrogava eu chegava mais perto de encontrar meus amigos.

Após horas conseguindo informação, as 16:00 eu descobri onde ficava o big bob, irônico... Ele morava na prefeitura. Fui até o local, estava todo cercado, o exército estava lá, protegendo a prefeitura. Eu definitivamente esperaria o anoitecer para atacar.

  A noite caiu, durante a troca de turnos dos soldados, desmaiei um e coloquei suas roupas, essa noite só um sangue seria derramado, fui andando até que vi uma sala com portas cinzas, entrei, meus amigos estavam lá.

Fui até a cela de Rafael.

— Eu já volto pra te buscar.

  Saí caminhando até me deparar com um par de portas rubras enormes.—  É aqui, só pode ser aqui!.— Pensei, abri a porta, havia um cara com duas vezes o meu tamanho, sentado numa poltrona com um charuto na mão, não dava pra ver seu rosto por causa da luz fraca das velas, mas, ele parecia até o The Rock com cabelo e barba.

— Eu não disse que não quero ninguém aqui depois das 18!?— Ele gritou.

  Corri até ele sacando a espada, tentei acertar ele, mas ele segurou minha lamina e me empurrou.

— Parece que finalmente você chegou João.

— Quem é você é como sabe meu nome?!

— Não importa quem eu sou, eu só quero conversar, não quero te machucar.

  Avancei contra ele, tentei cortar o braço dele fora, mas, novamente o homem segurou minha lamina, dessa vez ele a quebrou

—Negro... Para, eu não quero te machucar...

— Você não tem o direito de me chamar assim?!— Tomado pela fúria eu joguei minha espada no chão e investi contra o homem.

Os braços dele eram tão longos que eu nem o alcançava, ele me empurrou, caí de mal jeito, uma dor insuportável tomou conta do meu pulso direito, ele definitivamente tinha torcido.

— Eu ja disse... Somos amigos, então eu não quero te machucar.

— Você não é meu amigo! E eu vou acabar com você.— Tirei a faca cerrilhada da cintura e ataquei novamente.

   Bom ao menos eu tentei, antes que pudesse chegar ele chutou minha mão, a faca bateu no interruptor e as luzes se ascenderam, entrei em choque quando o reconheci, mais um amigo de escola, mas esse havia mudado muito, ele era gordinho quando eu o conheci, agora até parecia o Léo Stronda de tão grande.

— Nal... Ter...— Falei ainda em choque.— Mas... Que porr...

— Nosso tempo acabou.— Ele disse olhando pela porta.

— Como assim?— Perguntei ainda meio estático.

— Você foi descoberto, e não tem tempo pra pensar numa fuga então... Me desculpa por isso.— Ele me acertou soco tão forte que eu apaguei.

Não Seja MordidoOnde histórias criam vida. Descubra agora