Ato 9: Medicina.

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                         RAFAEL

  Eram muitos zumbis, eu sabia que não daríamos conta, mas, quando vi um caminhão parar na frente das portas de ferro.

— Carlos!— Gritei.

— Pra alguém tão jovem você até que se mete em bastante encrenca!— Disse o homem barbudo com um sorriso no rosto descendo do caminhão com duas escopetas uma em cada mão.

                          JOÃO

  Recebi o sinal do rastreador, eu e André subimos na moto e fomos em busca da localização, ao chegar no local, avistei o caminhão do Carlos, entrei pelos fundos e vi meus amigos lutando com todos aqueles zumbis, e Rafael ferido no chão.

— André!  Tire Rafael e Carol daqui! Cuidaremos do resto.

  Ele assentiu e correu até os garotos.

— Todo o problema acabou, o vira latas chegou!— O gritei fazendo cena cortando as cabeças dos zumbis.

— Merda! Idiotas!— Um dos garotos gritou.— Lacaios! Matem todos eles!

  Vários garotos saíram correndo armados com porretes e coisas do tipo.

— Galera o esquema é o seguinte.— Gritei.— Sem mortes, nada de ferimentos letais.

— Assim não tem graça alguma.— Ana gritou rindo.

  Coloquei de volta a bainha na espada e comecei a acertar os pescoços dos garotos que caiam desmaiados.

— Caleb, temos que recuar.— A garota ruiva falou fugindo.

— Retirada!— Caleb gritou.

  Os garotos começaram a fugir e logo o armazém estava vazio.

— Estão todos bem?— perguntei.

— Com exeção de Rafael.— Sodré respondeu apontando pra o garoto no chão.

— É...— Ele disse rindo.— Mas eu vou ficar bem... Eu acho.

   Botei a mochila no chão, tirei um kit de primeiros socorros.

— Montem guarda, vou cuidar do ferimento agora.— Falei colocando as luvas.

— Desde quando você sabe fazer isso negro!— Rafael me olhava espantado.

— Eu sempre disse que ia formar em medicina....— Respondi estancando o sangue com gase.— Isso vai doer, muito.— Joguei vodka na ferida, Rafael tomou a garrafa da minha mão e bebeu uns goles, antes que Ana pudesse pegar também eu tomei da mão do ferido.

   Rafael urrava de dor enquanto eu puxava a bala com a pinça, ele desmaiou.

— Cheque os pulsos dele.— Falei, Alan correu até o pescoço dele e checou.

— Ele tem pulso e está respirando.

— É tudo minha culpa...— Ana falava.

— Se culpar não vai ajudar!— Respondi.— Quer saber o que ajudaria?

— Qualquer coisa.— Ela falou.

— Carregar essa praga.

— Isso ai você deixa comigo.— Carlos disse colocando Rafael no colo.

— Aí Carlos, cadê seu tapa olho?— Perguntei.

— Era falso! — Ele exclamou e caiu na gargalhada.

   Saímos do armazém, levamos algumas bebidas que estavam nos caixotes, na verdade a maioria... Falando a verdade, saqueamos.


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~ LuzEscura ~

Não Seja MordidoOnde histórias criam vida. Descubra agora