Ato 15: Separação

46 8 3
                                    


  Chegamos no porto, descemos do carro e nos juntamos no barco do tio de Ana.

— Mas o que eles tão fazendo aqui?— Carol perguntou apontando pra Caleb, do sofá Rafael já apontava a arma para o garoto.

— Calma galera, ele é amigo.

— Ele atirou na minha perna porra!— Rafael gritou.

— E me sequestrou!— Carol completou.

— Não fui eu que atirei na sua perna.— Caleb falava em tom calmo.— Mas sim eu te sequestrei, mas não fiz isso porque sou ruim, e sim pois minha irmã está sendo feita de refém pela Máfia, se eu não der o que eles querem vão matar ela, então eu preciso de ajuda.

— Você ta metido com a máfia?!— Rafael falou

— E nós vamos ajudar.— Ana disse.

— Vocês ficaram loucos?!— Carol gritou.

— Não vamos não Ana.— Alan disse.

— Você faria o mesmo se fosse Alana.— Falei, mas acho que devia ter ficado calado pois isso gerou uma discussão colossal.

  Passaram-se minutos de treta, tive que segurar Ana pra ela não bater em alan, no final ele, Rafael e Carol disseram que se era isso que os líderes decidiram eles estavam fora.

— Por que porras Alan é sempre assim?!— Ana disse jogando pedras na agua.

— Por que ele quer sobreviver.— Falei, ela não sabia que eu estava lá então acabei assustando ela o que a fez desequilibrar e cair na agua.

— Caralho que susto negro!— Ana disse saindo da agua encharcada.

— Bom pelo menos agora você esfriou a cabeça.— Brinquei.

— Idiota.

— Vim dizer que amanhã de manhã vamos explicar o plano e partiremos, não quero arriscar muitas vidas, então vamos só eu você o Caleb e a Joanna, consegui duas motos de motocross pra a gente.

— Certo, agora vai pegar uma toalha pra mim que eu to com frio.

— Tenho cara de escravo?— Falei em tom de brincadeira.— Não responda!

— Rapaz.... Tem...— Ela brincou.— Vai logo negro.

— Por min você congela aí.— Eu disse saindo e ela resmungou algo que eu não consegui ouvir.

  Fui andando até o final das docas tirei os sapatos e coloquei os pés na agua, fiquei pensando em como estariam meus pais, enquanto olhava o por do sol, foi quando comecei a ouvir alguém me chamando distante, uma mão apareceu no meu ombro.

— Ta tudo bem com você? — Era Joanna sentando do meu lado.

— An?— Eu ainda estava com um pé perdido no misterioso universo da minha mente.— O que você disse? Eu não intendi.

— Perguntei se você tá bem, to te achando meio aéreo.

— Eu to bem, só to meio cansado...

— Por que não vai descansar?

— Eu gosto de olhar o sol se por... O que você ainda está fazendo aqui?

— O carro quebrou e não podemos voltar pra casa, além do mais, se voltarmos de mãos vazias vão nos matar.

— Então seja bem-vinda... Lolipo...— Antes que eu pudesse terminar a frase ela me beijou.

— Pare de me chamar assim Blade.— Ela sorriu entre os beijos, ficamos ali um bom tempo.

Não Seja MordidoOnde histórias criam vida. Descubra agora