Ato 10: Party Rock

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  Então, salvamos Carol, e conseguimos mais dois barcos com 2 quartos cada, demos um jeito de arrumar eles todos uns dos lados dos outros.

— Antes de começar a festa de comemoração, por conseguir resgatar Carol e voltar em segurança, com quase todos os membros ilesos.— Briquei.— Vamos separar quem dorme aonde.

— Podemos fazer que nem faziam na escolinha de futebol— Arthur falou.— 3 Líderes de equipe, ou nesse caso, de barco.

— Certo, somos 10, e temos 3 barcos.— Falei.— Quem serão os líderes?

— Eu, Você e Sodré.— Ana falou.

— Eu? Por que logo eu?— Sodré perguntou cruzando os braços.

— Tem algo contra? Podemos escolher outro...— Falei.

— Não não, tá beleza assim.

— Então vamo começar!— Carol falou puxando uma latinha do freezer.

  Líderes decididos barcos separados, começamos a festa, sem musica obvio, não queríamos zumbis correndo pelo porto.

  Tomamos litros e mais litros de cerveja e vodka, estávamos todos deitados no chão do deque do barco.

— Ai loira... Me da um pouco dessa tequila aí...— Falei esticando meu braço em direção a garrafa.

Nããão... Essa aqui é so minha.— Ela disse virando o resto que tinha, depois se virou pra min.— Negro.

— O que?

— Cê acha que as coisas vão voltar a ser como antes, tipo sem os zumbis e tal.

— Talvez, afinal, ou todos nós viramos zumbis, ou todos eles morrem.

— Verdade...

— Então me prometam uma coisa vocês.— Rafael disse se sentando.

— O que?— Falamos em uníssono.

— Vamos matar todos eles.

— Beleza...— Falei.— Mas só depois que sua perna melhorar.

  Todos rimos, ficamos ali em silêncio olhando as estrelas até que fomos interrompidos por Alan roncando.

— Alan.— Ana deu um tapa na barriga dele.— Vai pra cama viado.

— An?— Ele acordou ainda meio zonzo, depois processou a informação e levantou.

— Eu acho que eu também já vou.— Sentei me espreguiçando.— Boa noite aí pra vocês.— Me levantei e fui pro quarto deixando o resto do pessoal lá.

  Cheguei no quarto, fiquei de cueca e me joguei na cama, olhei o relógio, já eram 3:30, "Caraca..." Eu pensei, fiquei olhando pro teto, perdido em meus pensamentos, quando Paula abriu a porta com uma garrafa de smirnoff na mão.

— João seu negro delicia.— Paula falou pulando em cima de min.— Que tal a gente se divertir um pouco? Só nós dois.

— Quê?! Mas que porr...!

                        ANA

    Lá estava eu, agarrada com a minha garrafa de tequila e o meu irmão de cosideração, podia ouvir João gritar no quarto mas tinha certeza que ele não estava sendo atacado por zumbis, era algo pior...

— Ai Rafa... Lembra de quando fomos emboscados hoje cedo...?

— Como eu não ia lembrar?— Ele disse em tom irônico.

— Aquele Caleb, tem olhos lindos...

— Verdade... Mas por que esse assunto agora?

— Sei lá... Me veio a cabeça aqui...

— Hm... Não vai me dizer que...

— Não! Ta louco?!

   Nós dois rimos, mas na verdade o Caleb realmente tinha olhos lindos e por algum motivo eu sinto que vamos nos encontrar de novo... Falando assim, até parece que eu to afim dele... Mas não, eu juro, que só achei os olhos dele lindos...

— Ana...— Rafa bocejou.— Eu acho que eu já vou dormir também.

— Ah vai não puta! Fica aí, não quero ficar sozinha, vamo ver o sol nascer.

— Aff, tudo bem então.

  E ali ficamos, sentados olhando o céu nascer, quer dizer, ao menos eu vi o sol nascer, Rafael dormiu no meu colo, mas antes que eu pudesse apreciar completamente o nascer do sol, eu adormeci também.

Não Seja MordidoOnde histórias criam vida. Descubra agora