Jason continuou parado, como se estivesse processando o que eu acabara de dizer. Ele abaixou o olhar, confirmando todas as minhas suspeitas. Suzanne entrou na minha frente, já que eu estava tapando a saída. Pelo menos ela entendeu o recado. Ninguém sairia dali sem me dar respostas.
- O que você viu? – ele perguntou.
- Sobre uma linhagem – respondi, envergonhada. – Casthaway.
- Essa linhagem não existe mais, Srta. Williams – ele deu de ombros, despreocupado.
- Você acha que é uma Casthaway? – Sazanne perguntou com desdém.
- É o que eu quero saber. Eu não levito e o meu poder é a cura, assim como eles.
- Acontece que eles não existem mais!
- Como vocês sabem?
- Não vimos nenhum desde a ascensão dos anjos da morte e os anjos de Blackwood.
- Blake é um Anjo da morte? Ele deve saber?
Suzanne riu.
- Não seja ingênua, garota. Ele é apenas um mensageiro.
- Vocês não podem possuir tanta certeza assim. – rebati. Enquanto eles assimilavam algo para falar, peguei a tesoura que estava em cima de uma mesa, junto com alguns papeis e fiz um pequeno furo na palma da minha mão. Logo, o sangue apareceu.
Sangue.
Não eles não podiam mais mentir.
Boquiabertos, eles viram a linha fina de sangue escuro escorrendo pelas minhas mãos. Jason passou a mão sobre o pouco de cabelo que lhe restara, enquanto Suze deu um grande gole de uísque.
- O que vamos fazer, Jay? – ela perguntou, colocando mais bebida no copo.
- Isso é muito delicado, Suzanne. Pare de beber, mulher!
- Eu estou nervosa. Será que é por conta dela que os ataques estão piorando? – ela perguntou, curiosa, deliciando-se com o seu uísque.
- Ataques? Só mataram dois corvos até agora. – digo em minha defesa.
- É o que você pensa. Dois alunos já foram atacados e simplesmente não conseguem se lembrar de nada!
- Onde eles estão? – pergunto. O desespero já tomava conta de mim. Ah, meu Deus! E se eu fosse mesmo a culpada?
- Na enfermaria – Suzanne responde. – Estão com alguns hematomas.
- E- eu posso curá-los? –gaguejo.
- Você ainda não sabe usar os seus dons corretamente. Pode lhes acarretar a sua morte. – Jason explica.
Assenti. Não poderia correr esse risco. Agacho-me e encosto na parede, pensando no que irei fazer da vida agora. Eu com certeza terei que sair daqui, porém, se eu sair, irei morrer nas garras dos outros anjos.
Uma situação complicada. Muito complicada.
- Não se preocupe, Brooke – disse Jason em uma voz tranquilizadora. – Você não vai sair daqui. – complementou como se estivesse lendo os meus pensamentos.
- Mas eu posso ser o motivo de tudo isso estar acontecendo agora.
- Mas você é preciosa demais para ser jogada fora. Uma garota da linhagem Casthaway... Isso é magnifico! – os olhos de Suzanne brilhavam.
- Brooke. Você é filha de quem? – ele pergunta, analisando-me.
Franzo o cenho.
- Meu pai se chamava Joseph e a minha mãe se chamava Felicity.
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Beijada pela Morte | livro um
ParanormalVENCEDOR EM SEGUNDO LUGAR EM PROJETO DOZE MESES VENCEDOR EM PRIMEIRO LUGAR NAS OLIMPÍADAS LITERÁRIAS Brooke Williams é uma garota de dezessete anos que estava prestes a entrar em Oxford, a faculdade dos seus sonhos, que foram interrompidos...