- Me deixa termina de falar, porra! – gargalhei batendo a palma da mão no chão. – Ai eu dei o nome do cachorrinho fofo de ''cachorro'', porque, bem, ele tinha cara de cachorro – tentei explicar, meio que tropeçando nas palavras. Eu tinha certeza de que disse algo parecido com '' Uai chichi bu gugu gá thorrro''
Blake riu pelo nariz e tomou o quinto copo de vodca com limão.
- Eu tinha uma irmã que gostava de me vestir com vestido quando eu era criança. – ele fez uma careta emburrada e começou a rir. Gargalhei junto.
- Nossa, eu quero beber mais – balbucio.
- Eu quero... Eu quero alguma coisa – Blake fez cara de viagem e eu comecei a rir histericamente. – Acho que eu quero beijar você.
- Que legal – fecho os olhos, tentando enxergar o rosto dele direito. Estava tudo tão confuso que me dava dor de cabeça. Será que tinha dois Blakes na minha frente? Seria bem cool isso.
- Vamos tentar nos levantar – ele diz quase inaudível.
O que ele disse? Trepar ?
Blake se levanta primeiro e estende as grandes mãos para mim. Agarro-as com sem força e caio no chão, rindo igual a uma idiota. Blake ri e ficamos nós dois rindo do meu tombo sem-graça. Agarrei a sua mão novamente e me levanto, porém, quando eu estou quase de pé. Tinha bebido uns sete copinhos de uísque ou algo assim e até agora o meu estômago estava resistindo.
Assim que eu me levanto por completo, sinto uma náusea tão grande que não consigo me conter. Meu estomago expeli tudo encima do terno Armani de Blake, que fica completamente boquiaberto. Ah! Não tenho dinheiro para comprar outro, não. Desculpe-me.
- Caramba, cara... – tento enxergar todo o estrago que eu fiz. – Foi mal.
- Tudo bem – ele respondeu meio sem graça, meio bêbado.
Vou ao toalete tirar o restante de sobras da minha boca e a lavo. Aproveito o chiclete que estava na minha bolsa, masco e jogo fora. A vontade de vomitar novamente retornou, mas eu fui mais forte e resisti.
Assim que volto, vejo o paraíso.
Blake tira o terno e depois a camisa social. Ah, querido ar! Volte para mim, por favor. Blake vai ficar nu na minha frente?
Mas ele só fica sem camisa e com as calças e os sapatos levemente lustrados e sem nenhum arranhão.
- Gosto da sua barriga... – falei olhando para barriga de tanquinho perfeita. Eu poderia lambê-la ali mesmo. – Posso lamber?
- Acho que você pode... – ele fez uma careta e nós dois rimos juntos.
A festa estava uma loucura. Muitos, mas muitos adolescentes pulavam e alguns estavam nus correndo pelo salão como se fugissem do diabo e algumas meninas que dançavam impropriamente em cima das mesas de convidados.
Sim, um ambiente selvagem.
Ninguém mais conseguia controlar aquela festa completamente pirada. Uma bunda bonitinha se remexeu do meu lado e não era nada mais nada menos que Cameron, que dançava com Samirah que parecia uma geleia mole dançando no meio da pista.
- Isso tá demais! – ele grita no meu ouvido, me fazendo saltar para trás e bater nos gominhos do tanquinho de Blake. Nada mal.
Blake segura o meu braço e nós dois começamos a rir, cambaleantes até o estofado que estava em um canto. Assim que passamos pela mesa de bebidas, sou tentada a pegar um copo de vinho.
- Pare de... – Blake coça a cabeça, confusa. – Beber.
- Eu não. Tu não és o meu pai, cara – falo emburrada e jogo o copo no chão, estilhaçando-o. Vá se ferrar, bebida!
Assim que chegamos ao estofado quentinho e cheio de jovens que gemiam por seus estômagos estarem afundados no balde velho. Eles vomitavam até as tripas.
Eca.
Blake se jogou no sofá e eu praticamente me joguei em cima dele. O perfume Marc Jacobs ainda estava presente. Bom, bom. Muito bom.
Blake segura as minhas pernas entre si e eu me aproximo dele olhando naqueles olhos magníficos. Ele sorri de canto e eu não resisto. Selo a sua boca com a minha sentindo o gosto de álcool e limão.
As mãos de Blake descem para a minha bunda e dá um aperto. Não precisamos ir devagar, meu amigo. Eu estava prestes a tirar o meu vestido, quando ouço Dylan falar irritado.
- Tem quartos no porão!
Olho com cara de tacho para Dylan que estava agarrado a três meninas seminuas. Ah, por favor, vá perturbar outro.
- Cala a boca, Dylan.
- Que ir para outro lugar? – Blake sussurra.
- Não!
A preguiça tomava a maior parte do meu corpo. Eu estava muito animada, mas também estava exausta, como se fosse dormir a qualquer hora no colo de Blake.
Blake passa suas mãos suaves pelas minhas costas e logo me arrepio. Aproximo-me ainda mais nele, unindo nossos corpos suados e beijo o seu pescoço, enquanto ele desce a alça do meu vestido. Todo o ambiente estava escuro e, a batida da música não ajudava muito em questão.
Mas eu estava querendo muito aquilo, e também queria muito dormir. Choramingo baixinho. Por que o meu corpo teve que ficar contra mim?
- O que foi? – sua voz era como seda. Ele acaricia a minha bochecha e eu sorrio.
- Eu acho que estou com muito sono – falo embriagada.
- Vou leva-la ao seu quarto – ele diz.
Sem que eu possa protestar, Blake me carrega no colo como se fosse um bebê. Meu Deus, que vergonha! Vão pensar que eu sou franguinha que não consegue aguentar uma festa. Mas preciso admitir, aqueles copinhos de uísque, vinho e vodca acabaram comigo. Parecia anestesia.
Depois de alguns minutos, sinto o meu corpo sendo acolhido pela maciez do meu edredom. Hum, isso é tão bom. Logo depois, abro os olhos fracamente e vejo que Blake estava tirando a roupa e ficando apenas com uma cueca Box do meu lado. Ainda bem que eu abri os olhos.
Fecho rapidamente, assim que eu vejo que ele estava se aproximando de mim. Ele se aconchega ao meu lado, pegando um pouco do meu edredom para si. Aproximo-me dele, abraçando-o pela cintura nua.
Até que eu sinto os seus dedos subirem pela minha coxa lentamente como uma tortura. Abro os olhos lentamente e vejo o seu olhar. Como ele conseguia ser aquela mistura perfeita entre inocência e ousadia?
Mas ai ele termina com a tortura, enlaçando a minha cintura, e fazendo com a minha cabeça pousasse no seu peito. Eu estava tão cansada, que dormi naquele exato momento.
Pois é, eu dormi!
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Beijada pela Morte | livro um
ParanormalVENCEDOR EM SEGUNDO LUGAR EM PROJETO DOZE MESES VENCEDOR EM PRIMEIRO LUGAR NAS OLIMPÍADAS LITERÁRIAS Brooke Williams é uma garota de dezessete anos que estava prestes a entrar em Oxford, a faculdade dos seus sonhos, que foram interrompidos...