Capítulo Vinte

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— Você é amigo da Seulgi? — Perguntei não contendo a curiosidade.

— Não...

Eu ainda sentia muita raiva da Seulgi, queria ir lá e coloca-la em seu devido lugar, mas acho que se eu humilha—lha ela irá ficar com mais raiva ainda, e sabe-se lá o que ela está planejando, melhor não arriscar por enquanto.

Decidi deixar esses pensamentos de lado e focar em Jungkook que ainda me abraçava, passei meus braços ao seu redor dele o abraçando também.

Os abraços do Jungkook são os melhores.

— EU SABIA QUE VOCÊS IAM SE AGARRAR! — Yoongi gritou me assustando.

Me afastei de Jungkook e revirei os olhos enquanto o ouvia reclamar sobre como Yoongi é chato, Chaerin e Yoongi traziam refrigerante e pacotes de doritos nas mãos e depois de darmos play no filme e que as luzes foram apagadas começamos a nos servir.

O filme ainda estava pela metade quando Chaerin adormeceu nos braços de Yoongi que a essa altura já deveria estar no seu décimo sono. Jungkook estava jogado no sofá jogando no celular e eu era a única que estava assistindo.

— A gente podia estar se agarrando, mas você não colabora.

Joguei uma almofada em Jungkook o fazendo rir.

— Para de ser idiota.

— Mas eu só disse verdades.

— Eu não vou ficar com você.

Ele me encarou e colocou o celular na mesinha de centro.

— Como é que é?

Juro que eu ia levantar mas quando dei por mim a criança já estava praticamente em cima de mim, me impedindo de levantar.

— Eu não vou ficar com você. Desiste.

— Desconheço essa palavra.

Em seguida me beijou. Tentei empurra-lo mas desisti quando senti sua língua em contato com minha boca, decidi então aproveitar o momento.

Nos separamos devido a falta e então ouvimos o som de palmas, Jungkook se assustou, caiu e me levou junto. Será que ele e o chão são conectados por algum tipo de imã?

— Desnecessário Yoongi. — Chaerin reclamou e deu um tapa no garoto que começou a rir.

×

— Queria falar comigo? — Seulgi perguntou se sentando na cadeira em minha frente.

— Por que veio pra cá?

— Vim cuidar de você, oras. Pensei que ainda estivesse na pensão...

— E eu pensei que você tivesse sumido da minha vida, como eu mandei.

Eu havia chamado Seulgi para termos uma conversa séria e civilizada na casa da senhora Lee, Chaerin reclamou já a senhora Lee me apoiou e disse que devemos manter os inimigos por perto.

— Você não manda em mim, Haneul. — Fez uma pausa e suspirou. — Não mais.

— Pelo amor né, criatura. Você tem demência? Depois de toda aquela briga ainda tem coragem de dizer que veio cuidar de mim? Não preciso mais de você pra nada.

— Eu não fui sua amiga por mais de cinco anos pra terminarmos assim. Eu não admito isso Haneul!

— Problema seu.

— Você deveria me agradecer. Depois de tudo o que você fez a mim ainda estou do seu lado, e continuarei.

— De fato, não fui uma pessoa muito boa. Mas não me arrependo de nada e nem irei pedir desculpas. Passou mais de cinco anos sendo minha amiga porque quis, não te obriguei a nada.

— Fiz isso porque você é uma irmã pra mim e eu te amo.

Eu não senti nada além de pena da Seulgi depois de ouvi-la dizer aquelas palavras.

— O carro está pronto, Haneul.

— Já estou indo, senhora Lee.

Ela assentiu e me deixou novamente sozinha com Seulgi na sala.

— Vai embora.

E ela foi, com os olhos cheios de lágrimas e um olhar que me fez suspeitar da sua inocência.

— Obrigada, senhora Lee. — Digo antes de sair da casa e ir em direção ao carro me esperando do outro lado da rua.

— Eu sou a Alex e você a Clover. — Chaerin falou assim que coloquei o cinto de segurança.

Rimos. E ouvimos um latido no banco de trás, sim... Iremos levar o Boo.

— E a tia o Jerry. — Faço carinho no cachorro.

— Pronta para a maior aventura da sua vida?

— Com certeza.

×

Quando estacionamos em frente ao hotel fiquei de boca aberta, o lugar era gigante. Taehyung estaria nos esperando no quarto ao lado do meu e de Chaerin com os detalhes do plano.

Fomos até a recepção cada uma com sua devida bolsa e pegamos a chave do quarto, a reserva havia sido feita com os documentos falsos no nome da Chaerin.

Fui direto para o quarto de Taehyung e vi o mesmo com um notebook sobre a enorme cama do hotel. Ele parecia concentrado e analisava a tela do computador como se fosse um um mistério a ser desvendado.

— Tenho uma notícia boa e outra ruim.

— Diz a boa primeiro.

— Achei sua tia, Haneul.

— E a ruim?

— Sua mãe está de fato louca e doente. Segundo um dos psicólogos, ela não para de falar do falecido marido e de como foi difícil matá-lo, sendo que segundo a polícia ela não estava com ele na hora do crime.

Parece que o jogo virou.

Isso quer dizer que Chin Hae é inocente? E que a minha própria mãe é a assassina da história? Não, não pode ser. Por mais cruel que ela seja ela nunca mataria alguém.

Naquele momento foi como se a vida tivesse me dado um tapa de realidade, e desejei que Jungkook estivesse ali para me abraçar e dizer que tudo ficaria bem, mesmo sabendo que seria mentira.

— Prossiga com o plano.

MANO.

HOJE O DIA TA MUITO LINDO

LM CHEGOU A 1K DE VOTOS

Eu não esperava nem a metade dos votos e visualizações quando comecei a escrever a história.

Obrigada.

Não seja uma leitora fantasma u.u

Byee

Little Me - BTSOnde histórias criam vida. Descubra agora