Sixteenth day.

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[Harry POV]

Eu não consegui falar com Louis ontem por conta do trabalho, e como acordo cedo novamente hoje, acamos não nos vendo. Fazem vinte e quatro horas que não falo com ele, e parece que meu corpo se recusa a funcionar. Eu devo ter criado alguma espécie de vício ao corpo de Louis Tomlinson, porque não é possível se sentir incompetente por não ver uma pessoa durante vinte e quatro horas. Ainda bem que ou ve-lo ao meio dia, na hora do almoço.

Entro no nosso quarto e todos estão na mesma posição, dormindo igual anjos. Vou até o Louis e lhe dou um beijo na testa, e já me sinto um pouco melhor.

Chegando no trabalho já tenho duas sessões esperando a minha supervisão. As duas demoram mais do que o normal, e quando saio da última estou com pouco tempo para finalizar as autorizações que faltaram da noite passada.

- Sr. Styles? - pede Lou, entrando em minha sala.
- Lou! Eu já disse, só Harry, por favor!
- Ok. Harry?
- Oi?
- Tem uma visita para você na sala de espera - Oh meu Deus, o Louis veio me ver? Será que ele trouxe as crianças?

Saio correndo da sala com um sorriso de orelha a orelha, e quando chego lá, me deparo com uma menina loira e de olhos azuis. Cara. O que ela está fazendo aqui? Temos outra sessão? A Lou tinha dito que era uma visita e...

- Nossa, eu sou tão chata assim? - pergunta ela com um sorriso no rosto, interrompendo meus pensamentos e me dando um abraço - Lembra que combinamos de almoçar juntos hoje?
- Ah é, verdade!
- Você esqueceu? - ela finge estar magoada.
- Desculpa! Eu fiquei trabalhando até tarde, e meu cérebro apagou tudo o que fiz ontem.
- Tudo bem.
- Você quer almoçar onde?
- Não sei. Faz pouco que me mudei para cá, não conheço muito da cidade.
- Tem um restaurante logo aqui em frente. É simples, mas a comida é ótima! Aceita?
- Claro.

Vamos até o restaurante e sentamos em uma mesa bem ao fundo. Algumas pessoas param Cara para pedir fotos, e ela é muito simpática com todos eles, dando abraços e autógrafos.

- Isso é tão legal, os fãs. Quando alguém me para por causa do Louis me sinto tão feliz, mesmo que não seja pelo meu trabalho. É bom receber energias positivas - falo logo depois de sentarmos. Ela parece não escutar, mas responde mesmo assim.
- Você tem razão. Isso tudo é ótimo, é uma loucura, mas é ótimo.
- Falando em fãs, você fez um filme recentemente. Ele é realmente muito bom, meus parabéns.
- Você fala de um jeito tão formal! Parece até aqueles apresentadores de TV, que ficam te bajulando o tempo inteiro - fala ela e dá um soco amigável em meu ombro - "Como é sentir essa energia positiva vindo dos fãs? Porque sabe, seu trabalho é ótimo e todos te amamos, inclusive se quiser tirar um foto comigo agora eu agradeceria. Oh, seu sapato é tão lindo" - fala ela, imitando perfeitamente meu sotaque e minha voz grossa. Dou risada. Ela é uma figura. Não parece nem um pouco aquelas pessoas famosas que esbanjam tudo o que tem - Mas muito obrigada. Nunca pensei que faria um filme, isso tudo é uma loucura imensa.
- De nada.
- Você é fotógrafo a quanto tempo?
- Cinco anos.
- Esse almoço está parecendo uma entrevista. Você concorda? - ela fala as duas últimas palavras imitando minha forma de falar novamente.
- Acho. Mas eu só quero fazer mais uma pergunta, depois falamos de outros assuntos.
- Vai lá, pode lançar.
- Quem fala "lançar" quando quer ser questionado?
- Eu!
- Ok, ok. Cansa ter paparazzis e fãs o tempo todo ao seu redor?
- Se cansa ter paparazzis e fãs o tempo todo ao meu redor? - repete ela, imitando meu sotaque inglês.
Exatamente - tento imitar o sotaque americano dela, mas falho miseravelmente.
- Isso era para ser um sotaque americano? - fala ela e acaba rindo alto demais, chamando a atenção de algumas pessoas, fazendo com que alguns notem quem é ela.

Enquanto Cara está falando com alguns fãs, meu telefone toca. Atendo sem pensar, e não me preocupo em sair da mesa.

- Alô? - falo.
- Meu Deus como é bom ouvir sua voz! - fala Louis, do outro lado da linha.
- É muito, muito bom ouvir a sua também, meu corpo voltou a funcionar - percebo que Cara já voltou para a mesa, e está ouvindo minha conversa, mas não me importo.
- Você sumiu, e não veio dormir comigo ontem! - fala Louis, e mesmo que eu não esteja o vendo, tenho certeza de que ele está fazendo beicinho.
- Eu estava trabalhando. E sobre ontem a noite, você e sua família estavam dormindo como anjos, todos juntos. Não quis interromper o momento.
- Pois é, mas acontece que meu corpo não funciona sem você, Harold - responde ele, manhoso.
- E você acha que o meu funciona?
- Não! Me diz que você vai chegar cedo hoje, ou eu não vou aguentar viver mais nem um segundo!
- Vou chegar cedo hoje, porque ontem fiz horas extras. Provavelmente pelas duas ou três horas, vou estar em casa.
- Já disse que eu te amo?
- Não.
- Te amo.
- Também te amo.
- Beijos.
- Tchau, meu Deus! - falo rindo e desligo o telefone.

Thirty Days » Larry Stylinson [EM CORREÇÃO]Onde histórias criam vida. Descubra agora