Fifteenth day.

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[Louis POV]

Acordo as dez horas da manhã, Harry não está mais na cama, provavelmente porque foi trabalhar. Não me preocupo em escovar os dentes e vou direto para a sala.

Lottie e Toby ainda estão dormindo nos colchões no chão, verifico se o resto da família ainda está dormindo também, e parece que todos estão sonhando muito bem.

Vou tomar meu café, e ligo a televisão da cozinha. Vou tentar preparar um café da manhã diferente, não só leite e cereal, assim toda minha família pode aproveitar.

Está passando o noticiário, e estão falando sobre futebol, então eu aumento o volume, até porque faz um bom tempo que não sei nada sobre o meu time, não, sobre os meu ex-time.

- Após Louis Tomlinson e Liam Payne deixarem o time, eles perderam dois jogos seguidos, e foram eliminados do campeonato.
- Você sabe por que eles saíram do time? - pede a repórter ao comentarista, que está falando sobre futebol.
- Eu não sei, na verdade ninguém sabe. Na ultima coletiva de imprensa ele falou que os dois estavam de luto, não sabemos porque ou por quem, mas mesmo assim, Simon falou que eles iriam voltar, mas até agora não vimos eles em nenhum treino.
- Esse time era conhecido por ser muito unido, e forte, você acha que eles estragaram isso? - pede novamente a repórter.
- Com certeza. Esse time estava cada vez mais forte, eram raras as vezes em que perdiam um jogo, e quando perdiam era porque alguém estava machucado. Essa saída vai custar muitas vitórias, mas Simon vai ter que se acostumar com isso - Enquanto ele fala, pego os ovos para tentar fazer um omelete - Louis principalmente, teve uma atitude ridícula ao sair do time, ele era o capitão, fazia praticamente todos os gols. Percebemos que ele estava desatento ultimamente, mas a qualidade continuava igual, e agora ele acabou com tudo! - Jogo os ovos na pia, e corro para pegar meu celular.

Procuro no google o telefone do canal que está passando o noticiário, acho facilmente e ligo para lá. Uma voz fina e ridícula atende o telefone, fazendo minha raiva aumentar.

- Alô? - fala a voz fina.
- Alô, quem fala?
- Briana.
- Oi, é o Louis. Louis Tomlinson.
- Ah, olá. Posso ajudar em algo?
- Tem como você colocar essa ligação ao vivo agora?
- Não. Está passando o noticiário da manhã agora, senhor.
- É, eu sei, e estão falando de mim. Coisas ridículas de mim, por um acaso. Sabia que meu pai morreu semana passada? E que Simon nos fazia trabalhar 84 horas por semana?
- Oh. Não, eu sinto muito.
- Não sinta. Coloque essa ligação ao vivo agora! Eu poderia muito bem processar essa porra de programa, mas eu estou sendo legal e só quero falar ao vivo.
- O-ok. Espere só um minuto.

Espero impacientemente com que a minha ligação se torne um áudio, para que todo o país possa ouvir. O que eu vou falar? Eu nem pensei nisso. Quando estou com raiva meu cérebro não funciona e tenho idéias ridículas.

- Pode falar - fala a tal Briana.
- Ãn... Oi! Aqui é o Louis. Louis Tomlinson. Eu... - sou interrompido por uma voz. A voz do comentarista.
- Louis! Que bom que você ligou, temos algumas dúvidas para tirar.
- Não. Nós não temos nenhuma dúvida para tirar. Você vai ouvir, e todo o resto do mundo também. Eu e meu marido estávamos passando por uma crise, estávamos brigando todos os dias e eu estava perdido. Mas aí meu pai morreu. Esse era o tal luto, que ninguém sabia o motivo. Meu pai morreu porque algum imbecil queria os bens materiais dele, e o mataram para poder os terem. Eu e Liam somos melhores amigos desde crianças, ele foi meu padrinho de casamento e estava do meu lado sempre. Ele também sentiu toda a dor dessa perda, ele estava sempre perto do meu pai. Harry sentiu também. Talvez a mesma dor que eu. O pai dele o abandonou quando ele tinha cinco anos, e desde que ele tem 16 anos, ou seja, desde que nos conhecemos, o meu pai, é o pai dele. Depois dessa perda eu e ele nos perdoamos, conseguimos deixar de lado as diferenças e todo o ódio que vinha junto... - Respiro fundo para ganhar fôlego, para continuar falando - Simon Cowell nos fazia trabalhar 84 horas por semana, as vezes mais, e eu estava exausto. Exausto mesmo. Não aguentava mais ter que fingir que estava feliz, e ter que jogar bem, sendo que tudo estava dando errado. Então eu me demiti. E foi a melhor escolha que eu fiz e não me arrependo nem mesmo por um segundo. Então parem de falar essas merdas por aí, porque não é verdade. Essa é a única verdade.
- Oh, me des... - eu o interrompo.
- Não. Infelizmente eu não te desculpo, mas talvez agora as pessoas entendam.

Thirty Days » Larry Stylinson [EM CORREÇÃO]Onde histórias criam vida. Descubra agora