Nineteenth day.

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[Harry POV]

Depois do acontecido de ontem, a única coisa que eu quero, é ficar em casa, mas infelizmente não posso. Por quê uma pessoa cancelaria uma sessão, só por eu ser gay? Desde quando a minha vida pessoal é da conta de outras pessoas? Quem eu transo, ou beijo, ou amo, não é da conta de ninguém! Eu não sou obrigado a essas merdas!

Nesse momento estou jogado na cama, observando Louis dormir, e decidindo se eu vou ou não, para o trabalho. Eu já faltei dois dias, e nos dois arranjei desculpas esfarrapadas. Eu não posso perder esse emprego, eu não quero perder esse emprego. Então eu preciso ir.

Eu estava desacostumado a ter o Louis dormindo comigo de novo, a ouvir ele gemer meu nome, a preparar o café para ele. Tudo parece novo, sendo que é velho. Isso é confuso demais, e eu sei que preciso ir, mas eu também preciso ficar.

Louis abre os olhos devagar, e quando percebe que eu estou o observando, olha para mim com dúvida.

- Que horas são? - pede ele.
- Oito horas da manhã.
- Você tem que estar no trabalho que horas?
- Oito e meia.
- E eu posso saber por que ainda está aqui?
- Hm... Preguiça?
- Harold! É o seu trabalho dos sonhos!
- E você é o marido dos sonhos.
- Sou, é?
- É. Mas eu sou melhor - Depois que eu falo isso, ele pega o travesseiro e joga em mim.
- Você está atrasado, vai se arrumar.
- Mas eu estou com preguiçaaaaaaaa.
- Harold?
- Não me chame de Harold! Vai me dar mais um motivo para não querer sair daqui.
- Har, saí daqui.
- Har?
- Sim. Você sempre me disse que odiava esse apelido, não?
- Sim. Vou ir me arrumar.
- Isso. Enquanto isso, eu vou estar aqui, deitado e dormindo, Hazza - Ele sabe que eu acho muito fofo quando ele fala Harold e Hazza, e está me provocando. Pego uma almofada que está jogada no chão e jogo nele - Ei!

Me arrumo em quinze minutos, e quando são 8h25 da manhã, estou dentro de um carro, correndo contra o tempo para chegar no trabalho a tempo.

Quando chego lá, Lou está falando no telefone, e sua cara não está agradável. Chegando na mesa dela, percebo que a ligação está acabando, e ela está ficando nervosa, e louca para desligar o telefone.

- Ok. Eu já entendi, senhor. Eu vou falar com ele - ela revira os olhos - Eu já falei que vou avisar ele! O Harry está na minha frente, nós já vamos conversar. Tchau.
- Joga logo a bomba.
- Tem certeza?
- Sim.
- Ok, você precisa ir para o estúdio, então eu vou com você e te conto.
- Ok - Ela levanta da cadeira e começa a andar em direção ao estúdio, eu a alcanço e mando ela contar a verdade.
- Bom, tudo começou com aquele dia em que você e Niall ficaram bêbados - como ela sabe que estávamos bêbados? - Você disse para o chefe que estava doente, mas você e Niall postaram fotos no Instagram, Facebook e Snapchat, ambos bêbados, e deixando isso bem claro - ela me olha, fazendo cara de encrenca - Então, Troy morreu e você foi para a cidade dele, mas isso não foi um problema. Mas o dia em que você e Niall faltaram trabalho novamente, e um funcionário que estava de folga viu vocês no parque, foi um problema. E sobre aquela cliente que saiu correndo com a filha? Você contou para ela que é gay? De acordo com ele, os clientes não precisam saber essas coisas, tem muitos preconceituosos, e ela ia dar um bom lucro para a empresa.
- Eu estou fodido.
- Fodidamente fodido.
- O que eu faço agora?
- Vai na reunião que ele marcou com você e Niall, hoje de tarde.
- Ok, Ok.
- Posso te perguntar uma coisa?
- Sim.
- Por quê você não aceitou os dias de folga? Se sabia que iria matar trabalho?
- Porque eu não queria prejudicar ninguém, mas acabei me prejudicando, e prejudicando Niall. Que merda, tudo isso é culpa minha.
- Não é não. Quer dizer, a parte em que você fudeu com o seu cargo, talvez, mas sobre Niall? Não! Ele tem direito de escolha, e escolheu fazer isso.
- Ele vai me matar.
- Quem?
- O chefe. Eu estou fodido. Fo-di-do. F-o-d-i-d-o.
- Você vai continuar sendo meu gay favorito.
- Eu sou seu gay favorito?
- Sim.
- Legal.
- Agora vá, você tem uma sessão importante.
- Espera! Quem é a cliente?
- Então...
- Não me diga que é a homofóbica!
- Sshh! É ela... mas...
- Merda.
- Você consegue!
- Consigo? Eu estou com vontade de esmurrar a cara dela!
- Lembra do seu cargo, e do quanto ele já está fodido.
- Eu acho que eu nunca falei tantas vezes a palavra "fodido" em uma conversa.
- Eu também!
- Ok, eu vou ir...
- Vai!

Thirty Days » Larry Stylinson [EM CORREÇÃO]Onde histórias criam vida. Descubra agora