Se eu dormir 2 horas, foi muito. Quase não preguei os olhos a noite, que merda que eu fiz da minha vida. Engraçado que eu só fui pensar nas consequências depois. Aí, que ódio de mim mesma.
Era domingo, o sol no Rio estava rachando, e o calor insuportável. Me levantei e já fui direto pro banheiro fazer minha necessidades, dei uma olhada no despertador, e marcavam 10 horas. Estava com um pouco de dor de cabeça, meus pés estavam bem doloridos, e meus olhos fundos pois não tinha dormindo nada está noite.
Fui em direção a cozinha, e vi mamãe varrendo o chão.
— Bom dia mamãe! – falei dando um abraço por trás dela, que se assustou.
— Ai meu coração menina, tá doida? – me olhou com uma cara de brava, mas logo soltou um sorriso. — E como foi a noite?
— Legal. – tirando a parte que me vendi para um traficante, com uns parafusos a menos na cabeça, foi legal. Pensei comigo.
— Olha, só vai ter esse pacote de bolacha, não tem mais nada no armário. Nem sei o que vamos comer mais tarde, ou na semana. – falou segurando o choro, e saiu para a sala.
Se vai me machucar ou não, eu tenho que fazer isto. Mamãe não merece passar por essas coisas, além da fome, tem seus remédios para comprar.
Terminei de comer, limpei algumas coisas na cozinha e depois fui para o quarto. Peguei um vestido preto simples, com alguns detalhes em branco. Como estava fazendo muito calor, resolvi tomar um banho.
Sai com a toalha enrolada, e outra na cabeça. Passei meu hidratante corporal, e meu perfume. Vesti o vestido, e coloquei meus chinelos. Pentiei os cabelos, e deixei secando naturalmente.Olhei a hora no celular, e já eram 14h30. Meu coração começou a bater mais forte, estava nervosa, com medo. Quando esculto um barulho de moto, e logo depois um grito. Era o Júnior.
Sai dizendo para mamãe que iria em Mirela, e que não demorava. Fui indo em direção a Juninho, que estendeu a mão me dando um capacete e me ajudando a subir na moto. Logo depois ele deu partida, e foi subindo o Morro a mil.
Estava apreensiva, além de suar pelo o sol que estava latejando em meu corpo, suava também por nervoso. Nunca tive um namorado, já fiquei com alguns caras, mas nada tão aprofundado assim. Era virgem ainda, e estava dando isso de bandeja para aquele filha da puta.
Uns 6 minutos depois, chegamos em sua casa. Ele não morava mais na casa aonde era do seu pai, que por sinal era a mais bonita do Morro com certeza. Agora ele morava em uma casa simples, como todos as outras, sem muita frescura ou luxo.
Juninho estacionou a moto, e eu fiquei imóvel. Não queria descer e entrar naquele inferno, mas também, não queria ir embora e continuar passando necessidade. Tomei coragem, e desci da moto, entregando o capacete para Júnior que me olhava surpreso.— Na moral, e isso que tu quer memo Thay? – me encarou.
— Não é o que eu quero, mas o que eu preciso. – falei sem jeito.
— Firmeza então, entra logo senão ele vem aqui te buscar pelos cabelos. – falou enquanto ligava a moto.
Fiquei observando aquela casa, minha vontade era de fugir dali, correr o mais rápido possível. Mas não tinha jeito.
— Vai logo Thayane caralho, não precisa bater e só entrar, ele tá te esperando. E uma coisa que ele odeia é esperar, então vai logo tio. – falou colocando o capacete, e saiu.
E lá vamos nós. Abri a porta, e entrei na casa. A porta dava de frente pra sala, aonde pude ver LC sentando no sofá, sem camisa só de bermuda, e limpando uma arma. Estava super nervosa, minhas pernas ficaram bambas, e minhas mãos suavam frio.
— Oi... E, eu sou a Thayane.... Eu vim.. – gaguejei de tão nervosa, não sabia nem o que falar.
— Foda-se, não quero saber teu nome. – falou enquanto limpava a arma, nem sequer me olhou.
Educação mandou lembranças, pensei comigo.
Olhei ao redor, e pude ver que a casa era bem simples mesmo como aparentava por fora. Porém, era fria e bem escura. Se isso era para me causar mais medo, conseguiu.
Fiquei imóvel ali, parecia que tinha criado raízes nos meus pés, não conseguia mexer nenhuma parte do meu corpo.— Que qui é, vai ficar parada aí caralho? Tira logo a porra dessa roupa, antes que eu vá ai e te meta uns murro. – falou nervoso, mas desta vez me olhando.
Fiquei sem reação, mas fiz o que ele pediu, com medo que ele atirasse em mim com aquela arma. Tirei meu vestido, e fiquei só de calcinha e sutiã.
— Tu é burra ou quê? Quando eu falei tira a roupa e pra tirar tudo, porra. – falou se levantando e dessa vez mais nervoso ainda, veio vindo em minha direção.
Ele me deu um tapa no rosto tão forte, que ainda cabalei para o lado. Logo depois me puxo pelo braço com força, e arrancou minhas peças íntimas. Depois, grudou uma mão em meu cabelo, e foi me arrastando para o quarto. Me jogou na cama com força, e logo foi tirando sua bermuda.
— Fica de quatro, caralho. – falou pegando em minha cintura, e fazendo assim eu ficar na posição.
Enfiei meu rosto nos travesseiros, e logo depois pude sentir ele penetrando seu membro em mim. Fazia um vai e vem cada vez mais forte, e como eu ainda era virgem, aquilo me doía muito. Eu chorava de dor, tentava escapar, mas ele era mais forte que eu.
Ele puxava meus cabelos com toda força, me deferia tapas fortes nas costas e na bunda, e alguns chupões nos braços. Foi nisso, até ele gozar três vezes.
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Sonhos Perdidos
Teen Fiction"O ódio e o amor, caminham lado a lado." Esta frase se encaixa perfeitamente nessa história. De um lado, uma garota humilde, da favela da Rocinha, que sonha apenas em ter uma vida melhor. Do outro, o dono de tudo ali, frio e calculista, essas são s...