LC narrando:
Hoje e dia de baile, e como de costume eu já tava arrumado naquele pique, gostosinho e cheirosinho, do jeito que as piranha gosta r$$$.
Essa semana foi bem estressante pra mim, vários desacerto na boca e alguns nas biqueiras, tava mó pilha de verdade, tanto que nem quis chamar a Thayane pra minha casa, no ódio que eu tava era capaz de matar a mina brincando.
Mas tá suave, vamos curtir o baile que amanhã é outro dia.
Peguei meu Audi r8, e parti pra quadra. Fui chegando e já ouvindo o som estralando lá dentro, estacionei o carro ali perto e entrei. Mal pisei o pé no baile e as piranhas já veio tudo se jogando pra cima de mim, tudo puta! Nem dou moral.
Subo pro nosso camarote e trombo meus parceiros e alguns soldados, cumprimento todos, e logo vou pra mesa aonde ficavam as bebidas. Pego um copo e encho de vodka, sento em uma cadeira próximo dos caras.
— Casou com o beck, caralho? Passa logo essa porra arrombado. – digo pegando o baseado das mãos de Dinho que me olha assustado, mas logo depois ri.
— Eae LC. – disse ofegante, se aproximando de mim.
— Solta a voz filhão. – digo dando uma tragada no beck e soltando a fumaça no ar.
— Cabeça pediu pra tu ligar pra ele, pra vocês vê aquela fita lá dos armamentos, tá ligado? – disse dando toque nas mãos de Dinho, Jhow Jhow e Bin Laden.
— To ciente jão. – digo me levantando e passo o beck para Júlio.
Coloco as mãos no bolso para pegar meu celular, mas não sinto ele.
Merda! Esqueci na porra do carro.
Como era algo importante, não tive outra escolha á não ser ir pega-ló.
Antes de ir, enchi o copo de uísque, e desci do camarote indo para a pista.
Logo a frente vejo Juninho com sua fiel, chego dando um toque na mão dele que toca na minha de volta.
— Tá suave parceiro? – disse me fitando.
— Tranquilo quebrada, aproveita aí. – digo dando um tapa em seu ombro e dei as costas, saindo dali.
Caminhei normalmente até a saída da quadra, estava lotada já, mas como eu sou o patrão, o povo abre caminho sem nem eu pedir, senão já sabe né?
Pego as chaves da minha nave no bolso, abro a porta do carro e me sento. Procuro meu celular com os olhos, e logo o encontro no banco do passageiro.
Ligação
— Eae meu bom. – digo dando um riso fraco.
— Fala memo sangue ruim. – disse dando uma risada.
— Tudo certo naquelas parada lá, né?
— Já ta tudo no esquema meu parceiro, de qual é? Confia caralho.
— Confio nem na minha sombra, vou confiar logo em tu? Cabeça de pinto. – digo dando risada.
— Ixi jão, vai toma no seu cu caralho, filho da puta.
— Perdeu a linha memo? – digo dando gargalhada. — Encosta pro baile cachorro, ta devendo é?
— Devendo o quê ou? Se fude tio. Tô fazendo uns corre aqui, tendeu? Ae na melhor de dou um salve pra nois vê aquela fita melhor, pode pá?
— Demorou filhão, pode pá é nois! – encerro a chamada, e pego um baseado que acho no cinzeiro do carro, taco fogo na bomba, e fico fumando ali mesmo.
Logo depois escuto uns gritos, a voz era de uma mulher pedindo ajuda, cortou minha brisa na hora. Toma no cu mano, nem fumar em paz eu não posso mais. Coloco o beck no cinzeiro, pego minha glock no porta luvas e já meto na cintura.
Fecho a porta com cuidado, e vou me escondendo atrás dos carros. Olho por trás do vidro do carro, e vejo um cara pegando uma mina, com certeza era a força, senão ela não estaria pedindo ajuda. Já tava com um ódio porque esses filho da puta roubou minha brisa, pego a arma da cintura e já vou me aproximando deles dando passos rápidos.
Miro bem na perna do cara, e aperto o gatilho. O tiro foi certeiro. O cara se assusta e logo se solta da mina, cabaleia pro lado e caí. A garota fica imóvel, olha para mim com cara de assustada, e foi ai que percebi que era a puta da Thayane. Devia ter deixado morrer.
— Que porra é essa aqui? – dou um grito.
Vejo ela sussurrar meu nome, e logo após transparece um sorriso em seus lábios. Ela corre em minha direção, e se esconde atrás de mim, abraçando minha cintura.
— Vai vacilão, ta esperando o quê? Que porra é essa? Ta pegando a mina a força, é isso mesmo? Arrombado. – grito, cerrando os dentes.
— Foi mal ai irmão, e que uma mina me prometeu uma amiga dela e pensei que fosse ela aí, mais pode pá foi engano. – disse choramingando, e passando a mão na perna.
— Irmão e meu ovo esquerdo, caralho! – grito novamente. — Tuxa logo da minha frente senão eu meto outro no crânio. – digo ameaçando com a arma, o moleque se levanta com dificuldade, mas logo some do meu campo de visão.
Coloco a peça na cintura de novo, e me viro de frente para Thayane, rapidamente ela sela nossos lábios, tento me desviar mas Thayane gruda suas mãos em minha nuca. Não queria beija-lá, mas foi inevitável que acabei correspondendo. Era um beijo úmido mas cheio de desejo, coloquei minhas mãos em sua cintura e puxei ela pra mais perto de mim, explorava cada canto de sua boca fazendo com quê nossas línguas se encontrassem.
Nunca pensei que diria isso mas, não é que a vadia beija bem?! Cê tá maluco...
— Tô com sede, vou beber. – disse dando um selinho em minha boca, e deu as costas.
— Ei. – digo segurando seu braço, e ela se vira para mim, ficando novamente de frente comigo. — Pra onde tu vai? Vem, vamo comigo lá em casa. – ela sorri e assenti, fomos caminhando até meu carro.
Destranco a porta e ela entra, se senta do lado do carona e logo se aconchega no banco. Coloco a chave na ignição, e já dou partida.
Enquanto dirijo fico observando Thayane, nunca tinha reparado tanto nela. Ela tem a pele clara, olhos castanhos, cabelos compridos, e um sorriso cativante. Ela por sua vez, repara atentamente tudo que está a sua volta, até que ela para seus olhos no cinzeiro, aonde eu havia deixando meu baseado.
— Posso? – disse apontando para o beck, e eu balanço a cabeça positivamente.
Ela pega o baseado, e um esqueiro que estava ali próximo. Acende e coloca em seus lábios, da uma tragada, segura, e logo depois solta a fumaça, fazendo se espalhar pelo carro. Nem tirei a sorte grande, né? A mina dá pra mim a hora que eu quiser, e ainda legaliza um? Cê tá maluco, só não caso porque eu não presto, e ela menos ainda.
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Alguém ai shippa #Luane?
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Sonhos Perdidos
Dla nastolatków"O ódio e o amor, caminham lado a lado." Esta frase se encaixa perfeitamente nessa história. De um lado, uma garota humilde, da favela da Rocinha, que sonha apenas em ter uma vida melhor. Do outro, o dono de tudo ali, frio e calculista, essas são s...