He tried

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POV Lauren

Eu dirigia com uma certa pressa e ansiedade. Meu coração saltitava e meu sorriso de orelha a orelha por pensar em Camila.

Eu estava em Cuba. Não houve festa alguma do meu irmão, foi apenas um plano bem elaborado, não muito, para fazer uma surpresa para Camila.

— Ei, garoto! Não me morda. – Lucy murmurou.

Lucy aceitou meu convite e decidiu me acompanhar. Ela iria ficar na casa de Veronica, que estava ciente sobre a nossa vinda.

A surpresa que comprara para Camila era um filhote. Sim. É uma boa escolha, para ela não se sentir sozinha em seu apartamento.

— Avisou que estamos chegando? – questionei.

— Sim.

A madrugada cubana estava tranquila e serena, as ruas iluminadas com os grandes postes, pouquíssimas pessoas caminhavam pelas avenidas, a maioria em grupos de amigos.

Ao chegar na casa de Veronica, ela já estava lá na frente. Eu a abracei e peguei o endereço de Camila. Lucy pegou suas malas e se despediu brevemente.

Eu coloquei no GPS o endereço da minha namorada, e saí seguindo o grande traço que formava na tela do painel do carro, escutando atentamente às instruções do mesmo.

Ao chegar em um prédio parcialmente no centro da cidade, ele era bonito e com uns 15º andares. Eu estacionei meu carro na frente do mesmo e me informei para o porteiro que também já estava ciente sobre a minha surpresa graças a Veronica. Eu entrei no elevador com o filhote no colo, meu coração saindo pela boca.

Andei no corredor silencioso procurando a porta de Camila. Rapidamente encontrei a mesma que estava entreaberta, o que me fez duvidar. Será que ela sabia que eu viria?

Entrei no apartamento em passos silenciosos, o filhote no meu colo estava quieto e com medo. O apartamento estava escuro e tive que acender a lanterna do meu celular enquanto procurava por Camila.

Eu me aproximei mais do corredor que havia e escutei fungadas. Deixei o filhote no sofá e fui seguindo o som de choro fraco. Meu coração agora não pulava de alegria mas sim de nervoso. O cheiro de álcool invadiu meu nariz, o que me preocupou mais ainda.

Eu entrei no quarto de onde os soluços vinham. Estava escuro e eu iluminei o quarto com a lanterna, vendo uma Camila semi nua sentada na cama chorando.

— Camz? Amor? O que houve? – eu corri próxima a ela e me sentei ao seu lado. Camila nada disse apenas me abraçou e chorou no meu pescoço. — Camila fala comigo!

— Lo...

— O que aconteceu? Calma, tá tudo bem... Eu estou aqui agora. – acariciei seu cabelo.

Acendi a luz do abajur ao meu lado e foi possível ver marcas vermelhas nos pulsos de Camila. Meus olhos se arregalaram.

— O que é isso? Camila, por favor.

— Ele esteve aqui. – ela disse com a voz embargada.

— Quem?

— O A-Austin... Ele m-me amarrou na cama e tentou se a-abusar de mim, Lo. – ela disse entre os soluços.

Meu sangue ferveu, fechei meus punhos e trinquei o maxilar. Imaginando mil maneiras de matar esse desgraçado.

— Mas eu dei um chute muito forte no s-seu pênis e ele estava tão, tão bêbado, que não conseguia mais levantar.

Eu procurei pelo chão, como se ele ainda estivesse lá.

— E então ele foi embora.

— Eu não acredito! Ele te tocou? Te machucou? – eu dizia eufórica e nervosa.

Surfwise - camrenOnde histórias criam vida. Descubra agora