Capítulo 27

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  Voltei a passos lentos para o quarto e me permiti reparar cada centímetro daquela casa, desde como o abajur estava posicionado muito para a esquerda, a porta branca com a pintura  descascada era a única porta da casa que não estava perfeitamente pintada e aquilo me fez ficar curiosa. A maçaneta em um tom levemente dourado estava amassada na lateral e tinha um nome escrito em letra perfeitamente cursiva- Ele.. o resto era ilegível por conta do amassado na lateral, aquilo atizou ainda mais minha curiosidade. Girei levemente a maçaneta para a esquerda, meu coração disparou e minhas mãos ficaram suadas.

- Você esta fabricando a água? Ou resolveu pega-la num rio? A voz risonha de Henrique me despertou e de súbito direi a mão da maçaneta. Respirei e inspirei tentando controlar minha respiração.

- Anna? Está tudo bem? Sua voz agora soou preocupada.

- Estou bem. Só espero que já tenha arrumado suas coisas para dormir no sofá. Tentei soar animada mas falhei vergonhosamente, meu coração ainda acelerado.

- Vai sonhando, gatinha. Revirei os olhos e segui até o quarto.

Henrique estava deitado sobre a cama as pernas cruzadas e um jornal em suas mãos.

- Ainda está aqui?

- E não pretendo sair, mas se você quiser pode se retirar. Revirei os olhos e segui até a sala. Henrique gargalhou alto provavelmente pensando que dormiria na sala...

  Voltei ao quarto com exatamente três almofadas, elas era rechonchudas e tinham uma estampa floral. Coloquei as três sobre a cama em linha reta. Sorri satisfeita.

- O que está fazendo? Henrique perguntou arqueando as sombrancelhas - aquilo o deixou extremamente sexy reprimi um suspiro.

- Ue, você não quer sair, eu não vou sair. Então delimitei o nosso espaço. Esse é o seu. Falei apontando para o lado direito da cama. - E esse é o meu. Apontei para o lado esquerdo.

- E por que você está com o espaço maior?

- Porque eu estou gravida. Sorri vitoriosa e ele revirou os olhos.

- Que coisa mais infantil. Simbilou ele. Dei de ombros.

- Bom, mas não é só isso. Eu tenho algumas regras. - Ele bufou e deitei colocando o jornal em sua frente, arranquei de sua mão.

Primeira: Não é permitido nenhum contado físico.

- Mas isso vale para os dois? Por que que eu saiba você é a mais interessada em me agarrar.

Segunda: Os dois tem que tentar manter o ambiente o mais pacífico possível.

Terceira: Cada um respeita o limite do outro.

Quarta:...

- Não tem uma quarta mas acho que você entendeu.

- Ambiente pacífico, sem contado físico, blá blá blá. Acho que entendi. Agora da para desligar o abajur?

Desligamos as luzes e todo o ambiente se tornou escuro, eu não estava com sono aquele nome Ele ainda me despertava imensa curiosidade eu precisava saber o que tinha naquela porta...

Os meus pensamentos foram interrompidos quase que subitamente quando sentir uma respiração em minha nuca que me fez arrepiar quase que instintivamente. Por um momento esqueci como se respirava quando senti sua mão em minha cintura, o contado não era total por conta das almofadas, elas me irritaram profundamente. Talvez uma parte- e quando eu digo uma parte, quero dizer a maior delas. Queria muito que Henrique me abraçasse, queria muito jogar as almofadas no chão para que seu contado fosse total. Mas a parte racional dizia que era melhor ficar assim. A respiração dele ainda batia na minha nuca, fazendo meu coração pulsar mais rápido.

Não liguei quando uma almofada acidentalmente caiu no chão, depois outra e outra. Também não liguei quando Henrique me abraçou completamente sua respiração cada vez mais próxima. Dormi assim com Henrique me pareceu tão íntimo, tão errado mas ao mesmo tempo tão certo, e sempre que eu estava com ele era assim uma mescla de emoções e sentimentos que eu não conseguia explicar. Ele tornava minha vida um paradoxo porque ele era o meu paradoxo.

Desculpem a demora. Mil desculpas mesmo. E gente 12k. Meu Deus! Quanto tempo eu dormi? Muito obrigada a Deus e a todos vocês, espero que estejam gostando um beijo. Fiquem com Deus!😘😘😘


Grávida de um príncipe Onde histórias criam vida. Descubra agora