Capítulo 31

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  Não consegui dormi aquela garotinha loira fez minha mente martela em questionamentos a noite toda. A falta de explicação e o aumento de dúvidas fizeram minha cabeça doer.

Meus olhos estavam encoberto de olheiras e podia jurar que estava verde por conta da minha sessão de vômito matinal, bem eu estava péssima. Respirei fundo segurando fortemente a pia do banheiro, desejando com todas as minhas forças que as minhas dúvidas fossem cessadas.

- Anna? Você está aí? A voz de Henrique possuía uma rouquidão pela manhã, o que era extremamente sensual.

- Sim. Minha voz era fraca assim como meu estado de espírito. Sentei na tampa do sanitário e respirei fundo.

- Você está bem?

NÃO! Minha mente quis gritar.

- Sim, estou bem. É só um enjôo matinal, eu vou ficar bem. Falei aquilo mas para mim do que para ele. E desejei em meu ser que aquilo fosse verdade.

- Você precisa de alguma coisa? Uma água? Suspirei.

- Não. Já estou bem, obrigada.

- Tem certeza?

- Henrique, eu ja disse que estou bem. Pode parar de fingir que se importa. Dessa vez foi ele que suspirou.

- Eu me importo Anna, você não sabe o quanto. Sua voz era baixa e acho que ele falou aquilo mais para ele do que para mim, mas mesmo assim meu coração disparou.

Tentei não pensar muito naquela frase mas foi quase impossível quando o vi sentado no balcão da cozinha comendo o macarrão que eu tinha feito no dia anterior. Ele estava lindo, despojado de um jeito que eu nunca tinha visto antes, com uma bermuda e uma regata branca que marcava seus braços torneados, conti um suspiro.

Quando Henrique finalmente notou minha presença o vi suspirar aliviado, e me analisou como um médico analisaria uma paciente.

Ele se importa. Minha mente gritou, sorri.

- Você está bem?

- Sim, estou ótima. Não se preocupe. Ele me analisou mais uma vez e depois assentiu.

- Acho melhor você comer. Assenti e seguimos até o balcão. Esquentei o macarrão e comi sentada a mesa. Henrique ainda me analisa.

- Henrique pode parar de me olhar assim, eu estou bem. Ele soltou o ar pesadamente.

- Anna... Sobre ontem eu só queria dizer que não posso te dar uma explicação, não por enquanto. Eu ri.

- Isso é um pedido de desculpas?

- Não! Foi só uma maneira educada de dizer " Pare de me encher o saco". Gargalhei enquanto ele me olhava com a cara feia.

Estava sentada no sofá assistindo um filme qualquer enquanto pintava as unhas, quando escutei batidas na porta, o contado das mãos com a madeira maciça fazia um barulho irritante.

- Henrique- Gritei

- O que?

- Não está ouvindo a porta? Vá atender.

- Não! Você está na sala.

- Mas eu estou pintando as unhas. Ouvi-o soltar um suspiro irritado e depois passar pela sala com apenas um samba- canção, meus olhos caíram sobre seu abdômen definido e moreno...

- Boa tarde, Carter. Aquela voz eu reconheceria em qualquer lugar. Meus olhos foram até seu cabelo moreno que estavam presos em um coque elegante, e em seu vestido azul marinho com renda branca que roçavam em seu joelho.

- O que faz aqui?

Grávida de um príncipe Onde histórias criam vida. Descubra agora