Não sei em que momento havia voltado a dormir mas quando recobrei a consciência senti uma mão sobre o meu rosto que fazia minha pele se arrepiar, não pude evitar sorrir ainda sem abrir os olhos.
- Anna. Sua voz era tão suave mas continha uma agonia explícita. - Como eu queria que tudo fosse diferente. Ele suspirou. - Como eu queria ser outra pessoa. Anna, espero que um dia possa me perdoar. - Senti lágrimas molhando meu rosto e meu coração se apertou. Por que eu deveria perdoa-lo?
Depois de um tempo que o senti se afastar resolvi que era hora de "acordar". Quando consegui localizar minha visão o encontrei olhando para a frente, seu olhar vago.
- Henrique. Falei baixo mas ele nem me olhou.
- Henrique. Minha voz soou mais alta, ele se virou e sorriu um sorriso que não chegava a seus olhos. - Bom dia!
- Bom dia. Fiz o café. Eu sorri e segui até o banheiro dizendo que logo iria provar seu café da manhã.
Quando cheguei na mesa, havia bolos, café, leite, misto quente. Sorri não conseguia acreditar que Henrique havia feito aquilo.
- Você que fez isso? Minha voz soou desconfiada, ele coçou a nuca logo soube que estava mentindo.
- Bem, eu fui na padaria. Gargalhei alto enquanto me sentava na mesa ele riu também.
Começamos a comer, percebi que estava com fome quando minha barriga roncou.
- Café? Ele me estendeu o copo.
- Não posso. Ele pareceu confuso com minha resposta, sorri. - O bebê, acho que não faz bem, minha mãe sempre dizia isso na gravidez de Margo. Ele assentiu, seu olhar novamente ficando vago. Não conversamos depois disso.
- Terminei. Falei me levantando.- Estava tudo ótimo, obrigada.
Quando já ia saindo da mesa Henrique segurou minha mão. O olhei confusa.
- Eu pensei, bem,- Ele pigarreou, parecendo nervoso. Assenti para que continuasse.
- Podemos visitar seus pais. O que acha? Um sorriso enorme se formou em meu rosto mas logo veio o nervosismo acompanhado dele, Henrique pareceu notar.
- O que houve? Não gostou da ideia? Peguei em sua mão e sorri.
- Não é isso, na verdade amei a ideia. É só que eu e minha mãe discutirmos antes que eu saísse de casa. Ele assentiu.
- Mas Anna, ele é seu pai, você irá se arrepender se não passar esses últimos meses com ele. Suas palavras me antigiram em cheio, elas continham tanta verdade, tanta dor que me fez questionar se ele já havia perdido alguém, quando olhei para seus olhos confirmei meu pensamento.
- Você tem razão. Sorri. - Vamos visitar meus pais.
Tomei banho e vesti uma roupa confortável que incluía uma regata branca e um short preto. A regata como era apertada deixava minha pequena barriga de três meses e meio em evidência, passei a mão por ela sorrindo boba.
- Você está crescendo pontinho. Isso me fez lembrar que precisava começar o pré -natal só que dessa vez com uma médica da minha confiança. Fiz uma nota mental de depois ligar para Jes para marcamos uma consulta com sua médica, e segui até a sala.
Henrique também usava uma roupa despojada, uma bermuda verde com uma roupa branca. Eu o amava com aquele visual, parecia muito mais normal e menos um príncipe.
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Grávida de um príncipe
FanficE se você fosse a única provedora de uma família de seis pessoas? E se seu pai estivesse doente? E se você só tivesse 17 anos e o mundo nas costas? E se uma noite mudasse toda a sua vida? E se você ficasse grávida? Mas não grávida de um homem qualqu...