Capítulo 43

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  O sol batia em meu rosto o que me fez despertar. De uma maneira esquisita tudo ao meu redor soava mais belo, o sol parecia mais brilhante e o céu estava mais azul, até o pequeno abajur florido parecia bonito aquela manhã. Dizem que a felicidade te faz enxergar o mundo com outros olhos, bem é verdade. Nada como uma pitada de felicidade para tornar seu mundo mais belo.

Bem se tudo ao meu redor parecia mais belo aquela manhã tinha uma coisa que se tornou ainda mais linda, Henrique. A complexidade de seus traços parecia atiçar algo dentro de mim, e o seu cabelo desgranhado me faziam ter vontade de beija-lo. Nunca havia me sentido assim, as coisas entre nós pareciam tão confusas mas está com ele é tão natural, que não consigo imaginar um mundo sem Henrique, não consigo imaginar mais como seria ficar sem ele, e esse pensamento em si é absurdamente doloroso.

  Me questionei algumas vezes como seria se apaixonar, quanto tempo levaria, e como seria minha vida depois disso. Sempre imaginei um conto de fadas, onde o mocinho conhece o amor da sua vida de uma forma surpreendente e é amor a primeira vista e logo depois se casam e vem o "Felizes para sempre". Bem a realidade não é nada do que esperamos, e as pessoas não se conhecem de uma forma épica, não nada disso. Pessoas se conhecem o tempo todo, e a todo momento, mas o que a fazem ficar juntas não é a forma como se conhecem e sim o laço que as une, e esse laço tão pouco precisa ser extraordinário. Pessoas se unem por coisas em comum, seja um trabalho escolar, ou um fanatismo por séries, no meu caso porém um laço mais significativo, temos um bebê em comum. Hoje eu percebo que as pessoas passam por sua vida de uma maneira inusitada e o que as fazem ficar é o que podemos chamar de extraordinário. E enquanto a se apaixonar isso é bem mais complexo do que se pode imaginar, porque não se pode explicar o que faz uma pessoa precisar da outra desesperadamente, mas apesar de complexo é tão natural que quando você ver aquela pessoa já faz parte da sua vida, e você dá dela.

- Pensando em mim? - O sorriso presunçoso brilhou em seu rosto, o que me fez sorrir imediatamente.

- Não. Por que perderia meu tempo? - Seu sorriso aumentou a medida que se aproximava.

- Tenho uma maneira de te fazer pensar.

- Qual?

- Essa.

  Seus beijos desceram para o meu pescoço e com uma rapidez sobrenatural as borboletas surgiram em meu estômago, porém com a mesma rapidez bateram a porta o que nos assustou.

- Você fechou a porta? - Perguntei.

- Não lembro. - Seu olhar desesperado me fez ficar ainda mais nervosa, mas antes que tivesse tempo de pegar a roupa e vesti-la a porta foi aberta.

Sua aparência era cansada, suas roupas estavam rasgadas, e sua respiração era irregular, provavelmente por conta de uma corrida.

- Margareth! O que houve? - Minha voz era surpresa.

Ela olhou para nossas "vestes" ou melhor a falta delas é pareceu não se incomandar, ou não ligar.

- Vocês precisam ir embora daqui. - Sua voz era desesperada e seus movimentos pareciam inconstantes.

- Margareth, o que está acontecendo? - A voz de Henrique soou desesperada, enquanto levantava segurando o lençol em sua cintura.

Quando o olhar de Margareth voltou-se para Henrique pude sentir a tensão que se formou no ar, os dois pareciam se comunicar com o olhar e quando o olhar incisivo de Henrique caiu sobre mim, presumi que eu era o assunto.

O sussurro de Margareth foi quase inaudível mas ainda assim conseguir ouvir. "Você precisa tira-la daqui". Foram suas últimas palavras antes que a porta se fechasse, Henrique entregou minhas roupas em um movimento brusco.

- Vista-se.

- O que está acontecendo? - Minha voz era desesperada e meus movimentos pareciam seguir o meu coração.

- Vista-se. - Ele repetiu, desesperado.

- Não! Me explica. O que houve? - Ele segurou em meus pulsos de uma forma bruta e quando ia protestar o desespero em seu olhar me fez calar.

- Não a tempo para isso, vista- se e me encontre na sala. - Ele me soltou e saiu, não pude evitar que lágrimas inundassem meus olhos, não era para isso está acontecendo, ele deveria me trazer café na cama e dizer que me ama e não saímos desesperados sem eu não conseguir entender o porquê.

  Me vesti da maneira mais rápida que consegui e logo depois sai do quarto para encontrar Margareth roendo as unhas de uma maneira desesperada e um Henrique igualmente desesperado.

- Vamos. - Ele pegou em minhas mãos e saímos quase correndo.

Quando estávamos próximos ao carro me lembrei que havia esquecido algo.

- Preciso voltar. - Henrique me olhou desesperado.

- O que? Não!

- É rápido.

  Corri para casa sem esperar sua resposta, e irrompi porta a dentro.

Na segunda gaveta da pequena escrivaninha estava o meu dom mais precioso, pequei o pequeno desenho, logo embaixo estava o livro de capa dourada que ainda não havia terminado de ler decidir leva-lo também, gostaria de saber o fim dessa história. Só que quando o pequei o desenho caiu da minha mão indo para debaixo da cama, nunca havia olhado naquele local antes e quando peguei o desenho encontrei também uma coisa parecida com uma caixa, que continha uma pequena fechadura ao seu lado. E no lado direito da caixa branca o nome "Eleanor", queria abrir a caixa mais não possuía a chave e antes que pudesse olha-la de uma maneira mais detalhista houve um grito que me fez joga-la debaixo da cama novamente.

- Anna! - Era a voz de Henrique, peguei com rapidez o desenho de Margo e o livro e corri porta a fora, mas quando entrei naquele carro senti que deveria ter pegado aquela caixa.

Obrigada a todos que estão lendo,espero que estejam gostando. Uma boa semana a todas. Fiquem com Deus😘😘😊

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