Capítulo 42

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Meus dedos passeavam traçando seu rosto delicado, seus cabelos de um castanho claro caiam sobre seus olhos em formato avelã, de um castanho que jamais tinha visto. Sem dúvidas Elizabeth é uma bebê linda. Por um instante enquanto Liz dormia em meu colo, imaginei como seria pegar no colo o meu bebê, como seriam seus traços, seus olhos, seu cabelos. Qual cor seria? Seria parecido com Henrique ou comigo? Liz se mexeu em meu colo e me permiti sorri imaginando que logo seria o meu bebê.

A porta rangeu e imaginei que fosse Jane mas para minha surpresa era Henrique.

- Esse papel combina com você. - Voltei meus olhos para ele e permitir que um sorriso brilhasse em meu rosto.

- Já imaginou como será o nosso bebê? - Vi seu rosto se contorce.

- Diversas vezes. - Sua voz fria me assustou.

Me levantei colando Liz no berço e em seguida dando um beijo em sua testa.

Quando me aproximei de Henrique toquei seu rosto e o senti ficar tenso.

- O que está acontecendo? - Tentei manter nosso contado visual mas seus olhos se afastaram dos meus.

- Nada, Anna. Porque estaria acontecendo alguma coisa? - Um suspiro de cansaço saiu dos meus lábios.

Toquei novamente seu rosto dessa vez contornando seus lábios, ele se afastou.

- Por que você sempre se afasta? Do que você tem tanto medo? - Quando seus olhos encontraram novamente os meus vi dor transpassar seus olhos.

- Eu só não quero te machucar. - Me aproximei sentindo sua respiração dançar com a minha.

- Você me machuca ficando longe. - Vi a sombra de um sorriso aparecer em seus lábios.

Eu posso te destruir ficando perto. - Seu rosto estava tão próximo ao meu que podia sentir o cheiro de menta vindo da sua boca.

- É uma promessa?

Não o deixei responder e colei nossos lábios quase que imediatamente ele correspondeu. Aquele beijo diferente de todos os outros não foi encenado, não estávamos bêbados e se posso dizer foi o melhor beijo de toda a minha vida.

Suas mãos percorreram minha cintura e a minha foi para sua nuca acariciando os seus fios de cabelos. Meu estômago revirava dentro do meu estômago e meu coração aumentava sua frequência a medida que o beijo aprofundava. Quando estávamos sem ar tivemos que parar o beijo.

- Não deveríamos ter feito isso. Anna eu não... - Abri os primeiros botões de sua blusa e passei minha mão por seu peito, beijando logo em seguida.

- Só se você quiser parar. - Olhei em seus olhos e vi o desejo emanar deles, imaginei que os meus não deveriam estar diferentes.

- Vamos para casa. - Ele me arrastou porta a fora, e mal nos despedimos de Jane e sua família.

No carro voltamos a nos beijar, tirei sua camisa e vi seu rosto se tensionar.

- Anna, eu só quero... - Ele estava ofegante, o calei novamente com um beijo.

- Não fala nada. Eu quero você também quer. O que nos impede? - Minha voz também era ofegante, coloquei a mão no peito tentando controlar a respiração.

- Muita coisa. Eu só não quero que você se arrependa. - Olhei em seus olhos e sorri.

- Jamais. - Antes de voltar a beija-lo ele olhou em meus olhos segurando em meus ombros.

- Você sabe que isso muda tudo. - Sorri tocando em seu rosto.

- Eu quero que mude. Eu quero você.

  Depois disso não falamos mais nada, nossos beijos se tornaram mais urgentes e nossas mãos percorriam de forma desesperada cada parte do corpo um do outro. O caminho pareceu longo demais e senti a todo momento o desespero percorre meu corpo.

As roupas foram jogadas no chão, não lembro se fechamos a porta.

- Você é linda! - Henrique olhava cada pedaço do meu corpo, pela primeira vez me senti corar.

  Minhas unhas arranharam suas costas e seus beijos percorreram todo meu corpo fazendo com que as borboletas surgissem novamente em meu estômago.

A junção dos nossos corpos fez cada célula do meu ser vibrar, e nunca na minha vida havia me sentido tão viva.

  Meu pai sempre dizia que a vida é contada não por quantas vezes respiramos mas por quantas vezes perdemos a respiração. E naquele momento enquanto ofegava junto a Henrique senti todas as minhas emoções se mesclarem, não havia sido só desejo, não podia ser. Acho que nunca foi, e quando olhei nos olhos azuis esverdeados de Henrique senti todas as minhas dúvidas se esvaiarem e uma certeza surgir, eu o amava.

Ele tocou meu rosto e sorriu.

- No que está pensando? - Ele falou enquanto suas mãos passeavam em meu cabelo.

- Você sabe que isso muda tudo né? - Repeti sua frase é ele sorriu.

- Eu quero que mude. - Ele repetiu minha frase e passou suas mãos por meus lábios. - Eu quero você.

Me beijou novamente e aquele foi diferente dos outros, havia sentimento, medos, angústias , desejo, amor, todos os sentimentos misturados formando uma junção perfeita que fez todo meu corpo se arrepiar e ansiar por mais.

- Me prometa que não vai fugir. - Ele tocou meu rosto e sorriu.

- Nem que eu quisesse. Você é uma droga, Anna, o meu êxtase e a minha kriptonita. - Sorri e o beijei.

Henrique era a minha perdição, ele foi o único homem que me faz perder toda a minha sanidade e ao mesmo tempo ainda quere-lo insuportavelmente. Não era só o corpo, a minha alma o meu coração tudo ansiava por ele. Henrique tinha razão ele poderia me destruir, porque ele era a minha total perdição e naquele momento eu queria me perder.



Grávida de um príncipe Onde histórias criam vida. Descubra agora