Capítulo 37

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Seguimos o caminho em silêncio, Henrique só me dirigiu a palavra para perguntar o endereço correto. Achei melhor assim já que estava tremendamente nervosa com essa visita, rezava para que minha mãe não fizesse caso é deixasse ver meus pais e meus irmãos.

Percebi que Jes tinha razão, morávamos onde "Judas perdeu as botas" afastados de tudo, estávamos a trinta minutos na estrada e só conseguia avistar árvores e mais árvores, a pessoa que morava naquela casa claramente queria se isolar. Só não conseguia entender porque fomos para lá.

Depois de exatamente duas horas avistei o jardim da minha mãe que contrariando a estação estava seco e sem vida, assim como as coisas lá em casa que aos poucos iam perdendo a cor.

Descemos do carro e senti Henrique agarrar minhas mãos trêmulas, tentei sorri mas acho que saiu mais como uma careta.

- Você está bem? Seu polegar passeava em minha mão com movimentos circulares, senti meu coração se aquecer e uma sensação de proteção me atingir. Está com Henrique é como está em alto mar, uma onda te atingi e por um momento você acredita plenamente que vai se afogar mas do nada vem uma bóia onde você se apóia e se senti segura mas depois o mar se agita novamente. E naquele momento eu me sentia protegida a minha "bóia" me sustentava pela mão e me fazia acreditar que tudo ficaria bem.

- Sim, só não solte a minha mão. Ele sorriu e as apertou mais forte como uma promessa.

A medida que caminhavamos sentia meu coração acelerar e minhas mãos soarem. Quando chegamos próximos vi Margo e Caius brincando no quintal um sorriso iluminou meu rosto quando a vi ali tão linda, seus cabelos presos em uma trança estavam tão belos brilhando a luz do sol, seu vestido azul cabia perfeitamente em seu corpo a deixando ainda mais linda, minha vontade era correr e enche-la de beijos mas não houve necessidade já que no instante seguinte ela correu ao meu encontro me dando um abraço tão apertado que nos fez cair no chão.

- Na. É você mesmo? Ela tocava em meu rosto como se não acreditasse no que via, seus olhos caíam lágrimas e um sorriso iluminava seu rosto.

- Sim, meu amor, sou eu. Seu sorriso aumentou e as lágrimas aumentaram.

- Eu senti tanto sua falta, mamãe disse que você não voltaria mas eu pedi ao Papai do céu e ele trouxe você de volta Na, ele atendeu o meu pedido. Uma raiva se apossou de mim mas tentei esconde-la com um sorriso, ela não poderia ter dito isso a Margo, ela era só uma criança.

- Tenho certeza que atendeu meu amor. Toquei em seu rosto, e ela sorriu. - Senti tanto sua falta meu amor. Muito- A beijei. Muito e muito. - A enchi de beijos.

- Pala Na. Sorri e continuei a beijando.

- O que faz aqui? A voz rígida me atingiu em cheio me fazendo levantar e pegar Margo em meu colo, meu coração ficando acelerado, senti Henrique se aproximar e tocar minhas mãos novamente.

- Eu vim ver vocês, eu já soube mãe. Tentei me aproximar mas ela recusou um passo.

- Caius leve Margo daqui. Margo se agarrou em meu pescoço a medida que Caius se aproximava.

- Não mãe! Eu quero ficar com a Na. Senti suas lágrimas molharem meus ombros.

- Deixe Margo fora disso. Minha mãe me fuxilou com o olhar e senti Margo ser arrancada de meus braços, a sensação de vazio me causou uma dor insuportável.

Margo gritava enquanto Caius tentava acalma-la e leva-la para dentro. Senti as lágrimas caírem sem parar a medida que seus gritos se tornavam mais distantes.

Grávida de um príncipe Onde histórias criam vida. Descubra agora