Cap 14

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Quando as pessoas vêem a capa vermelha, elas esperam ver um certo alguém. Alguém que elas conhecem. Mas essa não é a historia dele, é a minha.

Faz uma semana desde que eu me revelei para Nova York, e até agora as coisas estão indo muito bem. Eu até acho que levo jeito para isso.

Eu estou no deserto junto com o Lance e a equipe dele fazendo alguns testes. Na verdade, eles só estão jogando mísseis em mim e eu tenho que desviar.

Ai cacete!

Quase que eu me ferro agora. Por pouco eu fico sem cabeça.

– Isso é o mais rápido que você consegue? – Lance diz na escuta e pega um binóculo para conseguir me ver.

– Esses testes são obrigatórios para todo mundo? Ou isso é só porque eu sou...

– Não é porque você é mulher senhorita Jauregui. A D.O.E exige avaliações físicas e psicológicas de todos nós agentes de campo.

– Eu ia dizer alienígena. – Digo.

– Nenhum super-herói pode apresentar ameaça em atividade, então preciso saber se você tem pleno controle sobre os seus poderes. Resistência, força e velocidade.

Quando ele diz velocidade, dou um impulso tão forte que chegou a deixar rastros de fumaça por onde eu voava. Fui até onde Taylor estava e passei por ela, quebrando um quadro de vidro que estava cheio de anotações.

– Caramba! Minha irmã rompeu a barreira do som, senhor. – Taylor diz animada para o Lance.

– ATIREM DE NOVO! – Lance grita e logo dois mísseis começam a me perseguir.

Olho para eles e vejo que cada um está em um lado do meu corpo, então vôo bem rápido para cima, fazendo os dois se chocarem e explodir.

Dou um sorriso e vou para o chão, aterrissando na frente de Lance.

– Então, eu passei? – Pergunto fazendo um coque frouxo no meu cabelo.

– Vejo que tem o mesmo apetite de destruição como o seu primo, senhorita Jauregui. – Diz.

– Sabe, eu estou começando a atender por Supergirl. – Digo e ele levanta uma das sobrancelhas para mim. – Ahm... É... A gente vai se entender.

Lance nega com a cabeça e sai.

Vou até Taylor.

– Será que precisa disso tudo? Eu estou pronta Taylor, pra tudo isso. Eu consigo. – Digo dando uns pulinhos.

Nem me perguntem o porquê de eu estar fazendo isso.

– Acredite ou não, mas ele só está te protegendo. Nós dois estamos.

Acho que no dicionário da Taylor só existe essa frase.

– Eu tive mais de um ano de treinamento antes de ele me deixar ir a campo. – Diz e coloca o cabelo atrás a orelha. – Eu estou tão feliz por você estar aqui. Odiava esconder essa parte da minha vida de você.

– Quando eu era mais nova eu achava que você não sabia mentir. – Digo sorrindo.

– É isso que um bom mentiroso te faz pensar. – Diz.

Supergirl? Responda Supergirl! – Escuto a voz do Zayn na escuta.

– Ei, o que foi? Eu estou meio ocupada agora. – Digo.

Olha, tem um incêndio enorme se espalhando pelo porto de Nova York.

– Ta bom, eu já estou indo. Tem um incêndio no porto, tenho que ir. – Digo para Taylor.

– Você desviou de mísseis e testou sua resistência nas ultimas duas horas, até você tem limites. – Diz preocupada.

– Pelos últimos doze anos eu escondi quem eu sou, agora eu não preciso mais. Eu não quero desperdiçar nem um minuto. E, além disso... Isso parece uma tarefa para a Supergirl. – Sorrio para ela e em segundos eu já estava no céu.

Vôo rápido até o porto e quando chego vejo vários bombeiros e carros de policia.

Vou até uns dos bombeiros que estava com uma roupa diferente e paro na frente dele.

– No que eu posso ajudar, chefe? – Pergunto para ele.

– Aquele navio esta carregado de óleo. Se o fogo chegar nele, ele vai explodir igual uma bomba de duas toneladas. O rebocador não vai chegar aqui a tempo.

Olho para o grande navio.

– O QUE ESTÁ ESPERANDO? O Superman já teria resolvido isso há muito tempo. – Ele grita nervoso.

– Calma já vou.

Vou até o fogo e começo a dar o sopro congelante, mas logo parei quando uns galões começaram a explodir.

– EU VOU TENTAR EMPURRAR. – Grito para o chefe.

Arrebento as cordas que estavam segurando o navio e vou até a sua frente segurando a ponta e puxando para trás.

Começo a fazer força puxando o navio e logo sinto o mesmo saindo do lugar. Ouço as palmas dos bombeiros. Continuo puxando o navio até que a frente do mesmo racha e litros de óleo começam a cair no mar.

Ouço os bombeiros gritando e alguns policiais me xingando.

Olho assustava para as águas ficando negra.

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