| Livro um da trilogia As Doze Luas |
Lizandra Verlack estava satisfeita com sua mente cética e sua banda punk de garagem. Porém, tudo se transforma quando ao voltar de um luau, em seu aniversário, a morte vem ao se encontro. As barreiras mentais...
música do capítulo: A Little Death - The Neighbourhood
"Dançando pela noite. Uma vodka e uma sprite. Um vislumbre das silhuetas. Uma noite que eles nunca esqueceriam"
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Globos espelhados propagavam diferentes luzes pelo salão, as cores do arco-íris revezavam a cada segundo, focando nas jovens que dançavam sensualmente nas pilastras do centro do recinto. O interior do lugar era mais extenso do que parecia visto de fora, em um dos cantos havia um pub e pelos outros, divãs coloridos eram distribuídos simetricamente.
Liz se viu sozinha no meio de uma lotação de jovens dançantes quando Liam conduziu Sofia para a pista de dança, arrancando risadas dela durante o percurso. Matheus fora o primeiro a se misturar.
Ela fechou os olhos e balançou o corpo de um lado para o outro lentamente acompanhando o movimento dos outros que a envolviam. Seu peito estremecia a cada batida mais forte. Ela sentiu como algo palpável a vibração de energia daquelas pessoas e pela primeira vez em muito tempo, a dor de cabeça não incomodara em uma multidão.
Sem parar de mover o corpo, Liz olhou ao redor, ficando na ponta dos pés. Perdera todos de vista, mas o que procurava mesmo era algo de anormal. Era uma boate como qualquer outra, alguns jovens bonitos e altos andavam com bandejas de um lado para o outro, servindo à multidão com um brilho malicioso no olhar. Ela deu um passo para trás e esbarrou em um garoto, estava prestes a pedir desculpas, porém, sua boca abriu em uma espontânea surpresa.
— Orion!
— Bem-vinda ao meu mundo, Lizandra Verlack — disse ele aumentando o tom de voz sem perder a elegância, mantendo o tom manso e equilibrado.
Ela sorriu. O garoto estava "estranhamente normal". Sem as orelhas pontudas, sem o brilho místico na face ou os cabelos cor do céu noturno. Liz estava delirando quando o vira pela primeira vez?
— Eu não me recordo de ter dito meu nome. — retrucou ela competindo a altura da voz com a da música.
