Tough Love

5. 50 shades

Anteriormente em Tough Love: 

-“Poe-me no chão!” – Eu exijo dando aos braços e às pernas mas sem efeito.

-“Eu sou mais forte do que tu por isso encosta a cabeça e desfruta da viagem.” – Ele disse olhando para baixo e piscando-me o olho.

Suspirei de forma dramática e encostei a minha cabeça ao seu peito. Fui imediatamente invadida pelo seu odor, o cheiro a perfume entupiu os meus pensamentos, os meus olhos começaram a fechar lentamente, apenas eu e ele e…

***

Abri os olhos lentamente, o quarto estava escuro e a minha cabeça latejava. Olhei em volta e não reconheci onde estava, este não era o meu quarto e esta não era a minha cama. Levantei-me rapidamente e fiquei sentada na cama, tinha a cabeça á roda, o meu estômago estava a matar-me e para piorar alguém ligou a luz. 

Tapei instintivamente os olhos, a luz era demasiado forte para alguém que tinha acabado de acordar. 

-"Então bela adormecida?” – Uma voz rouca suou à minha frente. 

Retirei a mão que tapava os meus olhos muito devagar e, assim que me ajustei à luz, consegui ver uma figura à porta daquele quarto. O seu corpo estava apenas tapado por uns Calvin Klein brancos, as suas pernas eram grandes e musculadas, os seus abdominais era altos de pura tentação, os seus braços estavam cruzados perto do peito, um Adónis bem à minha frente. 

-“Estás a gostar do que vês?” – Aquela voz rouca voltou a invadir os meus ouvidos, os meus olhos voltaram a viajar por aquele corpo até chegaram ao rosto, aquele rosto que eu mal conhecia – Harry…

-“Não poderia ter acordado de forma pior.” – Eu digo fria. 

-“Não pareceu à segundos atrás.” – Ele disse com um sorriso e um tom provocadores. 

-“Onde é que eu estou Harry? E porque é que tu estás assim?” – Eu perguntei levantando-me daquela cama, quando olhei para baixo reparei que tinha apenas a minha roupa interior vestida e uma t-shirt grande, pelo cheiro que me invadia a respiração e pelas borboletas no meu estômago quase que poderia apostar de quem era aquela peça de roupa. 

-“Não te lembras de nada?” – Ele disse soltando um riso rouco e sexy.

-“Não me lembro de nada? O que é que aconteceu ontem?!” – Eu perguntei olhando em volta, procurando por sinais de atividade sexual, o meu coração batia a mil á hora, o que é que eu fui fazer?!!!!!

-“Como é que podes ter-te esquecido da nossa noite?” – Ele perguntou colocando uma mão sobre o coração, fingindo-se magoado.

-“Harry!” – Eu grito enervando-me e aproximando-me dele. 

-“Candy!” – Ele imita-me e ri-se de forma gozona. 

-“Diz-me o que aconteceu ontem.” – Eu digo empurrando-o.

-“Nunca.” – Ele diz mandando-me um beijo.

-“Idiota, o que é que tu me fizeste?! Eu estava bêbeda!” – Eu grito enquanto dou pequenos socos no seu peito. 

Eu não acredito que esta besta se aproveitou do meu estado! A raiva consumia-me, mas estava ainda mais chateada por não me lembrar de nada.

-“Achas que eu te pegava miúda?” – Ele diz de forma bruta agarrando ambas as minhas mãos.

-“És nojento!” – Eu digo soltando uma mão e espetando-lhe uma chapada na cara. As lágrimas ameaçavam cair, nunca me tinham tratado assim!

-“Já me chamaram muito pior.” – Ele diz rindo-se, quem é este rapaz à minha frente, será que ele tem sentimentos? É que agora parece-me apenas um monstro.

-“Leva-me para casa.” – Eu digo de forma bruta e tento passar por ele mas aquele palhaço não deixa. 

-“São quatro da manhã, volta para a cama.” – Ele ordena-me como se fosse a sua cadela de estimação.

-“Não mandas em mim anormal!”- Eu digo empurrando-o.

-“Para de me desafiar!” – Ele diz passando ambas as mãos pelo cabelo, frustração era o que ambos sentia-mos.

-“Porquê? O que é que acontece se eu te desafiar?” – Eu perguntei em provocação, o meu passatempo favorito a partir deste momento é enervar o Harry.

-“Não me faças perder a cabeça Candice.” – Ele disse encurralando-me contra a parede, o meu nome saiu da sua boca e percorreu o meu corpo em forma de arrepio.

-“Não tenho medo de ti Harry, tu n-ã-o m-a-n-d-a-s e-m –m-i-m!” – Eu digo as últimas palavras de forma lenta para ver se ele entende de uma vez por todas. 

Os seus olhos ficaram pregados aos meus, a sua mão acariciou a minha cara e o seu polegar traçou o meu lábio inferior, eu não me movi um milímetro. O seu olhar viajava dos meus lábios para os meus olhos, como se ele estivesse a decidir o que fazer. 

-“Não me obrigues a colocar-te na cama.” – Ele disse afastando o seu corpo do meu, o calor que ele me transmitia evaporou-se e eu fiquei frustrada e desiludida com tal reação. 

-“Só me deito se me disseres onde estou e como vim aqui parar.” – Eu disse cruzando os braços.

-“Teimosa.” – Ele disse com um sorriso de lado, que bipolaridade é esta? Primeiro está sério, depois gozão, depois sério, depois irritado, depois sedutor e agora provocador?! –“Estás em minha casa e não, não aconteceu nada. Bebeste muito e não podias conduzir então eu decidi levar-te para tua casa, o problema é que tu adormeceste e eu tive de te trazer para aqui porque não sabia onde moravas.” – Ele explicou e eu acreditei. 

-“Não eras tu que sabias tudo?” – Eu perguntei provocando-o novamente, desconfio que o efeito do álcool ainda esteja a funcionar. 

-“Provocadora unh?” – Ele diz sorrindo, um sorriso grande, mostrando umas deliciosas covinhas. 

-“Sempre! E não vou comentar agora as tuas covinhas, vou deixar isso para outro dia.” – Eu digo sorrindo e andando em direção à cama. 

-“E eu não vou comentar o quanto ficas sexy com a minha camisola vestida.” – Ele diz sorrindo de lado. 

Olhei para ele de alto a baixo e ignorei o seu comentário, como é que nós passamos de uma luta para isto?! Primeiro diz que não me pega e agora diz que estou sexy? Confuso.

-“Tá calado Haroldo.” – Eu atiro-lhe com uma almofada à cara. 

-“Vais arrepender-te disso!” – Ele diz atirando-me para cima da cama e fazendo-me cocegas. 

-“P-pa-paraa!” – Eu tento dizer entre risos. 

-“Pronto pronto.” – Ele diz sorrindo, o seu corpo estava por cima do meu e os nossos rostos estavam demasiado próximos. 

O seu cheiro, o seu olhar, tudo me convencia a pular para o abismo, para o buraco negro que ele era. Ninguém o conhece bem mas todos o temem, tem momentos raros de simpatia e momentos frequentes de raiva. Ele é um turbilhão de perguntas sem resposta! 

-“Boa noite Harry.” Eu digo quebrando o momento. 

-“Sim, boa noite Candy.” – Ele diz levantando-se. –“Se precisares de alguma coisa estou na sala.” – E com esta última frase ele saí do quarto fechando a porta. 

Fiquei entregue aos meus pensamentos e à confusão que reinava a minha mente. Quem és tu Styles e porque é que tens este efeito em mim?