Tough Love

6. Crazy Boy

Anteriormente em Tough Love:

-“Boa noite Harry.” Eu digo quebrando o momento. 

-“Sim, boa noite Candy.” – Ele diz levantando-se. –“Se precisares de alguma coisa estou na sala.” – E com esta última frase ele saí do quarto fechando a porta. 

Fiquei entregue aos meus pensamentos e à confusão que reinava a minha mente. Quem és tu Styles e porque é que tens este efeito em mim?

***

*21/09*

-“Harry?” – Eu sussurro ao seu ouvido. Ele parecia um anjo a dormir, os seus cabelos cor de chocolate espalhados pela almofada, a sua boca semiaberta e as suas bochechas rosadinhas- -“Harry?” – Eu voltei a sussurrar mas desta vez abanei-o ao de leve. 

-“Hmm…” – Ele diz abrindo um olho de cada vez.

-“Já passa do meio-dia, achas que me podes levar a casa?” – Eu pergunto um pouco envergonhada. 

-“Não tens fome?” – Ele pergunta esfregando os olhos e sentando-se no sofá.

-“Sim, por isso é que queria que me levasses.” – Eu digo coçando o braço embaraçada por ter de pedir-lhe algo e pela minha falta de roupa. 

-“Anda, eu faço o almoço.” – Ele diz levantando-se e começando a andar. Desta vez o seu corpo não estava tapado apenas por um par de boxers mas também por umas calças cinzentas com um elástico na cintura, estas estavam demasiado baixas mostrando o início dos seus Calvin Klein e o seu V. Os meus olhos varreram aquele corpo vezes sem conta, o seu tronco nu estava esculpido de forma perfeita, todos os seus músculos eram definidos por linhas perfeitas, cada pormenor do seu corpo fazia-me duvidar da minha força de vontade, da minha capacidade para me afastar. 

-“Gostas de natas?” – Ele pergunta assim que chegamos á cozinha. 

-“Sim.” – Eu digo encostando-me ao balcão. 

Ele olhou para mim de alto a baixo e aproximou-se vagarosamente, tocou no meu rosto com ambas as mãos e acariciou as minhas faces com os polegares. Olhou bem fundo no meu ser e, completamente perdida na cor verde da sua alma, só dei conta do que ele estava a fazer tarde demais. As suas mãos já estavam a repousar na minha cintura quando eu voltei a ser consciente das minhas ações. Com pouco esforço o Harry levantou-me e sentou-me em cima do balcão da cozinha, os seus olhos sempre pregados ao meu. O meu coração acelerou, a respiração ficou ofegante e as borboletas abriram asas no meu interior. 

-“Eu precisava de chegar até à gaveta.” – Ele diz atrapalhado e desvia o seu olhar do meu.

-“Podias simplesmente ter pedido.” – Eu digo tentando ser durona. 

-“Nunca perdes uma oportunidade não é?” – Ele pergunta rindo-se. 

Ignoro por completo o seu comentário desagradável e fico a observá-lo atentamente. Sem dúvida de que ver um homem a cozinhar é extremamente sexy. Porque é que ele tem de ser assim? Tão minuciosamente bem feito, tão escultural, tão grotesco. E porque é que eu tenho de ser assim? Tão fraca que nem sequer consigo resistir a um rapaz. 

-“O almoço está pronto.” – Ele diz trazendo-me de volta para a realidade. Por quanto tempo é que estive perdida? Como é que ele já fez o almoço e já pôs a mesa sem eu reparar? 

- “ Candy?” – Ele estala os dedos à minha frente. 

-“Desculpa, estava perdida.” – Eu digo embaraçada e salto de cima do balcão. 

-“Um centavo pelos teus pensamentos.” – Ele diz sentando-se na mesa. 

-“Demasiado pessoais.” – Eu sorrio e sento-me à sua frente. 

-“Eu ontem despi-te e vesti-te, acho que os teus pensamentos deixam de ser assim tão pessoais.” – Ele diz de forma rude.

-“Consegues ser tão anormal.” – Eu digo baixando a cabeça envergonhada, perdi todo o apetite com o seu comentário estúpido! A comida estava tão boa, porque é que ele tinha de estragar tudo?

-“Não vais comer?” – Ele pergunta com o garfo no ar, a ser sustentado pela sua mão.

-“Leva-me para casa.” – Eu digo levantando-me da mesa, cabeça erguida e decidida.

-“Como quiseres.” – Ele diz largando o garfo de forma ruidosa em cima do prato o que me provocou um susto e em resposta dei um pequeno salto.

-“A minha roupa?” – Eu pergunto. 

-“Em cima da poltrona, no quarto.” Ele levanta-se e começa a andar, eu sigo-o sempre calada. Assim que entramos no quarto ele dirige-se à poltrona e atira-me a roupa, os meus reflexos retardados não ajudaram a situação e a roupa acabou por cair no chão. Ele olhou para mim e para a roupa, deu de ombros. Sem mais nem menos ele tira as calças, ficando apenas de boxers, o meu queixo caiu no chão. 

-“H-Harry.” Eu viro a cara para o lado assim que ele levanta a cabeça para olhar para mim. “O que foi?” O seu tom era frio e rude o que me deixou enervada e me fez olhar para ele, logo de seguida fiquei arrependida e voltei a olhar para o lado. “Onde é a casa de banho?” Eu pergunto desconfortável com a ideia de me trocar à frente dele. 

-“Caso não te lembres eu volto a dizer, ontem quem te despiu fui eu por isso não há muito que não tenha visto.” A sua resposta fez o meu sangue ferver de raiva, se era assim que ele queria então era assim que ele iria ter. “Como queiras, eu visto-me aqui mesmo.” Eu digo retirando a camisola dele e atirando-a à sua cara mas o palhaço apanhou-a antes mesmo de chegar perto. 

Tentei vestir-me o mais rápido possível, os olhos do Harry não desviavam nem por um segundo o que me deixava super desconfortável e embaraçada. “Estou pronta, já podemos ir.” Eu agarro na minha mala e começo a caminhar até à porta da rua, ele seguia atrás de mim calado e de mãos nos bolsos. 

Assim que entrámos no carro comecei a dar-lhe indicações, ele seguiu-as corretamente e em menos de meia hora já estávamos estacionados à entrada da minha porta. O Harry estava a mexer no telemóvel e eu estava simplesmente sentada sem saber se devia agradecer ou sair apenas. 

“Obrigada, acho eu.” A última parte da frase eu murmurei para mim mesma mas acho que ele ouviu pois olhou para mim com um sorriso atrevido na cara. Como é que ele pode passar de estúpido e idiota para descontraído?

“Amanhã venho buscar-te por volta das 8 horas, veste algo bonito.” Ele diz enquanto eu saiu do carro. Será que ouvi bem? Virei-me novamente para ele e inclino-me sobre a janela aberta depois de fechar a porta. 

“Isso é uma forma de me convidares para um encontro?” Eu digo não conseguindo evitar um sorriso trocista. “Não, estou apenas a dizer-te que amanhã vamos sair.” Com esta frase ele arrancou e desapareceu no horizonte. Este rapaz é louco ou é impressão minha? Ele acabou de me obrigar a ir com ele a algum lado?! Ah, é que nem morta…

Pff Leiam:

-> Este capítulo é bastante pequeno, eu sei. :s 

-> Se gostas deixa o teu comentário ;)