Nota:
FOTO DO ADRIAN AQUI AO LADO, ELE TEM MAIS TATUAGENS :)
-> O texto não foi editado por isso se encontrarem algum erro avisem.
-> Queria saber o que acham de cada personagem e, até agora, qual é a vossa favorita.
-> Se gostaram toca a votar e a comentar
xoxo <3
---- QUERO AGRADECER A UMA AMIGA MINHA QUE SEMPRE ME APOIOU E ICENTIVOU, OBRIGADA RAQUEL =D -----
Anteriormente em Tough Love:
Envolvi-me com quem não devia e quebrei todas as minhas regras, agora estou a sofrer as consequências dos meus atos mas, ainda assim, não me arrependo de nada. Isto não é normal, eu não sou normal. Tenho de afastar-me dele porque, pelos vistos, sempre que estamos juntos eu acabo por fazer o que não quero.
- Não quererás dizer: “O que quero”? – O meu subconsciente acrescenta mas o cansaço vence-me e eu não consigo formular uma resposta.
***
Sinto o carro parar antes de ouvir a sua voz. “Chegámos.” Ele suspira, não de alívio mas sim de cansaço e preocupação.
Desencosto a cabeça do vidro para poder admirar o que me rodeia, mas a minha atenção é totalmente desviada para um carro preto, estacionado a uns trinta metros de distância. Encostado ao carro encontra-se o Zayn e a seu lado a Kim.
Abri a porta do carro sem dizer uma única palavra e saí. O meu olhar foi captado pelos seus olhares, olhares de pena. Como se soubessem algo que eu não sei, algo que, muito provavelmente, era necessário para eu conseguir entender tudo. Abanei a cabeça perante estes pensamentos. É patético achar que existe uma explicação, ele é assim e ponto. Não existe nenhuma justificação para tanta estupidez, existe apenas uma pessoa estúpida.
Eu. Eu sou a pessoa estúpida que, depois de uma noite insignificante, pensou que alguma coisa ia mudar. Patétic-
“Candice.” O meu trilho de pensamentos é interrompido, assim como eu, por um sussurro arrependido. Um novo vento invadiu a minha alma aquecendo-a. Baixei a cabeça, não para evitar os olhares expectantes, do Zayn e da Kim, que alternavam entre mim e o portador da voz, mas sim para evitar o meu próprio olhar expectante. Uma palavra decidia o caminho que eu tinha de tomar.
Uma única palavra…
“Candice.” Uma voz alegre ecoou nos meus ouvidos e eu levantei a cabeça para encontrar uma pessoa à minha frente – Niall.
- Mas será que ele aparece sempre? Já parece perseguição. – O meu subconsciente invade-me de forma sarcástica.
Será normal sentirmos que temos uma pessoa dentro de nós, uma pessoa completamente diferente? Parte de mim fica feliz por ver o Niall, em qualquer tipo de situação ou lugar, mas outra parte acha que ele tem um péssimo sentido de conveniência e aparece sempre para piorar o cenário. Estou dividida entre o ser “sã e normal” e o “dar razão ao Harry”.
Obviamente que a parte “sã e normal” ganha.
“Niall.” Imito o seu tom de voz jovial apesar de não sentir tal alegria.
“Estou admirado por encontrar-te aqui.” Ele responde com um sorriso luminoso.
“Eu também.” Sussurro. Nesse momento interiorizei o que está á minha volta. Estou num descampado rodeado por árvores, do meu lado esquerdo, a bastantes metros de distância, existe uma pista de carros que se prolonga até ao horizonte. Do lado direito dessa pista encontra-se um armazém enorme com, no mínimo, umas quatro portas de garagem na parte da frente. A lateral do armazém é constituída por duas grandes janelas e o resto do edifício está fora do meu alcance. Só depois de voltar a observar tudo é que a minha atenção é captada pelas pessoas aqui presentes.
Zayn e Kim a uns seis metros de distância, Niall logo à minha frente. Liam e Louis, ambos de braços cruzados e do meu lado esquerdo, acompanhados por duas raparigas que eu nunca vi na vida e por um rapaz que eu conheci em casa do Niall. Por fim, do meu lado direito, lado a lado, encontra-se o Harry numa postura dominante, braços cruzados ao peito e um olhar trancado de qualquer tipo de emoção. Esse mesmo olhar, que estava focado no loirinho, focou-se um mim por meros segundos, mas rapidamente voltou a fitar o rapaz.
Todos, há exceção do Harry, do Niall e de uma das raparigas, me olhavam de forma preocupada, como se eu fosse uma criança no meio de adultos, uma jogadora que desconhece as regras do jogo. Até a Kim parecia conseguir situar-se!
O que é que me está a escapar?
“Vais ficar por cá e dar-nos o prazer da tua companhia?” O Niall pergunta de forma ternurenta, sempre com o mesmo sorriso luminoso.
Formas de responder a estar pergunta:
1. Sim
2. Não
Implicações positivas da resposta sim:
- Tenho uma oportunidade de fazer-lhe frente.
Implicações negativas da resposta sim:
- O Harry mata-me, o Harry mata-o, o Harry mata-nos, o Harry mata todos e no fim suicida-se.
- Vou ter de levar com ele o resto da tarde e estou preocupada com o meu pai porque ele ainda não me disse nada.
- Se não sofrer as consequências hoje vou sofre-las amanha e vai ser bem pior.
Implicações positivas da resposta não:
- Vou para casa descansar e pode ser que o meu pai já tenha chegado.
- Não tenho de aturar a sua má disposição e estupidez.
- Não sofro qualquer tipo de consequência e posso, finalmente, afastar-me dele.
Implicações negativas da resposta não:
- Não consigo fazer-lhe frente.
- Ora bem, perante este conjunto de implicações positivas e negativas é bastante óbvio qual será a minha resposta.
“Não.” O Harry responde por mim e isso só me fez ter mais certezas.
“Sim, claro que sim.” Respondo à pergunta do Niall, depois de uma rápida deliberação, e olho de relance para o Harry, vendo a sua expressão mudar drasticamente. O seu olhar frio era capaz de gelar-me mas este novo olhar, cheio de raiva no seu estado mais puro, congelou-me no sítio.
- Espero que estejas contente. – O meu subconsciente atacou-me. Nem mesmo a minha outra metade estava feliz com as minhas escolhas. Aliás, nenhuma das partes estava feliz com a minha escolha. Eu sabia perfeitamente que queria picá-lo, testar os seus limites, mas desta vez arrependi-me.
“Não te quero a bisbilhotar na minha vida.” As suas palavras ecoaram na minha cabeça como um mantra.
Os meus pensamentos são interrompidos pelo som de um carro a trabalhar. Virei-me em direção ao som e fico chocada, á minha frente encontra-se um Lamborghini aventador em branco e eu perco-me a olhar para aquela peça de arte. De lá de dentro sai o rapaz que eu conheci na festa no Niall, Adrian penso eu. Como é que ele saiu do meu lado esquerdo e apareceu dentro de um Lamborghini? Melhor ainda, como é que ele tem um Lamborghini?
“Gostas de carros?” O Niall perguntou e eu desviei o meu olhar do carro para fitá-lo. Acho que a minha boca aberta e o brilho nos meus olhos responderam à sua pergunta porque ele deu-me um sorriso de orelha a orelha. “ Queres dar uma volta nele?” Ele pergunta e eu fico ainda mais chocada!
“Não!” Respondo de forma rápida.
“Porque não?” O Niall tenta perguntar mas é cortado pelo Harry
“Niall.” O idiota diz de forma ameaçadora e eu reparo que ele continua ao meu lado, sempre com a mesma postura dominante.
“O que se passa Harry?” O Niall pergunta com um tom de voz provocador.
“Sim, o que se passa Styles?” O meu tom de voz contrasta com o do Niall e eu viro-me de modo a conseguir encarar o Harry totalmente.
“Nada, não se passa nada. Só não quero colocar um carro de 275 mil euros nas tuas mãos.” A sua estatura sobrepõe-se sobre a minha quando ele se aproxima um pouco.
“Não vou discutir a minha capacidade de conduzir contigo porque tu não fazes melhor e digo-o com experiência própria.” Eu própria avanço dois passos na sua direção e bastava inclinar-me meros milímetros para os nossos braços, ambos cruzados sobre o peito, se tocarem. O seu olhar é perigoso assim como o meu. Chega de parecer uma fraca, se é preciso jogar sujo então eu vou descer do pedestal para sujar-me.
“Gostas muito de provocar-me.” Ele diz com o seu sorriso característico, arrogância escrita em cada traço do seu rosto.
“Eu? Longe disso. Tu é que não tens capacidade para mim ou para um carro.” O seu sorriso desapareceu assim que as palavras voaram dos meus lábios. Acertei-lhe na ferida, oh ego masculino…
Um som parecido com um “limpar a garganta” foi emitido perto de mim e a minha disputa com o Mr. Styles foi interrompida, mais uma vez. Ao virar o meu rosto encontro a Kim ao lado do Niall.
“Trouxe-te umas roupas para te mudares antes de chegares a casa.” Ela diz sorrindo-me de forma fraca. O que é que se passa com as pessoas à minha volta?
“Obrigado.” Murmuro afastando-me do Harry e caminhando em direção ao carro preto do Zayn. Ao passar pelo Niall lanço-lhe um sorriso e ele faz-me prometer que volto para ele levar-me a passear no Lamborghini.Ao entrar no carro sinto todos os olhares postos em mim mas ignoro-os. Abro a mala preta que está no banco e faço os maiores truques de ginástica para conseguir despir-me e vestir o que a Kim me trouxe sem que ninguém visse. Assim que acabei de vestir-me o Zayn e a Kim entram no carro e ele arranca de imediato. Não consigo evitar a sensação estranha que me preenche, sinto-me uma criança a ser transportada pelos pais, uma criança demasiado inocente para entender o que se passa à sua volta.
Enrosquei-me no banco de trás e deixei o sono apanhar-me, acordando quando já estava à porta de casa. Agradeço aos dois por me terem ido buscar e, assim que tento sair do carro, ouve-se um estrondo vindo de minha casa. O meu coração gelou e parou de bater. Não acredito que isto está a acontecer outra vez, não, não pode ser.
A Kim sentiu a minha agitação e tentou sair do carro mas eu pedi ao Zayn para a levar daqui. “Vai Kim, eu fico bem.” Eu digo fechando a porta do carro. Ela tenta abrir a dela mas o Zayn tranca as portas e desce a janela para que possamos falar.
“Não te vou deixar sozinha num momento destes Candice.” Ela levanta o tom de voz tentando ‘gritar-me’ algum senso comum.
Antes que pudesse responder ouve-se outro estrondo e eu faço sinal ao Zayn para arrancar com o carro. Ele olha-me preocupado mas eu digo-lhe para ir e que se acontecer alguma coisa eu ligo. Ele assentiu com a cabeça e eu vejo o carro ir-se embora, depois viro-me relutantemente em direção à porta de casa e suspiro.
Aqui vou eu…

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Tough Love
FanfictionUm amor que nasce no sítio errado, na hora errada e entre as pessoas erradas. Será que alguma coisa dará certo?