28. Plans

587 54 23
                                    

Dedico este capítulo à leitora que me enviou ontem uma mensagem. Obrigada por leres o que escrevo princesa, mas acima de tudo, obrigada por gostares e por teres vindo falar comigo. Como prometido, aqui está o capítulo. ;) 

Existem momentos na nossa vida em que desejávamos ser engolidos pelo chão, que um buraco se abrisse debaixo dos nossos pés e que fossemos sugados para outro sítio. É nesses momentos, em que o embaraço e a vergonha dominam qualquer sentimento, que temos de tomar uma decisão rápida, algo que desvie a atenção indesejada posta em nós. Então foi isso que fiz, fingi que tinha a situação controlada e que não me tinha esquecido de nada.

 “Niall, finalmente chegaste. O Harry está já de saída, não é?” A tensão no ar é palpável e eu sinto que a qualquer minuto um deles, mais precisamente o Senhor Styles, vai fazer asneira.

 “Não.” O Harry responde de forma teimosa.

 “Sim.” Digo enquanto o empurro em direção à porta.

 “Então é com ele que tens coisas combinadas?” Ele pergunta, lançando um olhar de nojo ao Niall.

 “Sim e tu estavas já de saída, não é?” Repito, enfatizando as ultimas palavras e dando-lhe outro pequeno empurrão.

 “Não é preciso ele ir embora.” O Niall diz entrando finalmente dentro de casa. “Eu vim só trazer-te a m-“

 “Vieste trazer-me a máquina que eu te pedi.” Interrompo não o deixando acabar de falar.

 “Máquina?” O Harry pergunta de sobrancelha levantada.

 “Sim ah, hmm, a máquina.” Oh meu deus, que desculpa Candice!

 “Que máquina?” Ele insiste e eu vejo-me encurralada.

 “A minha máquina fotográfica.” O Niall responde de forma eficiente e eu olho-o com gratidão. Obrigada, obrigada, obrigada!

 “Então onde é que ela está?” O Harry questiona enquanto olha o Niall de alto a baixo, reparando que ele não trazia nada com ele.

 “Ok já chega.” Digo empurrando-o finalmente para fora de casa, mas antes que pudesse fechar a porta ele puxa-me pelo pulso para fora de casa. “O que é que estás a f-“ A minha frase foi interrompida pelo som da porta a fechar-se atrás de mim. “Estás par-“ Volto a ser interrompida quando ele me encosta á porta e me prende com o seu corpo.

 Hum?

 Uma das suas mãos agarra os meus pulsos e posiciona-os acima da minha cabeça, contra a porta, enquanto a outra segura a minha cintura, mantendo-me assim no sítio. Ele inclina o seu rosto até os seus lábios rasparem o meu ouvido e sussurra: “Foi isto que sentiste?”

 Ainda confusa com a situação, não consigo entender a sua pergunta e fico paralisada.

 “Diz-me se foi isto que sentiste.” Ele insiste, empurrando o meu corpo contra o dele ou o dele contra o meu, no momento não fazia diferença porque uma folha de papel não passava entre nós.

 “Responde-me Candice.” A sua voz rouca ecoou pelo meu corpo e eu perdi os sentidos. Como é que queres que te responda quando te tenho colado a mim?!

 Os seus lábios deslizam pelo meu pescoço, traçando caminho até ao meu ombro. Respira Candice. “Sentiste aquele aperto no estômago?” A mão que segurava a minha cintura desce até ao meu rabo e aperta-o com força. Respira Candice. “Sentiste o teu sangue ficar quente com raiva ou sentiste aquela dor no peito?” Os seus lábios capturam o meu ponto fraco e ele suga-o, deixando-me desnorteada. Merda. Respira! “Diz-me love, foi isto que sentiste quando a Fiona apareceu em minha casa?”

Tough LoveOnde histórias criam vida. Descubra agora