18. After Party

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 Anteriormente em Tough Love:

 “Tu sabes que eu não vou conseguir dormir contigo aqui, ainda por cima assim.” Ele aponta para a minha falta de roupa.

 “É essa a minha intenção.” Sorrio de forma provocadora e volto a sentar-me em cima dele. “Está na altura de te fazer sofrer um bocadinho senhor Styles.” Balanço as minhas curvas e sinto-o crescer ainda mais debaixo de mim. Vou deixar-te a desejar-me como nunca desejaste ninguém e, no fim, não me vais ter, nunca.

 Ele solta um gemido baixo e eu sinto a energia vibrar dentro de mim, controla-te Candice. O álcool que bebeste fez-te mais atrevida mas não imprudente, ele é que tem de te desejar e não tu. Faz a besta sofrer com carícias meigas e sussurros quentes. Deixa-o perder-se em ti.

***

 Abri os olhos lentamente e assim que a luz do sol os feriu grunhi, voltando a fecha-los. Levei ambas as mãos às têmporas e esfreguei, tentando ao máximo diminuir a dor de cabeça. Quando a dor acalmou um pouco, fiz um esforço por abrir os olhos e, depois de várias piscadelas, lá consegui.

 Ao inspecionar o que me rodeava dei por mim deitada numa cama que não era a minha, apesar disso não me era desconhecida. E um rapaz, de caracóis cor de chocolate dormia profundamente com um braço, apertado de forma forte, à volta da minha cintura. As nossas pernas estavam entrelaçadas e o seu rosto estava deitado em cima do meu ombro. A sua boca estava entreaberta e não existia um único traço de stress ou preocupação na sua cara, um anjo a dormir.

 Fiquei a observá-lo durante segundos, minutos ou até mesmo horas. Não interessa quanto tempo passou, deixei simplesmente todas as perguntas sem resposta, todas as incertezas, todas as discussões, tudo – Deixei tudo só para aproveitar aquele momento sem interrupções. Todas as tempestades que viessem depois porque agora eu não queria saber, não me interessava.

 Inalei o seu cheiro – nada esquisito… - uma última vez e levantei-me devagarinho, com cuidado para não o acordar. Apesar do esforço todo ele mexeu-se e o meu nome escapou dos seus lábios, as suas mãos agarraram a minha almofada e ele abraçou-se a ela suspirando fundo. Fiz um esforço para não soltar um risinho porque acabei de ver a coisa mais querida de sempre.

 - Candice não te quero alarmar, mas há um dia atrás tu odiavas este rapaz -

 Não.

 Não mesmo!

 Subconsciente não vais estragar isto. Deixa-me ao menos ser irresponsável por mais um bocadinho.

 Caminhei à volta do quarto para encontrar a sua camisa e, assim que a encontrei, vesti-a. Direcionei-me até à cozinha mas antes disso passei pela casa-de-banho e olhei-me ao espelho. Cabelo despenteado, lábios inchados, marcas de dedos, vestida apenas em roupa interior uma camisa branca aberta? Sem dúvida o aspeto de alguém que se divertiu á noite. 

 Ah Candice, no que é que te meteste?

 Quando cheguei à cozinha abri de imediato o frigorífico à procura de algo comestível. Existia uma caixa de ovos cheia, um pacote de leite, manteiga, cervejas e três molhos que, muito provavelmente, estavam fora de prazo. – Mas será que este rapaz não come?

 Bem, posso sempre fazer umas omeletes para o pequeno-almoço.

 Retirei a caixa dos ovos e coloquei-a em cima da bancada. Abri uns dois armários até encontrar uma frigideira decente. Procurei também por um recipiente onde pudesse bater os ovos e consegui, por sorte, descobri a gaveta dos talheres à primeira. Abri depois os ovos um a um, batendo-os na caçarola.

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