Tough Love

22. Embrace

Nota:

 Lamento a demora meninas mas aconteceram algumas coisas menos boas e pronto. Espero que gostem do capítulo e se encontrarem algum erro digam-me sff. 

 -> O que achas da história da Candice?

 -> O que achas das atitudes do Harry?

 ---> A música é um cover que eu adoro de 'In the End' dos Linkin Park 

  Anteriormente em Tough Love:

 Antes que pudesse dizer alguma coisa ele sai do quarto. Inspiro fundo e aconchego-me no cobertor que me está a tapar.

 “O que é que aconteceu?” Oiço a sua voz vinda da sala e sinto os meus olhos a ficarem pesados mas tento ouvir mais um bocadinho.

 “Isso é algo que tens de perguntar-lhe a ela Harry.” A Kim responde e eu não consigo focar-me mais na sua conversa porque o sono puxa-me para uma inconsciência desejada.

 ***

 Acordei com o som de vozes abafadas, mexi-me e remexi-me na cama mas senti dores em cada músculo e decidi levantar-me. O quarto estava escuro e a única fonte de luz era uma pequena brecha entre a porta e a parede. Abri a porta para conseguir distinguir melhor os móveis e caminhei até á cómoda, de lá retirei uma t-shirt do Harry e vesti-a depois de despir as roupas que levei para a discoteca.

 Com tanta confusão nem sequer cheguei a mudar de roupa ou a tomar banho. – Inspirei fundo e suspirei. – Vamos lá enfrentar o mundo. – Com estes pensamentos deixei o quarto e caminhei, silenciosamente, até à sala-de-estar. As vozes que me acordaram ficaram mais altas a cada passada mas calaram-se por completo assim que apareci.

 “Candice.” A Kim deixou escapar um sussurro doloroso e os seus olhos encheram-se de lágrimas. Os olhos do Zayn, que estava sentado ao seu lado, arregalaram-se mas ele não disse nada, as suas mãos pousaram-se nos ombros da Kim para tentar acalmá-la.

 “Quem é que te fez isso?” Uma voz apressada e até mesmo chocada, vinda da minha direita, ecoou nos meus ouvidos e os meus olhos encontraram os seus. Harry. O seu rosto suportava um tornado de sensações, desde confusão até raiva. Os seus olhos percorreram o meu corpo, não de modo lascivo mas para, certamente, ver se eu estava ferida em mais algum lado. Sem dizer nada ele agarrou na minha mão e levou-me para a casa-de-banho. Lá dentro baixou o tampo da pia e fez-me um gesto para me sentar. Vi-o retirar uma caixa de primeiros socorros do armário e pousá-la em cima do lavatório. Retirou de lá uma garrafa de álcool e algodão.

 “Desculpa.” Disse ajoelhando-se à minha frente, passando o algodão pelo corte no meu rosto. Estremeci de dor e deixei escapar um som agudo. “Eu sei que dói mas precisas de desinfetar a ferida.” Ele murmurou sem retirar os olhos do seu trabalho manual. “Pronto.” Ele disse depois de passar o algodão mais algumas vezes. Sem se levantar usou uma das mãos para acariciar a minha bochecha boa, os seus olhos preocupados percorreram o meu rosto até se focarem nos meus lábios.

 Não me beijes por favor – Pedi mentalmente mas ele não respondeu aos meus pedidos e acabou com a distância que nos separava. Os seus lábios tocaram nos meus e eu senti tudo de novo, as borboletas, o formigueiro, o fogo-de-artificio, o calor. O beijo era doce e carinhoso, senti que ele estava a tentar concertar-me com um único beijo.

 Isto é errado, eu tenho demasiadas preocupações e problemas e de momento não preciso de mais um. Mas, ainda assim, quem quebrou o momento foi ele e não eu.

 “Vamos para a sala.” Ele diz levantando-se e dando-me a mão. Aceito-a de bom grado e saímos ambos da casa de banho, deixando a caixa de primeiros socorros em cima do lavatório e as portas do armário abertas.