23. Finally

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 - Se encontrarem algum erro avisem.

(Confesso que não gostei particularmente do capítulo mas seja o que Deus quiser.) 

 - O que acham das atitudes da Candice? Comentem com a vossa opinião e votem ;) 

Obrigada por todos os comentários positivos, é muito importante saber que existem pessoas que gostam de ler o que eu escrevo. <3 Love y'all 

 IMPORTANTE: QUERO SABER QUAL É O VOSSO CAPÍTULO FAVORITO ATÉ AGORA, VÁ LÁ VÁ LÁ VÁ LÁ. *faz beicinho* 

Anteriormente em Tough Love:

  “Não te deixo voltar para lá Candice, nem que implores.” A sua voz era doce e ele implantou um beijo no topo da minha cabeça. “Agora vamos dormir e amanhã resolvemos tudo.” Os seus braços soltaram-me para ele puxar as mantas sobre nós e depois voltou a abraçar-me, puxando-me para o seu peito.

 “Boa noite Harry.” Sussurrei contra o seu peito quente e fechei os olhos, senti-me segura.

***

 Acordar e sentir os braços de alguém à nossa volta é reconfortante, sentir o calor e a segurança transmitidos por um só abraço. Não queria acordar mas sabia que o sono tinha desaparecido há já algum tempo. No fundo queria continuar aqui, deitada na sua cama com os seus braços à minha volta, cabeça deitada no seu peito, ouvir a sua respiração suave e poder levantar o rosto para encarar as suas feições - todas as imperfeições perfeitas que construíam um belo homem. Não valia a pena pensar nos prós e nos contras porque eu sabia que isto ia acabar cedo.

 Ponto número 1: São sete da manhã e nós temos aulas.

 Ponto número 2: Conheço-o há duas semanas, que mais parecem meses, e já me expus o suficiente, o suficiente para uma vida inteira.

 Ponto número 3: Tudo o que vem dele é incerto e tudo o que eu entendo é distorcido por mim mesma. Ele não diz o que pensa, aliás, diz o contrário e eu entendo o oposto. Basicamente não chegamos a conclusão nenhuma porque nenhum de nós quer falar sobre o ‘nós’, sobre as noites que eu passei nesta casa, deitada nesta mesma cama, sobre os olhares furiosos que carregam muito mais do que apenas raiva, sobre os beijos profundos, rápidos, lentos, suaves, sobre os toques íntimos, sobre tudo aquilo que envolve a palavra ‘nós’. Provavelmente a única coisa que vai sair das nossas bocas é: “Não existe nenhum nós.” Mas vão ficar coisas por dizer, coisas que nem eu nem ele queremos admitir, coisas que não conseguimos explicar e nem sequer tentamos compreender.

 É estupido saber tudo isto e ainda assim ignorar, mas somos mesmo assim, contradições, opostos, duas pessoas que divergem e convergem vezes sem conta. O problema é que quando olho para o seu rosto descansado encontro paz, uma paz interior que está para além de qualquer explicação lógica, porque, por amor de deus, eu conheço-o há duas semanas!

 Senti-o mexer-se de baixo de mim e o seu braço à volta da minha cintura apertou-me mais contra ele. As nossas pernas estavam interlaçadas e eu dei por mim a pensar se seria assim que duas pessoas que se gostam acordam, agarradas, unidas. Deixa-te de coisas Candice. – Os meus pensamentos assustam-me e neste momento, só neste pequenino momento, quero deixar de pensar, quero entregar-me áquilo que sinto e não compreendo.

 Tracei o seu peito escultural com o meu dedo indicador e desenhei as suas tatuagens, uma a uma, com dedicação e suavidade. O seu braço voltou a apertar-me e eu desviei a minha atenção para os seus olhos, agora abertos. “Bom dia.” Ele murmurou com uma voz grave e rouca, voz de sono. Confesso que este som suou como música para os meus ouvidos e o meu coração deu um pulo devido aos meus pensamentos, como será acordar assim todas as manhãs? – Sem me importar com a minha mente selvagem respondi ao seu bom dia com um sorriso brilhante. Os seus olhos traçaram cada linha do meu rosto e focaram-se na minha bochecha magoada. Senti o seu corpo ficar tenso de imediato mas eu sorri e beijei o seu peito, tentando mostrar-lhe que estava tudo bem e, mesmo que não estivesse, ia ficar.

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