Olhando para as vítimas

"A mudança"

É verão, e vou admitir, parece que estou no inferno de tanto calor!
Meus pais decidiram se mudar para uma  cidade pequena, porque estavam acontecendo muitos assassinatos na minha cidade de origem.

Bom, amanhã é meu primeiro dia de aula, não estou criando muitas expectativas quanto a isso, já que não vi muitos rostos amigáveis pela vizinhança (o pouco que vi da vizinhança).
Não sei porque meus pais escolheram este lugar, já que minha avó morreu aqui ano passado, imaginei que eles ficariam traumatizados, mas parece que não foi bem assim. Não  fiquei tão surpresa com a morte dela, a velha já estava segurando a mão do capeta!

  -Kyra! Chegamos! - sou tirada dos meus pensamentos quando escuto minha mãe gritando.
  -Tá mãe, mas não precisa gritar, ninguém é surdo aqui! - Falo irritada. Eu sei que estava usando fone e escutando música no último volume, mas não tem necessidade de gritar.

Quando saio do carro me deparo com uma casa grande e antiga, bonita mas estranha, algo nela me chamou atenção.
  -Filha, pegue suas coisas no carro! Rápido! - disse minha mãe.
Pego minhas coisas e subo para o meu quarto. Meu quarto é grande, apesar de ter quase nada nele, só um espelho velho, não pretendo tira-lo dali, já que deixa o quarto mais "legal".
Fui tomar meu banho. Dei um pulo quando a água gelada entrou em contato com minhas costas (que estavam quentes). Quando voltei ao quarto, coloquei meu pijama azul marinho e fui me pentear em frente ao espelho. Olhei-me, e percebi as olheiras enormes abaixo dos meus olhos. Mas não estava tão ruim assim, bom eu não sou a garota mais bonita do mundo, mas posso ser considerada "legal", tenho um cabelo longo na cor castanho claro, meus olhos são da cor castanho claro também, tenho a pele bronzeada já que vim de uma cidade onde faz muito sol, e sou alta. Após fazer essa análise sobre eu mesma, deito na cama e durmo.

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