"Pais?"

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Quando chego em casa com Edy e Fillip, vejo que meus pais não estão presentes, chamo o nome deles inúmeras vezes mas sem resposta.

-Olá Kyra! Está tudo bem? Parece que seus pais não estão em casa não é? Decidi brincar um pouquinho com eles, disse que era uma entrevista sobre uma marca, e claro que se você não fizer o que eu mandar... Você sabe! - Diz a mensagem que recebo no meu celular.
-Kyra está tudo bem? - Pergunta Fillip preocupado enquanto Edy está jogado no sofá vendo TV.
-Quer saber eu acho melhor fazermos esse trabalho outro dia, meus pais não gostam que eu fique sozinha em casa só com homens então, podem voltar outro dia? - Pergunto implorando para que digam sim.

E como previsto disseram que amanhã voltariam.
Mando uma mensagem para o número que anda me assustando esses últimos dias.
-O que você quer? Só não encosta em meus pais por favor! - Envio sem nem pensar duas vezes já tenho sua resposta.
-Menina inteligente, gosto disso! Me encontre as 14:00 atrás da sua escola e não demore muito, seus pais já estão cansados de esperar!
Olho no relógio e já são 13:45, tenho só quinze minutos para chegar até a escola, nem troco de roupa e já vou correndo para lá, quando chego não encontro ninguém, fico esperando até exatamente as 15:30, vou embora quando percebo que fui enganada de novo. Enquanto volto algo me chama atenção é uma árvore, ela estava um pouco suja de... Sangue? Resolvo não tocar ali já que se a polícia encontrar isso com minhas digitais já era, resolvo entrar no meio daquelas árvores enormes e acabo me perdendo, vou andando, andando, andando e andando, mas tenho a impressão que estou andando em círculo já que sempre estou na mesma árvore, olho no celular e já são 17:00h, tudo começa a escurecer, fico com medo e quando vou ligar a lanterna do meu celular minha bateria está fraca demais para ligá-lo, resolvo ligar para alguém mas está sem sinal.
-Que ótimo! - Grito bem alto. Escuto um barulho vindo entre um arbusto e uma árvore, vou me afastando lentamente até bater de costas em alguma coisa, viro-me rapidamente e vejo possível assassino, saio correndo sem pensar duas vezes, esbarro meu braço em vários galhos o que faz eles me cortarem, está escuro então não consigo enxergar grande parte da floresta, corro até esbarrar meu pé em uma pedra que ali se encontrava, e caio com tudo no chão, sinto alguém se aproximar, então meu desespero só aumenta olho para trás e vejo o assassino ele pega em uma de minhas pernas, então o chuto com toda a força que me restava, quando chego na estrada para casa sinto-me aliviada mas não paro de correr, chego em casa e lembro que esqueci a chave, grito fora da casa, e meu pai abre a porta.
-Mas o que está acontecendo aqui? - Meu pai pergunta ao me ver toda machucada e sangrando por causa dos cortes dos galhos, estou o da suja de terra e não estou em um bom estado.
-Pai! Que bom que você está bem! - Digo o abraçando.
-Onde você estava? Eu e sua mãe estávamos ficando preocupados quase ligamos para a polícia. - Diz me mostrando a hora, e nossa ja são quase 20:00h.
Depois de um interrogatório que meus pais fizeram, contei o que aconteceu, claro que não contei a verdade, só contei que estava passando perto da escola e uns amigos estava na floresta, fui com eles cai e sai rolando pelo chão, eles concordaram mas tenho quase certeza que não acreditaram na minha história. Tomo um banho e todo o meu corpo dói, quando término de me trocar, recebo uma mensagem.
-"Nosso encontro foi mais legal do que eu podia imaginar. Espero que esteja bem mal, isso foi só um aviso."

Olhando para as vítimas Onde histórias criam vida. Descubra agora