Memories®

Verba Volant Scripta Manent.

Maite acordou suada de novo de outro sonho turbulento, ela olhou de repente para o lado oposto da cama de onde ela estava e percebeu que seu esposo já havia saído, então  calculou que deveria ser tarde pois ele sempre saia cedo, mesmo quando não tinha quase trabalho nenhum a fazer.

Poucos segundos depois, ela avistou um pedaço de papel dobrado que estava em frente ao porta retrato deles dois juntos que ficava na mesa de cabeceira dela, pegou o papel em suas mãos e leu em voz baixa.

  一 Buenos dias mi amor, Não se assuste se voce acordar hoje e não me ver sorrindo pra voce do outro lado da cama, seu amado precisou sair bem cedo hoje pra ir a uma reunião com os donos da Calentura, a boate onde voce pediu que fosse feita a sua festa de aniversário, eu espero que o dono goste de mim. E que consiga aceitar as suas exigência.  Torça por mim, te adoro bye. 

Mai devolveu o papel ao lugar onde estava e começou a se levantar da cama enquanto recordava do sonho que havia tido, ela não conseguia se lembrar de tudo, mas estava em um hospital,  vendo um grupo de cinco médicos em volta de uma cama carregando as pressas vários equipamentos de ressurreição, e se preparando para aplicá-los a um paciente que estava ligado a vários aparelhos, inclusive a um monitor cardíaco.  

Mas não eram os médicos que a assustavam e sim o paciente em questão, o homem deitado na cama, era William .  Logo ele que a levou as melhores viagens que Mai havia feito em toda sua vida, quem que havia mostrado a ela que era possível amar alguém sem que existem limites, pra se demonstrar esse amor. Entre muitos seres humanos no mundo era talvez um dos que menos merecia estar morrendo daquele jeito em cima daquela cama.

Aquela cena fez Mai ficar emburrada pelo resto do dia, então ela foi até a despensa o lugar onde ela agora também guardava todas as coisas que representavam a mulher que ela foi antes de se casar.  Ela  não sabia o que estava procurando, até avistar uma caixa de papelão que havia sido lacrada e por mais engraçado que fosse alguém havia escrito na caixa as palavras: PERIGO NÃO ABRA! 

Mas era óbvio que não havia nenhuma bomba ou algo parecido ali dentro, ela então sacudiu a caixa perto de seus ouvidos e pelo barulho conseguiu perceber que aparentemente não havia nada além de papel,e ainda segurando a caixa com uma das mãos, saiu de dentro da despensa ,fechou a porta e foi até a cozinha, deixou a caixa em cima da bancada e em seguida pegou uma tesoura em uma das gavetas , começou a tentar abrir a caixa cortando a fita que estava selando-a. 

Quando que conseguiu abrir a caixa, Mai achou estranho que o conteúdo eram apenas cartas, percebeu que estranhamente todas as cartas recebiam possuíam o mesmo remetente: "William Levy".   Cada uma delas possuíam datas diferentes, porém muito próximas, e as cartas iam do ano de 2014 até o ano de 2015 e paravam no meio do ano. 

一 Como eu nunca vi essas cartas antes? 

一 Como assim elas nunca chegaram a mim se estão todas carimbadas com o selo de recebidas? 一 Ela se perguntou.

Confusa, mas curiosa e decidida a saber o que estava ocorrendo, Maite pegou a mais recente das cartas, se sentou em dos bancos que estavam próximos a bancada e começou a rasgar o envelope. E quando começou a ler, foi como se ela estivesse ouvindo a voz de William dizendo todas aquelas palavras ali na frente dela.

"Boa noite Mai espero que voce esteja bem onde quer que esteja agora, digo, isso se voce tiver se mudado, ou viajado pro Uzbequistão ou algo assim.  Porque eu estou te mandando cartas desde fevereiro do ano passado e voce não me respondeu a nenhuma delas, então devo também te dizer que está é a ultima vez que te escrevo nessa vida.  Como voce já deve ter lido no envelope eu estou de nesse momento Em Genebra, Suíça. Eu acho que voce ia gostar daqui apesar do inverno rigoroso essa cidade é linda, tranquila e cheia de pessoas simpáticas. 

Eu sei que é inútil, mas te escrevo para refazer a voce as mesmas perguntas que sempre atormentam a minha cabeça. Por que você se foi? / O quê eu te fiz de errado? 

Se a única coisa que eu fiz o tempo todo , até onde eu consigo me lembrar, foi fazer voce feliz das melhores formas que eu conseguia? Ou voce estava fingindo quando dizia que me amava e que era muito feliz ao meu lado e todas aquelas outras coisas? É eu desejo que eu esteja errado em pensar assim sobre você, mas suas atitudes recentes me mostram tudo ao contrário. 

Eu reconheço hoje que voce nunca vai mudar de ideia, todavia eu ainda te amo e se por acaso você algum dia pensar em voltar saiba, eu estarei esperando onde sempre estive, porque eu sou um tremendo idiota que não consegue deixar de te amar não importa o quanto eu tente. Enfim Adeus, e mande um abraço ao seu noivo, diga a ele que desejo sorte pra que ele consiga aturar voce até nos seus piores momentos, como eu aguentei. Cuide-se.

Maite que já havia acordado se sentindo mal naquela manhã, agora estava se sentindo ainda pior, ela não sabia como reagir áquelas palavras, então guardou aquela carta com o restante das outras e fechou novamente a caixa com cuidado, voltou ao seu quarto e trocou de roupa e logo após ficar apresentável, ela juntou algumas de suas roupas em uma bolsa de viagem e deixou-a em cima de sua cama.  Logo depois ela achou a agenda de Christian logo abaixo do travesseiro dele então pegou a agenda e com a caneta que estava dentro dela escreveu: "Chris,me perdoe por estar sendo a responsável por te dar essa noticia, estou indo passar alguns dias morando na casa da minha amiga Jessica, não se preocupe comigo , eu estou bem. E irei ligar pra você todos os dias,  só estou indo porque preciso passar um tempo sozinha com ela.

Vollto log, sua Maite.

Assim que acabou de escrever isso mai arrancou a folha de papel que havia usado, e colocou o papel agarrado a um dos ímãs que estavam em sua geladeir,  feito isso pegou seu celular e mais algumas outras coisas,  enfiou-as dentro da bolsa e saiu andando da casa. Trancou a porta e foi até a garagem onde destrancou a porta de seu carro, jogou a bolsa no banco do carona e começou a dirigir assim que a porta da garagem se fechou.