Capítulo 24 - Na Toca do Lobo

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MARTI

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MARTI

Estou nervosa, acho que nunca estive tão nervosa na minha vida como nesta noite de inverno. A neve cai pesadamente lá fora. Em encontro-me do lado de dentro do prédio onde vivo esperando a chegada de Marcus. O Natal aproximava-se rapidamente e com isso o lançamento do álbum que eu e o Ji-Yong há muito preparamos.

Vi o carro de Marcus parar junto à entrada, ele saiu e abriu a porta do carro enquanto eu descia os degraus que davam acesso ao interior do prédio. Já dentro do carro, Marcus elogiou a minha roupa. Tinha vestido umas calças negras com uma camisola de gola alta vermelha lisa e por cima um casaco grosso de inverno negro. Não me quis produzir demasiado, afinal estou aqui para fazer justiça não para impressionar ninguém.

A casa dele era perto da minha, assustadoramente perto da minha para dizer a verdade, cinco minutos em carro nos separavam. Marcus estacionou o carro no parque subterrâneo e abriu-me a porta, em seguida subimos até ao último andar daquele prédio, entrando na porta à direita. A casa dele era enorme e extremamente organizada. Num estilo minimalista, era incrivelmente acolhedora.

Apesar de já termos planeado tudo ao pormenor ainda não fazia ideia de como conseguir um documento que o relacionasse com o antigo Young-Jae.

Enquanto ele foi até à cozinha preparar o que seria o nosso jantar, eu aproveitei e dei uma volta pela sala de estar, fui até junto da estante, lá havia um pouco de tudo, desde bestsellers recentes até livros bem antigos e roteiros de filmes. Foi num canto da estante, do lado da janela que um grupo de livros me chamaram à atenção. Eles eram mais pequenos que os restantes livros e tinham um aspeto desgastado, como se já tivessem sido muitas vezes utilizados. Peguei no que se encontrava mais na ponta. Ele tinha uma capa dura e negra, e as folhas estavam amareladas. Abriu por curiosidade, na primeira página aparecia o nome do Young-Jae, virei mais uma página e deparei-me com uma entrada de 2005, bem na altura que os pais de Young-Jae morreram naquele trágico acidente. Andei umas páginas mais e numa entrada do final do mesmo ano encontrei algo que me deixou completamente perturbada. Por meio de desenhos desbotados feitos a caneta negra e vermelha encontrava-se em forma de texto a confissão do seu primeiro crime. Como é que a polícia nunca encontrou tal coisa? Não sei, mas eu tenho de arranjar uma forma de levar isto comigo.

— Ainda estás viva? – Perguntou Marcus de dentro da cozinha.

— Sim, estou apenas a ler algumas revistas que tens aqui. – Menti enquanto arranjava os livros da estante de modo a esconder a falta de um deles.

— Desculpa a demora... Mas o jantar já está quase pronto. – Transmitiu.

Fui até junto da minha mala, que por sorte era o grande o suficiente para esconder aquele diário sem chamar muito à atenção. Sentei-me então no sofá e peguei numa revista, mesmo a tempo da chegada de Marcus à sala. Ele vinha com um tabuleiro na mão e colocou-o sobre a enorme mesa de metal branco que se encontrava no fundo da sala. Eu acompanhei-o e sentei-me à sua frente. Tenho de arranjar uma maneira de encontrar um documento que o relacione com o caso, custe o que custar.

let's not fall in love | bigbang [Revisão]Onde histórias criam vida. Descubra agora