let's not fall in love | bigbang [Revisão]

Capítulo 30 - A Bela e o Monstro

MARCUS

Enquanto ela descia aqueles degraus que davam acesso ao interior do prédio, eu recordava todos os nossos momentos juntos no passado.

— Sei que quando cair ter-te-ei ao meu lado para me apoiar, Young-Jae!... – A sua voz ecoava no fundo dos meus pensamentos.

O que aconteceu? Como é que as coisas se tornaram assim tão... diferentes? Como me tornei assim? São perguntas que tenho dentro de mim às quais não tenho qualquer tipo de resposta.

— Vamos? – Questionou enquanto se aproximava de mim. Estava elegantemente vestida com um longo casaco cinzento que cobria um vestido vermelho liso, possuía vestidas também umas meias escuras acompanhas por umas botas de salto alto. A sua maquilhagem era natural e o seu cabelo encontrava-se solto cobrindo-lhe um pouco os ombros. Ela estava tão bela, mais bela do que alguma vez a tinha visto. Ela cresceu muito. Já não é a criança insegura que uma vez conheci, agora é uma mulher completamente segura de si.

— Claro. – Retorqui com um sorriso no rosto. Esta noite vai ser bem divertida.

Abri-lhe a porta do carro e em seguida segui para o meu lugar. Em primeiro lugar iremos jantar num restaurante e depois dirigir-nos-emos a uma festa que está a ser realizada pela Black Enter. E perto da meia-noite voltaremos para minha casa para assistir aos fogos de artifício. E no fim... Isso logo se verá, talvez a Marti venha a ter uma surpresa.

Depois de uns minutos no carro chegamos ao nosso destino, um restaurante quatro estrelas com vista para o rio Han. Saí do carro e abri a porta a Marti, os dois nos dirigimos para uma sala privada que havia reservado especialmente para esta ocasião. Hoje tem de ser perfeito. Hoje vou ter a Marti na minha mão e finalmente ter a minha tão esperada vingança.

— Não precisavas de ter preparado tanta coisa, eu não me importava de comer um restaurante mais simples. – Comentou admirando o local.

— Tu mereces isso e muito mais. Além disso, somos estrelas, temos de o demonstrar. – Afirmei.

— Nós também somos humanos, além disso lá por nadares em dinheiro não significa que todos sejam assim. – Ela é bem direta.

— Tens razão, erro meu. Nunca ninguém disse que a vida de um idol é fácil. Mas a verdade é que nem tu nem eu temos direito a nos queixar, tivemos muita sorte no mundo do entretenimento.

— Verdade. – Concordou.

A comida não tardou muito em chegar. Gostava de saber o que lhe vai na cabeça, será que está a pensar nele? Será que está confusa? Tantas perguntas e nenhuma resposta.

— Eu vou sair um momento, já venho. – Desculpou-se pegando na mala e saindo da sala. Ela havia deixado o telemóvel para trás.

— Esta Marti pode ter mudado muito, mas continua a mesma cabeça no ar. – Comentei de mim para mim enquanto encarava o telemóvel na mão. – Deverias saber que nunca deves deixar um objeto como este junto de um psicopata assassino.