Joe

1.3K 167 12
                                    

Capítulo 12

Recebi uma chamada de Melissa avisando que está chegando ao estádio e vou até a entrada da cochia pegar o Joe, aguardo Heitor traze-lo e assim que os vejo trato logo de passar orientação do horário para vir nos buscar, assim que Heitor sai, não vejo Joe.
Saio procurando por ele e não o encontro. Entro em camarins, banheiros e sala de equipamentos, meu coração fica apertado e um temor passa pelas minhas veias. Começo a chamar por seu nome e nada.
Vou em direção do palco e levo um choque ao vê-lo quase fundindo a uma mulher de cabelos negros até a cintura, short jeans e uma regata preta. O espanto foi tanto que acabei sendo grosseiro, nunca vi Joe abraçar ninguém daquele jeito.

Ao poucos ela se levanta agarrada ao Joe e vai se virando lentamente, percebo que está com os olhos fechados e ao levantar a cabeça e me olhar levo um choque

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

Ao poucos ela se levanta agarrada ao Joe e vai se virando lentamente, percebo que está com os olhos fechados e ao levantar a cabeça e me olhar levo um choque.
CARALHO é a mulher que se infiltrou nos meus pensamentos desde o Brasil, é ela a linda mulher do sofá vermelho, aquela que meu coração bateu diferente ao tocar seu rosto e cobri- lá com minha jaqueta, aquela que ansiei ver seu olhos, ouvir sua voz, sentir novamente seu cheiro. Sinto meu coração acelerado, pareço um adolescente apaixonado por sua primeira namorada, é ela, mon ange.
Sou trazido a realidade quando uma discussão começa.
-Por que está gritando comigo e com o meu novo amigo Joe?
Mon Dieu, ela está defendendo Joe de mim, vou ver até onde isso vai.
- Quem é você e o que está fazendo agarrada ao meu filho? Não te conheço e meu filho nunca ficou agarrado com uma mulher antes, nem Melissa ele gosta de abraçar, que tipo de magia você usou para que ele tenha esse comportamento?
Ela faz uma cara de espantada e franze lindamente a testa, aparecendo uma ruguinha sexi no meio da testa.
- Não sou uma bruxa. Nós somos amigos e ele quem me agarrou. Talvez por estar com medo da fera que é você, não vê que o está assustando, ele é apenas um bebê!?
FERA, ELA ME CHAMOU DE FERA... VOU MOSTRAR A FERA – Grito em pensamento.
- Isso é impossível. Ele se afastou em menos de trinta minutos e não sou fera, amo meu filho e gostaria que você o soltasse para sairmos logo daqui, sua presença esta me irritando.
Ela volta a me encarar olho no olho. Sou uns 40 cm maior que ela e ela me enfrenta de igual pra igual.
- Pra seu governo "senhor fera irritada", não sou eu que o estou agarrando e sim ele, e seu corpinho estremece ao ouvir seu rugido "Leão da montanha".
ELA ME CHAMOU DE LEÃO DA MONTANHA- Rio por dentro de tal petulância, veremos até onde isso vai.
- Você está de sarcasmo com minha cara, "senhorita petulante?" Saiba que não te devo satisfações de como falar com qualquer uma e fique ciente que não falo com meu filho assim, embora não tenha que lhe dar satisfação.
Seu olhar escurece e vejo ódio estampado no seu rosto.
- Qualquer uma se eu fosse alguma coisa sua, "seu ogro", me respeite e saiba que não sou o tipo de vadia que está acostumada, sou uma mulher de respeito e seu bebê que veio até a mim, mas agora eu entendo o porque dele ter fugido de uma "fera paranoica" como você.
Sabia que ela era diferente das várias que como por aí, ela é petulante, olha dentro dos olhos e tem uma língua afiada.
- Em dois minutos você já me chamou de "fera", "Leão da montanha" e "fera paranoica", quero ver até onde vai o seu extenso vocabulário de apelidos!? A provoco.
- Não queira ver "senhor Shrek", sou bem criativa e pode ter certeza que meu vocabulário é bem grande.
Estou doido pra conhecer não só seu vocabulário, mas também o que essa boca sabe fazer de melhor, sem ser sarcástica.
- Não teste minha paciência "senhorita estressadinha", posso jogar este jogo, só que não estou com tempo e nem paciência para este jogo de palavras cruzadas. Vamos Joe, preciso ir ao coquetel e você vai comigo.
Joe me olha de forma diferente. Nunca vi meu filho tão entregue a uma pessoa como está com essa mulher.
- Quero ficar com a Manu, ela é minha amiguinha- seus olhos começam a lacrimejar - e vo.cê tá bri.gan.do com ela e to fi.tan. do tris.te, por te gos.to de.la – Joe já fala chorando.
- Não chora meu principezinho, não vou te deixar.
Fico completamente sem reação. Ele nunca disse que gostava de alguém, os caras fazem de tudo pra agrada-lo, mas ele nunca disse que gostava deles. Ouço suas palavras de amor ao meu filho, até me recordar de ouvir um nome, Manu.
- Manu, quem é Manu?
- Desculpa, deixa eu me apresentar Manuela Ornelas, é você quem é?
Meus olhos se arregalam e me surpreendo ao ouvir seu nome, mas logo me recomponho e dou uma risadinha de lado.
- Só pode ser piada... como não sabe quem sou?
Digo ofendido por não me reconhecer.
- Deveria saber?
Pergunta com a melhor cara de indiferença, o que me irrita.
- Sou Maxine Charmont, vocalista e líder da Black Storm.
Ela se espanta e vejo surpresa ao saber quem sou.
- Finalmente nos conhecemos senhor Charmont, é uma pena que a primeira impressão é a que fica.
O QUE?
- Está me chamando de sem educação, senhorita Ornelas? 
- Não de só de sem educação, mas de ogro e Leão da montanha.
Pronto, agora estou puto da vida, ela conseguiu me desestabilizar.
- Como ousa me chamar de "ogro" e esse outro apelido e me desafiar sem me conhecer?
Ela dá dois passos na minha direção e aponta o dedo indicador no meu peito e olha dentro dos meus olhos.
- O senhor é muito arrogante e prepotente, acha que as pessoas giram em torno do seu dedinho mindinho, mas fique sabendo "senhor Leão da montanha", que o mundo não gira em torno do seu umbigo e muito menos eu sou obrigada a ouvir gritos de um astro do rock sem educação e que acha que o filho é sua propriedade ou que lhe dá o direito de mandar em suas novas amizades, ele merece respeito e eu também e infelizmente Joe, que é um amor de criança, tem um pai tão estúpido.
Ela está defendendo novamente Joe de mim?
- Quem é a senhorita pra me chamar de arrog...
Corto minha fala porque mais uma vez Joe começa a chorar  parando a nossa discussão. Me  aproximo e pego Joe do seu colo, e sinto seu cheiro, o mesmo cheiro do Brasil, fico atordoado com tamanho descontrole e acabo sendo novamente grosseiro.
- Me dê meu filho e com licença, foi um desprazer conhece-la.
ÔÔ Mentira!!
- A recíproca é verdadeira "Leão da montanha". Passar bem.
Ela dá um beijo no rosto do Joe e me entrega e sai em direção ao camarim bufando de raiva.
Mon Dieu, parece que fui atropelado por um trem. Olho pra Joe e o mesmo está emburrado comigo.
- Por que Manu foi embola?
- Esquece ela meu filho, vamos encontrar os rapazes.
- Eu gosto dela papa. Quero fica com ela – diz fazendo biquinho pra chorar de novo.
- Vamos falar com os rapazes, depois procuramos por ela, tá bom?
- Você pomete?
- Prometo – era só o que me faltava.
Fomos pro salão de festas onde estava ocorrendo o coquetel,  logo Dilan veio falar comigo.
- Estavam perguntando por você brother, onde se meteu?
- Estava tentando sair de um ataque de estresse de uma "fauteur de troubles" ( encrenqueira).
- Como é?
- Uma mulherzinha encrenqueira que tive o desprazer de conhecer.
- Não estou entendendo nada. Venha Louis está nos chamando.
Estava doido pra ir pro hotel, aquela lenga lenga  de patrocinadores e empresários estava me cansando, até ouvi Guilherme fazer um barulho com a boca. Olhei pra ele e automaticamente segui o olhar de todos. Fiquei sem palavras pra expressar tamanha beleza.
- Senhores...esta é a senhorita Manuela Ornelas Domingues, a artista plástica que está nos prestigiando com os painéis para esta turnê – apresenta Louis.
Vejo o olhar dos machos pra cima dela e uma raiva se forma dentro de mim, não estou me reconhecendo, meu coração bate muito rápido e sinto minhas mãos tremerem, nunca fiquei assim por nenhuma mulher, essa só pode ser uma bruxa.
Vejo Joe passar correndo por mim e se jogar no colo de Manuela, que abaixa para pega-lo no colo, sem se importar com o vestido que está usando.
- Para de babar Max, pelo visto Joe é mais rápido que nós – Fala Dimitri perto de mim.
- Não estou babando, só estou admirado de Joe fazer isso.
- É verdade, nunca vi Joe com este sorriso, muito menos no colo de outra pessoa a não ser você.
- Prevejo problemas futuros.
- Prevejo romance no ar.
- Deixa de boiolice Dimitri, nunca me apaixonei e muito menos pretendo me apaixonar.
- Veremos Max, veremos. Só o tempo irá dizer.
Joe não largou Manu. Nem sentiu minha falta, muito menos me chamou pra ficar com eles. Pego meu whisky e vou pra varanda, tento entender o que está acontecendo, um turbilhão de pensamentos fervilham minha cabeça, sinto que alguma coisa mudou, mas por mais que eu pense, não entendo.
- Vi sua discussão com Manu no palco – diz Guilherme se encostando na mureta com um redbull na mão – vi o brilho no seu olhar e foi o mesmo que vi no dela.
- Para de frescura Guilherme, ela é grossa e infelizmente Joe gostou dela.
- Deixa eu te contar uma pequena parte da história de vida de Manu, aí você tira suas conclusões.
Me viro para olhar pro Guilherme e sinto que esse papo vai mexer comigo.
-Ela foi deixada ainda bebê no orfanato, eu tinha uns quatro anos e fiquei encantado com os olhos daquele lindo bebê. Sempre que podia, ia ao berçário para vê-la e aproveitava pra dar mamadeira, enquanto as outras voluntárias cuidavam dos demais. O tempo passou e víamos  crianças entrarem e saírem do orfanato e sempre a protegia, sabia que algum moleque poderia se aproveitar dela, por conta da beleza, da delicadeza e principalmente pelo coração de ouro que tem. Quando completei dezesseis anos fui adotado e não consegui me despedi de Manu, fui levado ainda de madrugada para um hotel e depois pra Inglaterra. Sempre que podia, enviávamos cartas, até que nos mudamos pra Paris e a última carta foi quando ela completou dezoito anos. Soube por ela que aos dezoito anos teve que sair do orfanato e passou muitas dificuldades, sofreu maus tratos dos padrões e passou fome,  até trabalha e no Le Mond Ipanema, no Brasil e conhecer Erick, seu amigo de apartamento que foi convidado e assumir o Le Monde Paris e a trouxe para ajuda-lo na cozinha. Bom o resto você já sabe, ela é especial e se houver a possibilidade de faze-la feliz, siga em frente, sei que os dois se completam, vi isso hoje no palco. Se permita Max, conquiste Manuela e sejam felizes – ele se retira assim como chegou.
Fico com um misto de raiva por tudo que ela sofreu e um desejo enorme de cuidar desta mulher, estou ferrado, tenho até medo de falar o que estou sentindo.
Volto ao coquetel e percebo Joe dormindo nos braços de Manu, me aproximo e me sento ao seu lado.
- Me desculpa pela forma que falei hoje mais cedo no palco, não sou assim, fui pego de surpresa por Joe está no seu colo e acabei sendo grosso.
- Tudo bem senhor Charmont, também fui grosseira, fui pega de surpresa por Joe e não  esperava ser desrespeitada pelo senhor, mas tudo bem, vamos recomeçar.
- Prazer Maxine Charmont.
- Manuela Ornelas, o prazer é todo meu.
Nos cumprimentamos com um aperto de mão e assim que nossas peles se tocaram um calor incendiou meu corpo, como se reconhecesse o calor dela, percebo suas bochechas coradas, pelo visto sentiu o mesmo.
- Vou levar Joe pro hotel, se desejar lhe dou uma carona.
- Obrigada senhor Charmont, vou aceitar sim, preciso descansar também, afinal, a noite será agitada.
- Com certeza. Deixe-me pega-lo de seu colo e podemos ir.
Heitor já nos aguardava e o caminho para o hotel foi no mais puro silêncio,  mas nada constrangedor.
Chegamos e fomos para o vigésimo andar, tentei pegar a chave no bolso da calça e não consegui.
- Posso ajuda-lo?
- Por favor, a chave está no bolso.
Quando suas mãos deslizam sobre o pano fino do bolso minha pele se arrepia, olho nos seus olhos e vejo que ela também sentiu.
- Pronto, precisa de algo mais?
- Obrigado e não, já me ajudou muito ficando com Joe.
- Foi um prazer. Boa Noite.
- Boa Noite.
Ela abriu a porta de frente ao meu quarto e isso me deixou perplexo, como não a vi antes?
Tomo um banho e me deito junto com Joe, estava exausto e logo durmo.
Acordo com Joe chamando por Manuela, seu corpo está quente demais, meço a temperatura 38,5. Retiro sua roupa e dou um banho morno, o seco e coloco o pijama, aguardo uma hora e verifico novamente 39, começo ficar nervoso e ele chama por Manuela diversas vezes, sei que é emocional, preciso chamar Manuela.
Saio do quarto e bato na sua porta umas três vezes. Logo uma Manuela de pijama aparece e se assusta ao me ver.
- Desculpa incomodar, Joe está queimando de febre e não para de chamar por você, já dei banho e não abaixa, você pode me ajudar?
- Vou pegar a chave, só um instante.
Fomos pro meu quarto e ela deita na cama e conversa com Joe, fico no batente da porta observando a cena mais linda que já vi.
- Joe, olá meu amor, você está chamado por mim.
- Mamãe, Manu minha mamãe.
Arregalo meu olho e olho pra Manu que está tão espantada quanto eu.
- Não Joe, não sou sua mamãe, mas vou ficar aqui até a febre passar tá?
- Dome comigo Manu?
- Claro.
- Vem papa, dome com a gente!?
Vou até a cama e Joe põe Manuela no meio, isso significa que terei seu corpo perto do meu, prevejo uma noite mal dormida e uma ereção imensa e noite toda.
- Me desculpa por isso Manuela, assim que ele dormir, você pode ir pro  seu quarto.
- Não por isso Max. Gosto do Joe e se isso vai faze-lo dormir sem febre, me sinto feliz.
Logo deitamos e seu cheiro invade meu nariz e meu pau desperta da hibernação. Ouço sua respiração ficar tranquila e percebo que dormiu, fico com meus pensamentos até ser vencido pelo sono.
Acordo com o corpo de Manu enroscado no meu e o encaixe é perfeito. Suas pernas estão sobre as minhas e sua cabeça e braço no meu peito, seus cabelos negros esparramados no travesseiro e seu cheiro empreguinando meu nariz. Volto a dormir abraçado a ela e é como fôssemos um do outro.
Acordo com Joe pulando na cama e gritando todo feliz.
- Papa tá namorando com a Manuuu! Ta namorando...oba, vou ter uma mamãeee!!
Desperto e percebo que Manu ainda está enroscada em mim e meu braço está em torno dela. A olho e vejo o constrangimento no seu rosto, ela levanta e Joe se joga em seus braços.
- Bom dia principezinho, está se sentindo melhor?
- Estou Manu e quero que você seja minha mamãe.
- Joe, gosto muito de você e não posso ser sua mamãe, mas serei sua amiga, pode ser?
Joe se vira pra mim me pegando totalmente desprevenido.
- Não quero outra mamãe, quero Manu. Mostra pra ela que você vai se apaixonar e casar com ela.
Fico pasmo. Olho pra Manu que está com a mesma expressão e vejo a verdade nos olhos de Joe. O que falar pro meu filho, o que falar pra Manu?
- Joe, as coisas não são assim tão fáceis. Conheci Manuela ontem e não posso dizer o que você quer, seremos amigos, tudo bem?
- Não. Vejo que se amam, mas não falam. Porque adulto complica tanto? – faz carinha de tédio.
- Me desculpa por isso Manuela, Joe é muito impulsivo e acaba me deixando sem graça.
- Não por isso Max, sei como são as crianças e me desculpa por dormir no seu quarto. Preciso ir, tenho painéis de um show para expecionar.
- Toma café conosco como forma de agradecimento.
- Vou aceitar senhor Charmont,  mas tomarei um banho antes e retorno pro café.
- Max, somente Max por favor. Estaremos esperando.
Conduzo Manu até a porta e logo a vejo entrar em seu quarto. Volto e chamo Joe pra tomar banho e vou em seguida. Peço um café completo e aguardo ansioso por ela.
Melissa já havia pego Joe para passear e fico sentado na sacada olhando a vista de Madri. Me perco pensando nas sensações do meu corpo ao ter esta mulher nos meus braços, meu coração acelera e uma alegria que a muito tempo não sentia me invade e um sorriso se forma nos meus lábios.
Ouço uma batida na porta e assim que abro vejo minha doce Manuela. Porra...já estou a chamando de minha.
- Desculpa a demora Max, estava tratando da minha agenda com Lydi, minha assistente pessoal.
- Tudo bem, entre e fique à vontade.
Direciono Manu até a varanda e puxo a cadeira pra que se sente.
- Onde está o Joe?
- Foi com Melissa passear.
Percebi que ao falar o nome de Melissa ela se incomodou, isso me deixou feliz. Porra...nunca senti isso, o que está acontecendo comigo?
- Melissa é a sua babá, cuida do Joe desde bebê e tem uma família linda, quando nos encontrarmos nos Estados Unidos faço questão que os conheça.
- E então, me fale um pouco de você!?
- Não tenho muito o que falar. Sou brasileira e fui criada desde bebê num orfanato junto com Gui. Moro com meu amigo Erick e sou vencedora de um concurso de artes plásticas e estou aqui com Maxine Charmont, o sonho de qualquer mulher fã da Black Storm.
-Gargalhada – Mon Dieu, não sabia que eu era o sonho das mulheres, obrigado por me avisar Manu – Mais gargalhada.
- Ora, ora senhor inocente. Saiba que serei alvo de suas fãs se vazar a informação que estamos num café da manhã. Serei odiada.
- Ou invejada, já que é a primeira mulher que toma café da manhã comigo.
- Como assim?
- Sei que é de domínio público a morte da mãe do Joe. Por isso não entrarei no mérito da questão, porém nós nunca estávamos juntos nos cafés da manhã e depois que morreu, nenhuma outra mulher despertou esse desejo em mim. Não se sinta mal por isso, quero te agradecer por estar aqui para o Joe quando ele precisou.
- Obrigada Max e me sinto lisonjeada por ser a primeira a desfrutar de sua companhia pela manhã, mas tenho uma confissão e fazer. - a olho assustado - Você não é o primeiro a tomar café da manhã comigo.
- Isso muito me entristece – faço cara triste.
- Me desculpa, mas o Erick é excelente nas panquecas, não resisti em esperar.
Caio na gargalhada e vejo divertimento em seus olhos, nunca me diverti tanto com uma mulher.
- A senhorita é fantastique ( fantástica ). Obrigado pela sua companhia e faço questão de acompanha-la até o Vicente Calderón para a passagem de som.
- Será um prazer.
Saímos em direção ao Vicente Calderón junto com os brothers que não deixavam Manu em paz, o que me deixava com um sentimento estranho, mas ao mesmo tempo bom.
Sei que se não me focar nos shows vou enlouquecer. Esse mulher em menos de vinte quatro horas me deixou sem rumo.

Black Storm - EM REVISÃOOnde histórias criam vida. Descubra agora