Prólogo

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Assim que abri os olhos, a primeira coisa que vi foi um homem. Ele sorria um sorriso inseguro, sua mão estava no meu ombro, mas algo nele parecia certo. Ele tinha cabelos louros, com alguns fios brancos, poucos mas evidentes. Seus olhos eram de um azul intrigante, profundos e sinceros. Ambos estávamos sentados no chão.

- Tudo vai ficar bem. Eu prometo. - Sussurrou, olhando por cima do meu ombro, para algo além de mim. Mas não olhei o que era pois simplesmente não podia parar de olhar para ele. - Quando eu partir, você corre para o lado oposto, como se a sua vida dependesse daquilo.

Com a outra mão, ele segurou meu rosto. Era um gesto paternal, protetor. E sem saber o que estava acontecendo, nem entender quem ele era, eu me sentia segura. Talvez ele fosse meu pai, me arriscaria a dizer que sim. Seus gestos, sua feição, havia dor, medo e proteção em seu olhar.

Mas ele estava se despedindo, iria me deixar para trás. Eu queria dizer não, pedir para ele ficar, ou me levar junto para onde estava indo. No entanto, as palavras não saíram. Ele fez menção de levantar, mas eu segurei a mão dele, que havia acabado de deixar o meu rosto. Ele me encarou, eu balancei a cabeça negativamente. Não vá, não me deixe para trás, era o que aquele gesto dizia. Ele hesitou por alguns segundos. Fechou os olhos. Então soltou a minha mão, e puxou o capuz para cobrir o seu rosto.

E então ele se virou e partiu.

Eu o observei ir, até sua figura diminuir, até ele sumir no horizonte.

Então fiquei ali, estática. Senti o vento no meu rosto, vez ou outra, rajadas de areia me acertavam. Senti um gosto salgado na boca e soube que estava chorando. Eu não sabia o que fazer. Eu não sabia nem o meu próprio nome. Como havia ido parar ali, quem era aquele homem e o que estava acontecendo.

Olhei para as minhas mãos e vi algo riscado nela.

Maya. De alguma forma sabia que esse era o meu nome. E se não fosse, ele seria a partir dali.

Eu não saberia dizer quanto tempo eu fiquei ali, naquele chão, com a sensação de vazio que a falta de memórias fazia. Tantas perguntas sem respostas, eu não era capaz de externalizar nenhuma delas. No entanto, a minha mente borbulhava, e eu me sentia mais perdida cada vez que tentava me lembrar de algo, qualquer coisa.

Foi então que eles chegaram. De armadura branca, e armas, suas botas acertando o chão e fazendo uma nuvem de areia a cada passo. Achei que fossem me salvar. Mas os Stormtroopers eram o reflexo de uma violência sem precedentes.

Depois disso, a minha vida, que deveria começar, apenas despencou para a inexistência.



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Olá, sejam bem vindos! Meu amor por Star Wars me levou a escrever essa história, e depois de O Despertar da Força, essa ideia surgiu. Pensem nessa história como um interlúdio entre o episódio VII e o VIII.

Então, é isso, comentem e deem estrelinha (não alimentem meu complexo de inferioridade hjncjns). Beijos e até o próximo!

 Beijos e até o próximo!

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