Capítulo 25

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Lorenzo

Começamos a construir a jangada para sair desse lugar.
Não sei como não tive essa ideia antes.
Pela noite, paramos um pouco e fomos dormir.
Deitei na areia e Yandra deitou ao meu lado.

-Essa sua ideia foi realmente ótima.-ela fala.

-Valeu. A jangada não vai sair lá essas coisas mas acho que dar para o gasto.-falo.

-Hum...

-Boa noite.-digo e viro para o outro lado.

Percebo que ela se levantou e saiu, não sei porque.

Giovanni

Deito ao lado da minha irmã e o Matthew estava do outro lado, dormindo.

-Eles se amam tanto.-falo e durmo.

(No outro dia...)

Acordamos cedo e continuamos nosso trabalho.
Logo, a jangada já estava pronta mas havia um problema.

-Não vai caber todos aí não.-Murilo diz.

-Não vai mesmo.-Heitor concorda.

-O que famos fazer agora?-pergunta Cauã.

-Calma, daremos um jeito.-a diretora fala.

-Vamos uma parte e a outra fica.-propõe Eva.

-Mas quem vai e quem fica?-Bernado pergunta.

-Vamos eu, a Giovanna, o Giovanni, a Yandra e a diretora Carmem.-diz Pietra.

-NÃOOO.-gritam os que não foram citados- Isso é muito injusto.-fala Eduardo.

-Temos que ir todos.-Cauã diz.

-O Cauã tem razão.-diz Murilo.

-Mas não tem espaço.-Matthew fala.

-Vamos ter que fazer outra jangada ou então reconstruir essa.-fala Lorenzo.

-É o único jeito.-Eduardo concorda.

-Então vamos fazer isso logo, a minha irmã precisa de atendimento médico.-falo.

-Vamos então.-começamos a desmanchar a nossa pequena jangada.

-Vamos aproveitar que temos mais um pouco de tempo e procurar comida, não sabemos quanto tempo ficaremos no mar.- Márcia diz- Quem vai comigo?-pergunta ela.

-O Giovanni vai.-fala Matthew e o encaro mas vou.

Julie

-Não, não e não. Eu não vou sair daqui até saber dos meus primos.-falo pela milionésima vez tentando convencer meus pais de me deixarem aqui.

-Julie, por favor. Vamos, depois nós voltamos.-fala minha mãe.

-Já falei que não. Mãe, eu não vou sair daqui. Desculpa, mas não e não.-falo sentando e cruzando os braços.

-Julie.-meu pai tenta me convencer também.

-Não. Pai, mãe...vocês sabem o que eu sofri quando perdi a memória e agora que eu recupero e descubro que minha prima, melhor amiga, praticamente minha irmã está desaparecida, vocês querem que eu saia daqui sem saber nada? Eu não posso fazer isso, não posso.-eles suspiram.

-Tudo bem vai. Eu e seu pai vamos e você fica com sua tia, depois voltamos.-me abraçam e dão um beijo na minha testa- Tchau filha.

-Tchau.-eles vão.

Um tempo depois, um homem que estava com fardamento da polícia aparece.

-Pessoal, eu tenho novidades.-ele fala e todos o olhamos.

-Encontraram eles?-uma mulher pergunta.

Todos que estavam sentados, inclusive eu, levantamos.

-Infelizmente não. Faz tempo que esse avião caiu e não temos notícias de nenhum dos passageiros. Decidimos parar as buscas de uma vez.-ele fala rápido.

-Vocês não podem fazer isso.-alguém fala.

-Er...

-AS BUSCAS NÃO PODEM PARAR.-grito irritada- AS PESSOAS QUE AMAMOS ESTAVAM NAQUELE AVIÃO. NÃO FORAM ENCONTRADOS, MAS ISSO NÃO QUER DIZER QUE NÃO ESTEJAM VIVOS ATÉ QUE SE PROVE O CONTRÁRIO. ELES VÃO MORRER É SE PARAREM DE PROCURÁ-LOS. ACHAR QUE NADA ADIANTA NÃO RESOLVE O PROBLEMA, EU NÃO QUERO TER QUE PARTICIPAR DO VELÓRIO DOS MEUS PRIMOS, SEM NEM O CORPO DELES ESTÁ PRESENTE PARA PROVAR QUE ESTÃO MORTOS E DEPOIS APARECEREM COM VIDA EM ALGUM LUGAR DO MUNDO.-grito quase chorando mas me seguro.

-Essa menina tem razão, meu filho não está morto.-uma mulher diz e os outros começam a concordar.

-AS BUSCAS NÃO PODEM PARAR.-volto a gritar e o povo me acompanham.

-AS BUSCAS NÃO PODEM PARAR, NÃO PODEM, NÃO PODEM PARAR. AS BUSCAS NÃO PODEM PARAR, NÃO PODEM, NÃO PODEM PARAR. AS BUSCAS NÃO PODEM PARAR, NÃO PODEM, NÃO PODEM PARAR.-gritamos todos juntos.

-Silêncio por favor, vamos ter calma.-o policial tenta nos acalmar.

-Calma eu vou ter quando meus primos aparecerem com vida.-falo me irritando mais com a chatisse desse cara- Ei, cara feio e chato que eu não sei o nome.-o chamo e ele me olha- Faz um enorme favor para todos nós, cala essa sua boca de sapo e presta atenção.-falo.

-Nós não vamos sair daqui até que encontrem nossos filhos, parentes e amigos. Sem que nos dêem certeza de que estão bem ou que estão mortos.-um homem fala.

-É isso aí.-todos concordamos.

-Eu não posso fazer nada...-e mais uma vez, ele volta a coaxar.

Pego um copo de água com gelo e jogo em sua cara.
O mesmo para de falar e me olha parecendo irritado.

-Até que fim se calou. Eu não quero ouvir suas explicações, eu quero ver suas ações.

-Julie.-minha tia tenta me acalmar.

-Você tem que medir as consequências dos seus atos garota.-ele fala.

-E o que vai fazer? Vai me prender por desacato a autoridade? E quando meus primos e os outros que estavam naquela viagem aparecerem com vida, você vai prender a si mesmo por ter negado ajuda? Por ter deixado eles sem segurança e podendo está passando por dificuldades? Vai prender a si mesmo se um deles que sobreviveu ao acidente morrer de fome ou de sede porque você não quis continuar as buscas? E aí, você vai continuar coaxando igual um sapo ou vai tomar providências?-levanto a sobrancelha o encarando nos olhos com um olhar ameaçador.

-Eu vou ver se consigo algo.-ele diz e sai.

-Julie, você não devia brincar com as autoridades.-minha tia fala.

-Mas resolvi a situação, não resolvi? Relaxa e confia em mim.-digo e a abraço.

-Hum.-dou um beijo em seu rosto.

-Eu sei que o Giovanni e a Giovanna não estão mortos, eles vão aparecer e com as buscas podemos ter mais chances, não podemos deixar que eles parem de procurar.

-Obrigada linda.-me abraça novamente.

Olho para o Geraldo e ele sorri.

-Cuida dela.-falo sem emitir som, apenas mexendo os lábios.

Nos separamos do abraço.

-Fica aí com o Geraldo tia, eu já volto.-falo e saio, fico perto deles mas sem que me vejam.

A Ilha (Em Revisão)Onde histórias criam vida. Descubra agora