O que você faria ao ficar presa numa ilha com toda a sua turma sendo que nenhum deles te suporta e você também não os suporta?
Giovanna não gostou nada dessa ideia mas o que ela poderia fazer para sair daquele lugar?
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Acordei bem cedo, tomei banho, me arrumei e fui para a escola. Como sempre, fui para minha sala.
_ Olha só, a estranha resolveu aparecer. Cansou de se esconder foi, alienígena moreno? _ Kristen, a "popular" da escola me provoca.
Respiro fundo e sento no meu lugar. As aulas passam rápido, no intervalo vou para a biblioteca e fico lendo. Depois, volto para a aula e logo chega a hora da saída. Quando estou andando em direção ao portão, alguém me chama.
_ O que foi? _ pergunto entediada.
_ Por acaso, isso é seu? _ me mostra meu celular.
_ Meu celular. _ tento pegar, mas ele não deixa _ Me dá meu celular Matthew. _ peço calma.
_ E se eu não quiser?
-Me dá logo. _ dessa vez quase grito.
_ Não.
_ ME DAR ESSA PORCARIA MATTHEW. _ grito.
_ Sabe por que você quer esse celular? Porque ele é o seu único amigo e só é porque não tem escolha. Ninguém quer se aproximar de uma garota estranha, uma idiota sem noção igual você. Sua família só te aguenta por não poderem te mandar pra Antártida. Sua mãe deve ser muito infeliz de ter te carregado no ventre, seu pai deve tá querendo sair de casa e te deixar mais sozinha do que já é. _ eu não acredito que ele falou do meu pai, na minha família. Ele nem mesmo conhece.
_ VÁ SE FERRAR. _ pego meu celular e saio correndo para não chorar na frente daquele idiota.
_ Giovanna. _ alguém me chama, mas ignoro _ Giovanna. _ a pessoa para na minha frente.
_ O que você quer Giovanni? _ pergunto limpando as lágrimas.
_ Falar com você. Tá tudo bem? _ pergunta.
_ Não, mas estava tudo ótimo...antes de você aparecer.
_ Para com isso Gi. Não liga para o que o Matthew fala, ele é um sem noção.
_ Disso eu sempre soube. _ o olho _ E porque está aqui? Você não é o melhor amigo dele?
_ Eu sou e ele é muito importante para mim, mas isso não quer dizer que eu concorde com tudo que ele faz. _ diz _ Eu quero ser seu amigo, de verdade, acredita em mim. _ por um momento ele me passou confiança e eu quase caio em prantos e aceito ser amiga dele, mas logo volto a mim e lembro que não posso confiar em ninguém.
_ Acontece que eu não quero ser sua amiga, eu não preciso de amigos e é melhor me deixar em paz ou se arrependerá. _ o olho ameaçadora e vou embora.
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O Matthew é meu melhor amigo, nos conhecemos desde que éramos pequenos. Mas ele se tornou um garoto idiota, metido, que se acha melhor que melhor que todos e isso me irrita. Ele estava, mais uma vez, perturbando a paciência de alguém. O problema era a pessoa que ele estava tirando a paciência, era a Giovanna. Assim que ela saiu correndo, fiquei na frente dele.
_ O que você é hein?
_ Como assim? Eu sou uma pessoa, um garoto lindo que é seu amigo. _ ele diz.
_ NÃO SE FAÇA DE BESTA. _ grito _ Você não pode ficar tratando as pessoas desse jeito, você não pode querer ser melhor que ninguém aqui. Matthew, eu não te reconheço mais. _ me viro e começo a andar.
_ Aonde você vai? _ pergunta.
_ Vou falar com a Giovanna. _ vou atrás dela e a encontro chorando. Me parte o coração vê-la assim e não poder fazer nada, mas ela não quer nem ser minha amiga.
Ela foi embora me deixando sozinho no meio da rua.
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Quando cheguei em casa, o Sandro ainda estava aqui.
_ Oi mãe. _ lhe dou um beijo na bochecha _ Oi Sandro. _ vou em direção ao meu quarto, guardo minhas coisas e volto para a sala. O Sandro não estava mais lá, ufa.
_ Filha. _ minha mãe me chama.
_ Fala mãe. _ fiquei em sua frente.
_ Você pode ir no mercado para mim? Eu preciso de uns materiais de limpeza.
_ Claro. _ vou até o mercado aqui perto e compro.
Voltando para casa, passo por um beco e lá vejo dois homens. Eles estavam vendendo e comprando drogas. Credo, as pessoas não tem o que fazer e ficam nessa de se drogar. Olho para o rosto dos homens e eles me vêem.
_ Giovanna, o que faz aqui? _pergunta Sandro, que comprava as drogas, irritado.
_ Eu? Nada, eu só fui ao mercado comprar um material de limpeza, só isso. _ dou passos para trás.
_ ESSA GAROTA VAI ABRIR O BICO. ELA VAI FALAR TUDO QUE VIU AQUI. EU NÃO VOU PRA CADEIA POR CAUSA DE UMA ADOLESCENTE. _ o homem que vendia gritou _ MAX, CAMIL. _ mais dois homens aparecem _ Dêem um jeito nessa menina. Ela tem que morrer.
_ Pode deixar chefe. _ eles sorriem diabólicos e se aproximam cada vez mais.
Começo a correr e me escondo. Eles passam por mim mas não me vêem. Minha respiração estava ofegante e meu coração acelerado. Corro para minha casa, chegando tranco as portas.
_ O que foi minha filha? _ mãe pergunta preocupada.
_ Eu vi o Sandro comprando drogas, ele e o vendedor também me viram. O vendedor disse que eu poderia falar algo sobre o que vi e ele ia para a cadeia, então colocou dois homens atrás de mim para fazerem não sei o quê. _ explico e bebo água.
_ Calma filha, eles não faram nada com você, meu amor. _ ela me abraça.
Fico pensando nisso até que o Sandro entra e assim que me ver, faz cara de poucos amigos.
_ VAI EMBORA DESSA CASA GAROTA, SAI DAQUI. _ ele grita.
_ EU NÃO VOU SAIR DE LUGAR NENHUM. ESSA CASA ERA DO MEU PAI E ESTÁ EM MEU NOME. _ grito de volta.
_ COMO OUSA GRITAR COMIGO? _ ele tira o cinto _ PARECE QUE O SEU CASTIGO NÃO SERVIU PRA NADA. _ me puxa até meu quarto e tranca a porta.
_ SANDRO, SANDRO ABRE ESSA PORTA, DEIXA MINHA FILHA EM PAZ. _ gritava minha mãe batendo na porta.
_ SAI DAQUI OU VAI SER PIOR PRA AS DUAS. _ minha mãe para de bater na porta e sai _ Agora somos só eu e você._ ele ri e me bate.
Não tenho forças para me defender ou lutar pelos meus direitos, eu não consigo. Depois de me bater e me deixar no chão, ele sai e não tranca a porta. Deito na cama e fico chorando, ninguém mais vem aqui o resto do dia e eu também não sai da minha cama. O Sandro sempre me bateu mas suas surras estão cada vez piores. Não vejo a hora de completar 18 anos, assim vou poder sair dessa casa e levar minha mãe comigo. Sei que a casa é minha, mas também sei que ele não vai sair, então... saio eu.