Algo está errado

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Pego minha mochila e começo a colocar algumas roupas dentro. No meio de tudo acabo encontrando o álbum de fotos que tirei junto a Jhosh antes do casamento. Respiro fundo e me sento na cama olhando algumas fotos.

Vingança é tudo que está me mantendo forte. Sei que quando tudo acabar eu vou ter que voltar para minha vida normal. Talvez ajude-me a seguir sem ele. Ou talvez apenas piore a dor.

Guardo o álbum em uma gaveta do criado mudo e termino de arrumar minhas coisas. Pego meu roupão e sigo pro banheiro, tomo um banho e volto pro quarto.

Troco de roupa:

Coloco a mochila no ombro e uma arma no cós do short nas costas

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Coloco a mochila no ombro e uma arma no cós do short nas costas. Amarro os cabelos e saio do quarto.

-- Vamos?

Julli me encara segurando uma mochila enquanto fala ao celular.

-- Ok. Até mais... -- ela faz uma pausa -- Como preferir. Só espero que eles não se matem.

Ah... "Eles"? Quem?

Ela desliga o celular e sorri.

-- Oque foi?

-- Sam e Dean voltam ainda hoje. Sam quer que eu vá resolver um caso com ele em Chicago.

-- E?

-- E que Dean vai ter que ficar nesse caso com você.

-- Mas ele não está machucado?!

-- Castiel ajudou ele.

-- Por que eu tenho a impressão de que vocês estão tentando me grudar no Dean?!

-- Defina "Grudar"!

-- Você entendeu Julli.

-- Não estamos tentando nada. Até porque você é casada.

-- Hum.

--  É que tem algo em Chicago que não seria bom se Dean visse e... Precisamos de algo que o mantenha ocupado, até resolvermos o caso pelo menos.

-- Posso saber oque é que o Dean não pode ver?

-- Depois te falo. Apenas não se matem. Ok?!

-- Não prometo nada.

Ela sorri e acente. Saímos da casa e entramos no meu carro.

-- Você precisa de um arsenal.

-- Não vou andar por ai com um arsenal no porta malas. Até porque não vou ficar nessa vida para sempre, lembra? Apenas alguns meses.

-- Claro.

Ela fala olhando pela janela. Dou partida e saímos.

   ...

Estamos em um quarto de motel agora. Julli está procurando algo no notebook e eu estou procurando algo descente na TV.

Alguém bate na porta e Julli se levanta pegando a arma encima do criado mudo. Ela vai até a porta e esconde a arma atrás da mesma a abrindo.

-- Oi.

Sam entra e logo depois Dean. Julli fecha a porta.

-- Oi.

Sam fala e aceno. Dean parecia chateado com algo.

-- Vamos?

Julli acente e guarda a arma no cós do short pegando sua mochila.

-- Não se matem.

Sam fala para Dean que sorri sem vontade nenhuma.

-- Jenn?!

Julli me encara.

-- Ok. Sem confusão ou roubo de Impala.

Ela e Sam se encaram e então saem do quarto.

Desligo a TV e me sento na cama. Dean se senta na cama logo a frente e abre um notebook que pega em sua mochila.

Pego o notebook da Julli e vejo oque ela estava pesquisando. É sobre mudanças climáticas e quedas de eletricidade na cidade nas ultimas semanas.

Li sobre isso em algum dos livros. Demônios causam mudanças no clima e podem mexer na eletricidade. É meio que algo próprio deles, não pode ser evitado.

Ficamos nesse silêncio por um tempo. Dean com uma "cara feia" sentado na cama a frente mexendo no notebook, e eu sentada na minha cama de frente para ele mexendo no meu notebook.

Recebo um E-mail. Abro e vejo um noticiário. Foi de dois dias atrás.

O Dean quem mandou. Não sei se ele percebeu mas eu estou a centímetros dele. Ouviria se ele falasse.

Duas pessoas mortas por causas desconhecidas. Policiais locais tentam descobrir oque causaria essas mortes. Familiares dizem não perceberem o sumiço das vítimas, que estavam desaparecidas há uma semana e foram encontradas há dois dias por um fazendeiro local.

Isso sim é estranho.

-- Tem alguma idéia do que esses demônios querem nessa cidade?

Dean respira fundo sem dizer nada. Maravilha. Como se eu pudesse adivinhar oque mudo quer.

Começo a pesquisar sobre demônios, rituais e tudo mais. Tem um ritual, algo que demônios fazem para torna-los mais fortes. Existe demônios de baixo escalão, esses são vulneráveis ao sal, outros são mais difíceis de serem mortos, não são vulneráveis ao sal e são muito fortes e poderosos. Esse ritual pode fazer qualquer demônio de baixo escalão virar um Big Demon. Super poderoso.

Mando um E-mail pro Dean com tudo que encontrei. Já que o gato comeu a língua dele é melhor eu não falar nada também.

Fecho o notebook e me levanto, pego minha bolsa na mochila e guardo meu celular dentro.

Coloco no ombro e encaro Dean.

-- Estou com fome. Não sei porque não quer falar comigo e também não me interessa. Se quiser dirigir seu carro e irmos até uma lanchonete, ótimo. Se não eu posso pegar a chave no bolso da sua jaqueta e ir a uma lanchonete sozinha.

Ele fecha o notebook e me encara se levantando e pegando a chave no bolso da jaqueta.

-- Você não toca no meu carro de novo.

Ele fala e dou um sorriso irônico o seguindo até a porta.

-- Olha!! O Teco fala!

Ele revira os olhos e abre a porta, saímos e entramos no Impala.

         BIGgerson's

Me sento em um estofado perto da janela e o Teco zangado se senta de frente para mim.

-- Posso anotar seus pedidos?

Uma garçonete chega até nós.

-- Eu quero um sanduíche de bacon e um refrigerante.

Ela anota tudo e se vira para Dean.

-- Café.

A moça acente e sai.

Dean realmente está intrigado com algo. Ele não é o cara mais contente do mundo mas também não é o da "cara mais feia".

Depois de minutos olhando para o outro lado da rua, a garçonete trás os pedidos.

Começo a comer e Dean fica encarando o café dele. Oque diabos ele tem de errado?

Termino de comer e me levanto.

-- Onde vai?

Ele pergunta parecendo agora notar minha presença.

Não digo nada. Apenas sigo até o caixa. Pago tudo e saio da lanchonete. Entro no Impala, que ele deixou destravado, ele só pode estar dormindo.

Depois de segundos ele entra e me encara. Fico olhando para frente e ele revira os olhos dando partida e saindo.

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