Sempre haverá problemas

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...
Jennifer

Passei em um posto médico antes de seguir para o motel. Descobri uma costela fraturada, presente dos idiotas pervertidos. Agora tenho ataduras e um imobilizador no meu tórax, além de um corte na boca, outro na testa e um na bochecha. Estou feita.

Batemos na porta do quarto e logo Dean a abre.

Entramos e me sento na cama de casal da direita.

-- Oque aconteceu? -- Dean pergunta.

-- Alguns engraçadinhos de beira de estrada. -- Julli fala abrindo o notebook.

-- Como assim? Eles te bateram? -- ele me encara.

-- Tinha que ver como eles ficaram. -- sorrio mas logo paro porque tudo começa a doer.

Dean sorri e se senta na poltrona ao lado da outra cama de casal.

-- Então. Descobriu alguma coisa? Quem é a mulher? -- pergunto.

-- Agatha Fonseca. Tem trinta anos e virou a melhor cirurgiã do estado há dez anos. Mora em um bairro nobre da cidade e tem uma vida excelente. -- Julli fala.

-- Hm. Vamos fazer uma visita a super cirurgiã. -- Dean fala.

-- Ela vai estar em casa as sete. E ainda são... -- ela olha a parte inferior da tela do notebook depois volta a nos encarar -- Quatro e cinquenta e cinco.

-- Temos tempo. -- Sam se pronuncia, Julli o encara por alguns segundos e depois acente fechando o notebook e levantando-se da cama.

-- Bem. Eu vou tomar um banho. -- ela pega a mochila e segue até o banheiro.

-- Será que vocês podem acabar com isso? -- olho para Sam.

-- "Isso" o quê? -- ele pergunta.

-- Esse clima! Parece que um matou a mãe do outro. Sem ofensas! -- ele acente.

-- Eu estou dando um tempo a ela. Foi eu que pisei na bola. -- Sam fala.

-- Enfim assume isso. -- Dean abre a maldita boca.

-- Olha Dean...

-- Hey! Hey! Nem comecem ta legal? E por quê tem somente duas camas de casal nesse quarto? -- pergunto olhando par Sam.

-- Nem olha par mim. Foi o Dean quem escolheu o quarto. -- encaro Dean e ele sorri descaradamente.

-- Bem a sua cara, não é Winchester?!

Ele apenas dá de ombros.

Pego uma sacola de medicamentos e tomo dois comprimidos para dor. Me deito na cama e coloco os Headphones em uma música aleatória.

...
Julliene

Tomo um banho e visto minhas roupas íntimas, uma calça jeans, blusa de mangas longas cor de vinho e uma jaqueta de couro preta.

Saio do banheiro e coloco a mochila encima da cama, calço botas de cano curto com salto e guardo uma navalha ali.
Guardo uma arma no cinto da causa e penteio os cabelos. Jenn está ouvindo música e Dean assistindo TV.

-- Julli. Quer vir comprar comida comigo? -- ouço a voz de Sam e o encaro.

-- Claro. -- fecho o zíper da mochila e deixo de lado.

Me ajeito dentro da jaqueta e sigo Sam para fora do quarto em silêncio. Entramos no Impala e seguimos até a lanchonete mais próxima.

Nos sentamos a mesa perto da janela e eu fico tamborilando os dedos na mesa.

-- Então... -- a voz de Sam quebra o silêncio -- ...já me deu gelo o bastante?

O encaro e ele tem aquele sorriso de lado que amo tanto.

Respiro fundo e dou de ombros.

-- Não estou te dando um gelo. Eu só... Eu só quero resolver tudo isso.

-- Eu também. Me desculpa. Eu não devia ter escondido isso de você, eu menti e te trouxe para minha mentira. Acreditei na conversa de um demônio e fiz você acreditar. Eu estava errado, sinto muito ter traído sua confiança em mim. E... Agora não sei como recupera-la.

A garçonete chega até nós.

-- Oque vão querer? -- só então percebo os cardápios encima da mesa.

Pego e abro o meu.

-- Ah... Quero um X-frango, torta de limão, duas porções de batata frita, um X-salada, cebolas recheadas e dois sucos 600ml de laranja. -- entrego o cardápio a garçonete.

-- Um X-bacon, torta de cereja, um milkshacke de chocolate, uma porção de batata frita, panquecas e um engradado pequeno de cerveja. -- Sam pede e entrega o cardápio a garçonete.

-- Tudo para viagem?

-- Sim. -- falamos em uníssono e a garçonete anota tudo.

-- Ok. Já trago os pedidos.

Sorrio gentilmente e fico encarando a rua pela janela.
Não é que eu esteja ignorando o Sam, é que eu quero resolver o problema "demônio Tamara" primeiro. Não acredito que aquela vadia bateu na minha irmã. Se bem que a Jenn não é uma criança indefesa mas... Aquela demônio não devia ter machucado ela, afinal oque ela queria lá?

-- Sam... -- me viro para ele de repente e ele me encara -- Oque a Tamara queria quando foi lá em casa? Porque ela nunca foi lá e de repente encontramos ela e a Jenn se batendo na cozinha.

-- Não sei. Tamara é um demônio. Eu vou cuidar dela, ela não vai incomodar mais ninguém.

Assinto e ficamos em silêncio por um tempo. A garçonete trás os pedidos e pagamos por eles. Pego minhas duas sacolas e saio da lanchonete, Sam vem logo atrás com as duas sacolas dele.

Entramos no Impala e colocamos tudo no banco de trás.

Fico olhando a rua e esperando sairmos daqui, mas isso não acontece.

-- Dean tinha razão, eu não devia ter acreditado na conversa de um demônio, de novo. -- Sam fala com certa raiva nas palavras.

O encaro e puxo o queixo dele na minha direção, o forçando a me encarar.

-- Você fez isso porque ama seu irmão. Eu faria o mesmo pela Jenn. E você não vai sair dessa sozinho, nós vamos saber oque a Tamara está aprontando e vamos acabar com tudo. Eu só quero que depois disso, você não esconda mais nada de mim, assim como eu não escondo nada de você.

Ele acente sorrindo de lado.

-- Nada de mentiras. -- assinto sorrindo sem descolar os lábios e depois o beijo. Um beijo calmo que só ele tem, que me trás felicidade.

Descolo nossos lábios e sorrio.

-- Vamos logo antes que o Dean tenha um infarto por causa da torta dele. -- ele sorri girando a chave na ignição.

-- Não seria surpresa se isso acontecesse. -- ele fala sorrindo e pisando firme no acelerador.

Continua...

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