Fazendo as pazes

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Nina desceu do carro e agradeceu a seu pai. Ela queria ter vindo sozinha, mas ele havia insistido em traze-la. Ela fechou o  casaco mais forte e entrou no prédio.  Havia custado algum tempo até descobrir que ele estava no apartamento e não em casa.

Ela cumprimentou o porteiro, e seguiu para o elevador. A vantagem de seu irmão ter um apartamento ali.

Chegando a cobertura, ela respirou fundo e tocou a campainha.

Vitor terminava de se enxugar e não conseguia parar de pensar em Nina. Será que ela tinha tomado o remédio? Ele odiava estar longe dela. Mas não estava no controle esta noite e ela o havia magoado. Nina não via que ele a amava? Ela não apenas duvidava disso, como também havia arriscado a própria saúde hoje.

O barulho da campainha o tirou de seus pensamentos  e ele franziu a testa, pois não estava esperando visitas. Será que.... Não, ela não viria.

Descalço e apenas com uma calça ele foi abrir a porta. E se deparou com Nina.

Ela mordia os lábios incerta. Mal acreditando que ela estava ali, Vitor a puxou em seus braços e cobriu a boca dela com a sua. Em um beijo que dispensava palavras.

Nina se agarrou ao corpo forte dele e correspondeu ao beijo. Eles se beijaram  pelo que pareceram horas até que ofegante ele disse:

- Como?

Ela deitou a cabeça no peito dele e disse simplesmente:

- Eu não consigo ficar longe de você Vic. Nem mesmo quando eu sei que é o que você quer. 

Afastando ela:

- Como assim o que eu quero?

- Você está aqui em vez de estar em casa comigo.

- Eu não me sentia bem pra ficar lá hoje amor. E não quer dizer que está tudo mal e eu não te queira. Apenas que não confiava no meu gênio.

Sorrindo ela disse:

- Eu já vi você de péssimo humor e não me assustou...

Pegando ela no colo ele pressionou seu corpo no dela e os dois gemeram.

- Eu preciso que você me ame Vic.

Olhando pra ela sem entender

- mas eu já te amo Nina

Ela o beijou e disse:

- Eu também amo você.  E não queria ter agido que nem criança.  E por isso eu vim aqui. Não me mande embora Vic.

Ele a apertou nos braços e colocando o queixo no alto da cabeça dela respondeu:

- NUNCA.

Eles se beijaram um pouco mais até que o estômago dele roncou e ela riu.

- Me leve até a cozinha gostosão e vamos preparar algo pra comer.

Já na cozinha ela fez ele sentar e foi olhar a geladeira. Separou alguns bifes que encontrou, alguns legumes e verduras.

Enquanto preparava legumes salteados ela começou a dançar. Estava feliz. Se virando para a mesa viu que ele a olhava embevecido.

- O que foi?

Ele sorriu de orelha a orelha e disse:

- Eu sempre te imaginei aqui, desse jeito, só não sabia se teria a oportunidade de realizar isso.

sorrindo ela disse a ele:

- Eu poderia fazer isso o resto das nossas vidas.

- Eu quero.

Ele comeria feliz a refeição. Mesmo estando longe de estar gostosa ou realmente cozida.

MEU TORMENTO 02 - um amor esquecidoOnde histórias criam vida. Descubra agora