Boa noite meninas. Queria agradecer a cada uma que leu esse livro até aqui. Obrigada pelo carinho com nosso casal e com toda essa família linda. Nina tem um lugar em meu coração eternamente. E quem sabe um cantinho no de vocês também né. Não custa sonhar.
Vejo autoras darem apelidos carinhosos as suas leitoras e juro que eu queria saber como chamar cada uma de vocês. Mas o melhor que consigo são "Meus anjos" porque ao longo desse livro ou melhor dizendo ao longo do meu tempo aqui no wattpad muita coisa aconteceu na minha vida pessoal. Coisas boas, ruins e outras que eu queria poder dizer que foram apenas um pesadelo. E tanto nas horas ruins quanto nas boas entrar aqui e ler cada palavra de vocês é sem dúvida o que me mantém aqui, mesmo quando tudo o que eu quero é desfazer a conta. Me encolher num cantinho e me fingir de estátua. Então a cada anjo que me deu apoio, carinho, que torceu e torce pelos nossos casais. Obrigada. São parte de mim e do que eu amo. Gratidão eterna a cada uma de vocês.
Desculpem as longas palavras. Me sinto emotiva essa noite****
Após se acomodarem no quarto, Vitor deixou Nina descansando e desceu para procurar Rosa. Como sempre a achou na cozinha. Ele parou a porta e ficou a olhar.
A mesma cena havia feito parte de sua infância. Rosa sentada a mesa decorando algo para ele comer.
- Oi... - Ele disse se aproximando. Ela ergueu os olhos e ele notou que continuavam inchados.
- Vitor... Eu...
Ele sentou do lado dela e segurou sua mão, a sentindo gelada e trêmula.
- Calma. Eu não estou zangado...
Ela desviou o olhar ao dizer:
- Como não está. Eu sou apenas a empregada. Que cometeu o erro de se envolver com um homem casado.
Ele colocou a mão por debaixo do queixo dela e a fez encara-lo.
- Como eu poderia odiar a única mãe que eu tive? A mulher que cuidou de mim. Que me amou. Que sempre teve um carinho pra me dar. Ou um conselho.
Ela fez um carinho no rosto dele e disse baixinho.
- Eu sempre amei tanto você meu menino. Tanto. Eu queria levar você comigo. Mas como? Eu não era a sua "mãe". E se ficasse teria sido presa. Mas como doeu deixar você sem saber o que diriam e como você ficaria. - Ela voltou a chorar
- O que fizeram para que você embora e por que.
Ross então contou a ele, que em uma reunião ele havia chamado a ela de "mãe" ao cair e machucar o braço. Ele então lembrou desse dia e que realmente queria apenas a mulher que o protegia.
Rosa continuou a contar como aquilp havia sido demais para Celine que se sentiu humilhada. E havia exigido sua partida.
- Seu pai não aceitou e o assunto morreu por algum tempo. Mas ela não deixou barato e passou a fazer de tudo para que eu me afastasse. Mas como poderia ir embora e deixar você? - Ela olhou pra ele angustiada.
- Seu pai não a amava. Mas era covarde para deixar uma vida de privilégios e status. Então pouco antes do dia em que você nasceu, eu precisei assinar os documentos que diziam que eu era uma barriga de aluguel e que abria mão de qualquer direito sobre você. Eu estava sozinha hijo. Assustada e me prometeram que poderia cuidar de você. Ser sua babá. E eu aceitei.
- E meu pai? - Ele sentia o sangue ferver
Rosa deu de ombros e continuou:
- Ele tentou continuar comigo. Mas eu já não acreditava mas suas desculpas. Aí você nasceu. E era o bebê mais lindo do mundo. E tranquilo. Sempre calmo e sorridente. E eu assumi meu lugar ao seu lado. Como sua babá e me bastava. Eu podia cuidar de você. Te ensinar o pouco que eu sabia. Celine odiava crianças e sobretudo você. Então até o dia em que você me chamou de mãe, ela não se metia em nada.
Ele olhou pra ela e se levantou:
- Mas como ela fez você ir embora?
Rosa se virou de costas pra ele ao continuar:
- Ela tinha uma amiga sabe. Uma mulher mesquinha. Que tampouco gostava de crianças também e um dia essa mulher me acusou de roubo. Eu juro meu menino que não peguei nada. Mas mesmo assim o colar foi achado nas minhas coisas. A mulher gritava comigo e ameaçava chamar a policia. Até que Celine veio fale comigo. Ela não mandaria me prender se eu fosse embora.
Ela se virou pra ele aterrorizada:
- Eu estava com medo. E sem família ou dinheiro. Como poderia me defender? Então fiz o que ela na mandou. Fui embora a noite. Na chuva. Mas antes de ir fui até seu quarto e chorei muito. Até que você acordou e me perguntou porque eu chorava. Fiz carinho no seu cabelo até você dormir e saí. Celine me deu algum dinheiro e eu fui embora.
Liguei para o seu pai dias depois mas ele não quis me ajudar. Até que passou a não me atender e as fotos pararam.Vitor se aproximou dela em passos largos:
- Que fotos?
Sem dizer nada ela apenas abriu uma gaveta e tirou uma caixa dela. Passando para ele que a abriu.
Dentro da caixa inúmeras fotos dele. E alguns desenhos.
- Isso foi tudo o que eu tinha de você meu menino. Até hoje.
Ele a apertou forte e disse estrangulado:
- Porque não me contou?
- E pra que? Quando você me achou já era adulto. E eu uma velha. Querendo ou não eles criaram você bem.
Sem poder se controlar ele deu um soco na parede
- Tudo o que eu sou foi você que me ensinou. Não ela. Eles. Naquela casa eu era apenas um objeto indesejado. Eu quis tanto que você tivesse me levado.
Rosa chorava copiosamente ao dizer pra ele:
- Eu queria você comigo. Juro. Mas era fraca. Me perdoe Vitor.
Ele fez que sim.
- Eu amo você. E não poderia estar mais aliviado com a verdade.
Rosa se deixou abraçar e sentiu a dor se ir. Seu menino, seu filho estava ali e sabia quem ela era. Sem mentiras.
- Mas me diga, por que Nina está tão cansada?
Sorrindo ele disse:
- Você vai ser vovó.
Ela gritou e cobriu o rosto dele de beijos.
Vitor se sentiu amado. Seu filho teria sorte.
***
Continua
VOCÊ ESTÁ LENDO
MEU TORMENTO 02 - um amor esquecido
RomanceNina sempre foi o patinho feio, a desajustada, o ratinho dislexico. Nunca se achando digna digna de ser amada, mesmo amando com todas as suas forças. Vitor sempre a protegeu e foi seu porto seguro. Como ser de outro jeito se a sua "Duende" era a s...