E vamos de mais um?????
Sem saber o que se passava com o amado, e ainda se recuperando de uma manhã se sentindo mal, horas mais tarde Nina saia da piscina em direção a área coberta quando foi abordada pela mãe. Não que ela tivesse porque ser chamada assim.
- O que você quer? - Nina disse enquanto olhava para os lados a procura de alguém.
- Não posso vir ver a minha filha? E nao é que Vitor tem aqui uma bela casa. Pena dividir com alguém como você.
Apertando a toalha contra o corpo Nina disse:
- Você não é bem vinda aqui mãe. Melhor ir
A mulher gargalhou antes de dizer:
- Eu preciso de algo e você vai me ajudar.
Ao tentar dar um passo para longe da mulher ela foi parada.
- Nao me deixe falando sozinha sua retardada. - E empurrou Nina que caiu no chão assustada.
- Socorro. - Ela gritou.
A mãe a puxou pelo cabelo a fazendo ficar em pé e a esbofeteou.
- Calada menina e não vai se machucar muito. Eu acho.
Nina viu com horror ela deslizar a mão por uma cicatriz no seu quadril.
- Lembra como ganhou ela?
Segurando a vontade de chorar, fez que sim. Na mente o horror daquele dia.
" Fazia um dia muito quente e tudo o que ela queria era um sorvete. Mamma estava com a Sra. Celine. Sua melhor amiga. Nina não sabia porque mas não gostava da mulher, ela a tratava mal.
Sentada no Jardim, ela olhava para os pés. Os desenhos das meias eram diferentes. O que significava que ela havia trocado os pares.
De repente ela viu pela fresta da grade um garoto olhando pra ela. Tentou se esconder, mamãe não gostava que a vissem quando estava marcada. Dizia que os homens malvados a levariam embora. Afinal ela era culpada por precisar apanhar.
Ela tentou se esconder, mas o barulho do carro de sorvetes fez sua atenção parar nele. E ela correu a chama-lo.
Até que lembrou que não tinha dinheiro e correu pra pedir para Mamma.
- Mamma eu estou com sede. Me compra um sorvete?
A resposta da mãe foi jogar nela o líquido que bebia. Que lhe causou forte quitação nos olhos e ela correu pra fora chorando.
Foi quando ele se aproximou e pela cerca lhe deu um picolé.
Ela chorava mas mesmo assim pegou o doce.
- Quem fez você chorar?
Ela olhou assustada pra ele e tentou negar.
- Ninguém. Eu caí.
Ele fez cara de quem não acreditava mas se calou. Lhe deu um aceno e se foi.
Ela deixou que ele se fosse e correu pra casa. Tão animada que nem deu conta do olhar da mãe ao ver o picolé.
- Onde você achou isso?
Ela parou e disse inocente:
- Um garoto me deu.
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MEU TORMENTO 02 - um amor esquecido
RomansaNina sempre foi o patinho feio, a desajustada, o ratinho dislexico. Nunca se achando digna digna de ser amada, mesmo amando com todas as suas forças. Vitor sempre a protegeu e foi seu porto seguro. Como ser de outro jeito se a sua "Duende" era a s...