Dia feliz, noite...

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Abrindo a porta do carro para ela, Vitor notou as pequenas mudanças em Nina. Era quase como se ela brilhasse, com a confiança recém adquirida. Ele amava isso, mas desejava que a sua 'Nina' fosse assim, aquela nova versão dela poderia sumir a qualquer momento.

Ela sorriu para ele e entrou. Dando a volta no carro ele teve um olhar na ruiva que fitava os dois com um olhar estranho. Não levando a serio ele entrou e saiu com o carro.

- Vitor, e se eu nunca me lembrar?

Sem olhar pra ela, ele respondeu:

- Então vou ter que reconquistar você.

Ela ficou calada ate que após uns vinte minutos de silêncio disse:

- Eu li meu diário, céus eu tenho mais de 23 anos e ainda escrevo em diários. Sou patética. - Deu uma risada sem humor.

- Nunca diga isso. - Manobrando o carro ate a beira da estrada ele parou e se virou pra ela:

- Você nunca seria patética. Você é doce, gentil, amorosa, sexy como ninguém deveria ser.

Ela tentou sorrir mas falhou

- Nina, você passou por muita coisa na vida! Coisas ruins. Mas eu e todos que amam você temos um orgulho real de você.

Finalmente um sorriso.

- Assim esta melhor duende! Você vem enfrentando os seus medos, as dificuldades das suas limitações e tem feito um trabalho incrível. Eu me orgulho de você amor.

Ela sorriu e o beijou

- Eu tenho sorte de ter você nao é?

- Quase tanta quanto eu tenho por você me amar - E fez uma careta pra ela que gargalhou.

Dando um soco de brincadeira no braço dele:

- Convencido.

Dando de ombros ele disse:

- Sou realista. Amor assim é raro duende.

Ela ficou em silencio e eles retomaram a viagem. Ela ligou o som e colocou um CD de Shania Twain.

- Você ouve ela? - Estranho. Ela pensou

Fazendo cara feia ele retrucou:

- Isso é seu. Você me faz ouvir isso todos os dias.

Ela gargalhou com vontade e começou a cantar. Rindo Vitor a acompanhou e assim chegaram ao rancho.

Nina viu com assombro os campos enormes. E os animais pastando.

- Realmente é lindo.

- Sim. Pura beleza - Ele disse sem desviar os olhos dela. Memorizando a curva arrebitada do nariz, os lábios cheios e aquele cabelo cor de chocolate cremoso.

- Eu te amo Nina.

Ela sorriu e desceu.

Ele segurou a mão dela e a levou ate a escada que dava para a varanda da frente da casa. Uma bela casa por sinal. Um andar, com grandes janelas, portas de correr.

- Sr. Vitor.

Ambos se viraram e deram de cara com uma mulher de certa idade. Ela era baixinha e evidentemente adorava Vitor.

- Dona Rosa!

Ele chegou ate a mulher e a abraçou com carinho

- Nina amor. Venha conhecer Rosa, minha Mãe de coração. Ela foi minha babá e a mulher que sempre cuidou de mim.

Ela chegou perto e foi carinhosamente abraçada pela mulher. Esta cheirava a canela e torta de maçã.

Se afastando Rosa disse:

MEU TORMENTO 02 - um amor esquecidoOnde histórias criam vida. Descubra agora