Bom dia meninas. Como expliquei no quadro de mensagens, estou com conjuntivite, portanto escrever esta meio complicado. Mas vamos tentar né
Vitor não conseguia dormir, estava inquieto demais pra isso, tomando o cuidado para nao acordar Nina, ele levantou, vestiu a calça e saiu do quarto. Ia fazer exercícios, mas acabou desistindo e rumou para a cozinha. ligando a luz, foi até a geladeira, e pegando os ingredientes certos começou a preparar um sanduíche. Fez um para Nina também, afinal igual a ele, ela nao havia jantado.Um barulho a porta mostrou que ele nao estava sozinho.
- Velhos hábitos não morrem meu menino. - Rosa disse entrando na cozinha.
Ele deu um sorriso triste ao lembrar que ela sempre o pegava na cozinha nas madrugadas e tomava pra sí a tarefa de fazer seu sanduíche. Seus pais sempre viajando ou em festas. Ele chorou muito no dia em que ela havia sido demitida.
- Eu queria ter ido com você... - Foi tudo que ele disse
Fungando Dona Rosa chegou perto do seu menino e o abraçou. Se ao menos ele soubesse..
- Eu teria levado você menino. Nunca deixei de me preocupar com você. De amar você. Deixar voce quase me matou. Foi tão incrível quando você me achou e me trouxe pra cá. Agora ande! Senta. - Ela disse desviando o rosto. A face sombria.
Sorrindo igual criança ele sentou e aguardou. Rosa serviu um copo enorme de leite pra ele e acrescentou algum caramelo. Era como voltar a ter 8 anos novamente.
Servindo um copo para sí, ela sentou do outro lado da mesa e o observou comer.- Não vai comer? - Ele perguntou dando uma mordida enorme.
- Coma de boca fechada meu jovem. E quando terminar me conte sobre a bela jovem lá em cima.
Ele comeu em silêncio e bebeu todo o leite. Após lavar o prato e o copo, sentou de frente pra ela.
- Nina é a irmã de Javier, é minha melhor amiga, a pessoa mais forte e ao mesmo tempo mais frágil que eu conheço - E com expressão séria contou a ela tudo.
Rosa ouviu com atenção e por fim quando ele chegou a parte do acidente disse:
- Shawnna era aquela loira siliconada? A mesma que quando eu fui a sua casa porque precisava ir ao médico, me disse que eu era um peso morto pra você e que uma velha deveria se envergonhar de ser um peso.
- Porque a senhora nunca me disse isso? - A voz dele era um misto de dor e raiva
Dando de ombros ela disse:
- Porque eu sabia que ela era passageira. A mulher lá em cima dormindo é feita para um homem como você. Ela tem força naquele olhar, vai ser do tipo que beija os machucados dos filhos, que vai dar bronca e mesmo assim um beijo. E acima de tudo meu menino, mesmo sem lembrar de você, ela o ama.
- Sim. Eu amo, mesmo quando ele me enlouquece por nao querer malhar, ou me deixa chocolates após uma árdua sessão de exercícios. Eu o amo. Sabe dona Rosa, eu amo o seu menino mesmo quando ele esconde coisas de mim, quando tenta me proteger. Mesmo nao devendo. - Nina disse entrando na cozinha.
- Voce ouviu....
Fazendo um carinho nele, ela deu um beijo em seu cabelo antes de dizer:
- Tudo sobre mim. Sobre Shawnna, mas você errou em um ponto, nao culpo você. Não era você ali.
- Eu te disse meu menino, ela é pra você.
Sorrindo Nina deu um beijo em dona Rosa que havia se levantado.
- Não parta o coração dele menina, ele é grande assim, mas se magoa. - Dona Rosa disse ao abraça-la antes de sair. - Boa noite menino.
Vitor a puxou pra seu colo e encostou a testa na dela.
- Me desculpe.
Cruzando os braços atrás do pescoço dele ela sorriu:
- Porque? Vitor, é horrível nao lembrar de você. Da gente, mas sei que a gente tem problemas, que eu sou insegura. Mas a única certeza que eu tenho é que o que eu sentia, nao pode ser mais intenso do que o que eu sinto agora. Eu amo você.
Ele a colocou sentada e pegou o sanduíche dela. O esquentou no microondas e servindo um copo de leite deu a ela.
- Nossa eu estava mesmo com fome - Nina riu após o segundo sanduíche. Vitor também havia feito mais um pra ele e ambos devoraram.
- Está quase amanhecendo...
Segurando uma mecha dos cabelos dela ele perguntou:
- Quer ver o sol nascer?
- Sim.
Deitada nos braços dele na varanda do quarto. Cobertos pelo lençol, Nina viu o mais lindo nascer do sol. Os tons eram lindos, e ela ficou encantada.
- Que lindo Vic.
Segurando a respiração ele disse:
- Do que você me chamou?
- De Vic. Sempre te chamei assim. Desde que você tomou meu pirulito.
Virando seu rosto para o dele ele perguntou com olhos meio selvagens:
- Onde você leu isso?
Confusa ela disse:
- Lugar algum. Só disse a verdade amor, te chamo de Vic, desde o dia que você tomou meu pirulito por que já tinha comido mais da metade do pacote.
- Nina! Isso é uma lembrança. Significa que você está lembrando de mim duende.
Só então ela percebeu e dando um pequeno grito, o beijou.
E eles se amaram alí mesmo. Com o sol nascendo e trazendo novas esperanças
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MEU TORMENTO 02 - um amor esquecido
RomanceNina sempre foi o patinho feio, a desajustada, o ratinho dislexico. Nunca se achando digna digna de ser amada, mesmo amando com todas as suas forças. Vitor sempre a protegeu e foi seu porto seguro. Como ser de outro jeito se a sua "Duende" era a s...