Capítulo 5

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 Há quinze anos

- Tome filha, coma. - Uma mulher, de vestes velhas e rasgadas dá um pão à uma garota. 

- E você, mãe? Não vai comer? - A garota pergunta, ela tinha uns trapos como vestes.

- Não, Monique. Está tudo bem, com o dinheiro só deu para comprar isso. Não se preocupe. Vai ficar tudo bem comigo.

- Tem certeza, mãe? - A garota parecia ter uns doze anos de idade e amava muito sua mãe.

A mulher se chamava Tereza. Ela era uma curandeira e tinha uma filha. Elas tinham uma vida difícil. Sempre passavam fome e nunca eram valorizadas.

O coração de Monique sempre se quebrava quando ela via sua mãe sofrer discriminação por usar ervas medicinais e ser acusada de bruxa.

Tereza trabalhava dia após dia. Mas quase ninguém ia procurar ela para ser curado. A família real proibiu ela de utilizar qualquer serviço da cidade, por acharem que ela fosse uma bruxa.

- Monique, eu não vou voltar hoje para nosso casebre. Tenho que arrumar dinheiro de alguma forma e encontrei um jeito. - Tereza abraça sua filha e solta uma lágrima.

- Mãe, por favor. Eu sei que você quer se prostituir para conseguir dinheiro. Mas podemos achar outra solução. Não estamos tão necessitadas. 

- Estamos sim, Monique. Precisamos de comida. Não se preocupe comigo, filha amada. Sempre demos um jeito.

Monique começou a chorar no ombro de sua mãe. Tereza fez o mesmo.

- Eu te amo, minha filha. E sempre vou te amar.

- Eu te amo também. Fique bem.

 Fique bem

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