Capítulo 18

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Chegando em seu quarto, Monique deixou o coração junto à corda, debaixo de sua cama. Mas ela não estava bem. Estava fraca. Ela mal conseguia falar com o espelho, que demostrava pena e compaixão pela rainha, que se deitou e caiu num sono profundo.

A rainha acordou com uma voz feminina assustadora:

- Feiticeira, levante-se e olhe PARA MIM! 

- O que? O que aconteceu? - Monique abriu os olhos e se deparou com uma bela mulher, que vestia um manto negro e dourado. Seus braços e cabelo eram adornados com tentáculos de um polvo negro.

- Não me reconhece, sou eu, Alecto, rainha das fúrias. - A mulher falou.

- Como? por que está aqui? - Monique se recompõe e toma sua postura como rainha. 

- Você usa magia como se fosse algo natural, que tenha nascido junto com você, mas está errada!

- Onde está querendo chegar com isso?

- Este mal-estar é só o começo do preço a ser pago pela magia.

- Não interessa o quanto eu tenha que sofrer, terei o que quero e NADA, nem NADA irá me impedir, nem você, nem Deus, nem Satanás, NINGUÉM!

- Faça o que quiser, rainha amargurada. Mas eu estou te avisando, no final, quando tudo isso acabar, o preço a ser pago será maior do que todos, e eu farei questão de cobrá-lo de você! - Alecto sorri e desaparece numa bruma negra.

Monique arregala os olhos e dá uma pancada do dossel, com fúria.

- Acalme-se, rainha, você está fraca, e seja melhor parar de uma sua magia por um tempo. - Nas profundezas do espelho, a voz grossa fala à Monique.

- Eu disse que não abandonarei meu plano de destruir esse povo patético, e quem você pensa que é para dizer se eu estou bem ou não? - Monique fala com nojo.

- Desculpe, rainha, é claro. - O espelho calou-se.

A Rainha e o EspelhoOnde histórias criam vida. Descubra agora