A Rainha e o Espelho

Capítulo 14

- Acho que estou apaixonado pela rainha. - Jean fala para Raul.

- Isso é meio contraditório, não acha? - Raul fala surpreso. - Você tentou matá-la, disse que ela era maldosa, dentre outras coisas.

- Eu sei.. Mas ela é tão linda. Eu tenho uma leve impressão que já beijei ela.

- Deve ser só impressão. Você bateu a cabeça e desmaiou, deve ser algumas sequelas temporárias da pancada. - Raul deduz. - Que anel é esse?

- Eu sinto que já a beijei, não importa o que ache. E esse anel foi um presente da rainha.

- Ok, ok.. É um anel muito bonito. Espero que essa paixão repentina pela rainha não te machuque, meu irmão.

- Pode deixar, tomarei cuidado.

Empregadas

- O que será que aquela megera feiticeira fez? - Rose, umas das empregadas fala.

- Eu não sei.. Só espero que Alice esteja bem. - Mary, a outra empregada se refere à mulher que foi levada pela rainha.

- Será que devemos contar a alguém? - Rose pergunta. 

- É melhor não, pelos menos por agora. Ela disse que se contássemos, iriamos morrer. Devemos limpar toda essa comida nojenta que a rainha amaldiçoou. 

- É claro. - As duas mulheres limparam a cozinha, na espera que Alice aparecesse.

Alice nunca apareceria. Ela havia morrido por causa da maldição do espelho. Isso pode acontecer com todo reino se Monique conseguir libertar a maldição.

- Olá, fedidas impróprias. - Monique chega na cozinha e encontra as empregadas.

- O que fez com Alice? - Rose, foi corajosa e enfrentou a rainha.

- Isso é jeito de tratar a rainha? - Monique, estava numa expressão sóbria e imponente.

- É assim que devemos tratar uma bruxa satânica! - Mary grita, do outro lado do fogão. - Devemos queimá-la!

- Devem me queimar? Como fizeram com Tereza, aquela curandeira que foi acusada de BRUXARIA! - Monique estica sua mão cheia de jóias e seus anéis garra, e usa sua magia para atrair Mary até ela.

- A existência das duas era e ainda é imprópria. - Rose fala. - Nos mate se quiser, bruxa maldita, mas o poder de Deus é mais poderoso que o seu.

- Que tolice - Monique dá uma gargalhada maligna. - Até agora, eu não quis sujar minhas mãos, mas é necessário agora!

- As bruxas são covardes, usam magia para matar em vez de um combate corpo a corpo! - Mary grita, bem na frente de Monique.

- Não preciso de magia para te matar! - Monique pegou uma faca de cortar carne e enfiou próximo ao pulmão de Mary. A pobre empregada cai fraca no chão, depois de um minuto, seus olhos já não tinham mais vida. - Deixarei você viva, e não conte à ninguém que sou uma bruxa, ou sua família sofrerá e deixarei você viva, para ver sua amada família arder no fogo do inferno!

Monique desintegrou o corpo de Mary e voltou para seus aposentos. Rose ficou perturbada por causa daquela cena e começou a chorar.

Monique estava mais implacável ainda.