Capítulo 12

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- Vamos começar com o ingrediente mais fácil, a corda. - Monique fala para o seu espelho.

- Como irá conseguir uma corda utilizada para  suicídio? - O espelho fala. A voz grossa se espalha pelo grande quarto de Monique.

- É simples e prático. Eu trago uma corda para meu quarto e faço uma empregada limpá-lo, e então uso a maldição para ela se enforcar. - Monique, além de ser bonita e esperta, era perspicaz.

- É um plano inteligente. A rainha pensou em tudo. 

- Bom, eu estou realmente cansada de jogar conversa fora. Hora de colocar meu plano em prática!

Monique sai de seu quarto e entra na cozinha do castelo. Lá tinha algumas mulheres, pobres e cansadas.

- Que lugar mais... nojento.. - Monique sussurrou.

- O que disse rainha? - Uma das empregadas fala. - Eu ouvi você dizer algo.

- Mais respeito, empregada imunda! - Monique andou em direção da mulher e encostou seus anéis afiados na bochecha da mulher. - Eu quero que você limpe meus aposentos.

- Mas, o rei proibiu qualquer empregado de entrar no seu quarto por ter um certo perigo lá.. - A empregada entregou tudo.

Monique sorriu, se divertindo com a situação.

- Não deveria ter contado Maria! - Uma outra empregada disse. - Solte-a rainha megera! - A empregada petulante jogou uma panela com água na rainha.

As empregadas riram da situação constrangedora da rainha.

- la table de la nourriture, une terrible épidémie de peste honte. Slugs! - Monique disse. Era um feitiço.

Todas as mulheres da cozinha se espantaram com a reação da rainha.

De repente. Toda comida das panelas da cozinha borbulharam e lesmas negras começaram a surgir das panelas.

- JESUS! - Uma das empregadas grita. - Sangue de Cristo tem poder! 

- Não adianta pedir preces à Deus. Nem Ele e nem ninguém pode me deter. - Monique solta uma gargalhada maldosa. - Se vocês, lixos ambulantes, contarem para alguém que posso conjurar feitiços ou coisa do gênero, morrerão! E eu preciso de alguma vagabunda para limpar meu quarto! - Monique pega uma das empregadas do quarto e a leva para o quarto. 

Quando a pobre empregada olha para o espelho e vê seu reflexo, dá um suspiro longo e olha para corda, na qual amarra em seu pescoço e aperta com força. A mulher sobe na cama de Monique e amarra a corda na viga do dossel e pula. O seu peso não foi suficiente para ela morrer na hora, e levou seis minutos até morrer sem ar. Essa morte dolorosa e lenta levantou o ânimo de Monique, na qual assistiu aquele suicídio de uma visão privilegiada. 

A Rainha e o EspelhoOnde histórias criam vida. Descubra agora