Capítulo 8 - Mc Livinho

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   No caminho pro hotel eu pensei em Laís. Não conseguia tirar ela dos meus pensamentos o resto do dia, até porque nem me esforcei para isso. Quer dizer, a garota é fascinante, linda, gostosa pra caralho, mano a mina é tudo de bom! Impossível esquecer.   
     Estava tão vidadraço na garota que nem me liguei que eu não havia ligado pra Byanca.    Peguei meu celular e digitei seu número. Tocou uma, duas, três vezes...     
    - Oi - ela responde.  
    - Oi amor, tudo bem? - Pergunto.
     Ela suspira e eu penso em dizer a ela o que aconteceu entre mim e Laís, mas lembro que não é preciso se preocupar. Ela não descobriu nada. Nem vai descobrir. 
    - Estou. E você ?  
    - Bem melhor agora.  
    - Como foi o show ?  
    - Nossa, foi maravilhoso. Melhor show que já fiz em minha vida, Bya você devia ter visto, a galera daqui da Bahia é mó da hora. Eles são bastante receptivos, fora que são alegres com tudo, parece que para eles nada é ruim.   
      - Que bom Oliver, fico feliz. 
      - Conheci até uns caras aqui. Inclusive, decidi ficar mais uns dias, não tenho nenhum show programado para está semana. 
      - Como assim ? Você vai ficar em Salvador mais dias ?  
      - Sim. Qual o problema ? Não tem nada aí em São Paulo, custa nada eu ficar aqui.  
      - Nossa Oliver, chega ser ironia você falar que não tem nada em São Paulo.  
     - Amor, eu quis dizer no sentindo de que não tem nada que eu já não tenha visto. Poxa, por que você também não vem ?    
     - Oooh pensei que não fosse me convidar.   
     - Por que tá falando isso ? Você sabe que é bem vinda sempre aonde eu estiver.  
     - Parece que você encontrou alguma outra distração aí, nem quer mais vir pra casa, né ?    
     - Pelo amor de Deus Byanca, procura entender o que quero dizer. Não ponha palavras em minha boca.  
     - Ah Oliver, fala sério. Era só isso que vocé queria falar pra mim ?  
     - É, né !?  
    - Ok.  
     - Ok!?  
    Byanca desligou o celular sem nem me dizer um "tchau". Poxa, fiquei chateado. Não entendo porquê as mulher tem que ser tão ciumentas!     
     Liguei pra os carinha que conhecir na Top Ressaca. Eles atenderam assim que chamei.  
     - Iae sacaninha!  
     - Qual foi tio!? Quando é a parada?     
     - É hoje pow.  
     - Hoje ?  
     - Sim. Duas em ponto.   
     - Onde é esse lugar aí ?   
     - Cara, fica na sua que a gente passa para te pegar no hotel. Se eu te falar você não vai saber onde é mesmo, e é surpresa.   
     - Aah tendi, joguinho! Tô ligado.   
     - Duas em ponto, viu meu patrão?   
     - Ok, vou está pronto antes disso.   
     - Beleza.  
     Passei o resto do dia dormindo, até porque qause não dormir, quer dizer, nem dormir. Cair no sono assim que coloquei minha cabeça no travesseiro. Sonhei com Laís, ela vinha em minha direção, sorridente e mostrando toda sua sutileza e serenidade. Seus cabelos estavam presos em um rabo de cavalo, os olhos pretos brilhavam com a luz do sol. Vestia um vestido de praia marron, deixando transparecer seu biquíni preto e seu corpo maravilhosa.   
      Ela se aproximou de mim. Esperei que falasse algo, mas simplesmente continuou ali, sorrindo e me olhando. Por fim eu falei:     
     - Oi.  
     - Tudo que tem a me dizer é isso ? Oi ?     
     - O que esperava ? Uma declaração ?  
     - Sim! Que nem Pedro Álvares Cabral fez quando encontrou o Brasil.   
     Ela dá de ombros e fixa seus olhos em mim mais uma vez.    
     - Seus avós nem sonhavam em nascer nessa época, como você vai saber que ele fez uma declaração ?  
     - Aah, quem disse que eu preciso ser dessa época para saber ?  
     - Então como você sabe ? 
     - Tar, sabendo ora!   
     - Isso não é resposta.    
     Livinho...Livinho....LIVINHO.     Dei um pulo na cama e parei diante de Abel.    
     - Porra Abel, precisa me acordar assim ? - Pergunto zangado.  
     - Ai, a menina ficou com raivinha por que eu o acordei ?! - Abel zomba. 
    Reviro meus olhos e olho o relógio. QUÊ ? 15:47 
? Cê é louco, as horas passam rápido demais.   
     Corri para o banheiro e tomei um banho rápido, vestir qualquer roupa e desci pra portaria.  
      - Êa Livinho!   
      - Iae tio.  
      - Chegou na hora certa.   
      - Estou ansiosa pra saber onde nós vamos.
      - Relaxe pombo sujo, chegaremos logo. - Uma menina de greds fala.  
    Andamos pelas avenidas de Salvador. Passamos por umas rotas até chegar em um mercado, o Bom Preço. Viramos em uma esquina e chegamos numa praia.      - Que praia é esta ? - Pergunto.
     - Anita.   
     - A cantora ?  
     - Não. Óbvio que não! - A Menina de greds responde.  
    - Anita, anita praia. Nada ver com aquela ridícula.   
    - Ha-hã. - Apenas digo.   
   Caminhamos para a praia. O lugar não tava lotado, mas também não tava vazio. Tava no meio termo. De longe eu reconheci seus cachos, eles balançavam com sutileza e delicadeza. Nossa, é o destino.   
     Quando nossos olhos se encontraram tanto ela como eu ficou sem jeito.   
     - Iae Laís! - Mário, o cara que me convidou pra praia a comprimenta.  
     - Oi Mário.   
     - Laís querida. - A Menina de greds fala.  
     - Oi Eliza.  
    Eu a olho e a comprimento:  
     - Oi.  
     - Oi.    
    Duas garotas idênticas surgem de trás de Laís e me olham com grandes olhos verdes curiosos.  
    - Hummm. Então esse é o Mc Livinho ? O bostetico que vocês idolatram ?   
   - Clarisse! - Laís a repreende.  
   - Qual foi piveta ? Vai me dizer que ele não é um bostetico ?  
   - Livinho, não ligue para minha irmã, ela odeia funk. - A outra fala.  
    - Ok.   
    - Vishe gente, ele tem demencia?!- Clarisse me olha tentando entender porque eu não falava nada.  
    - Clarisse, pare de encher o saco do Oliver. Vá atrás de Filipe, ele é o único que se importa com suas reclamações. - Uma outra garota surge falando. 
     - Eu realmente tô confuso. Alguém pode me mostrar quem é quem ? - Eu falo finalmente.  
     Laís fala por intermédio de todos:   
     - Desculpe. Essa quem tanto fala mal de você é Clarisse.  
     Clarisse pisca o olho para mim e mando um beijinho. Olho para ela sem entender nada, mas...  
      - Essa aqui - ela puxa a garota idêntica a outra e diz: - É irmã gêmea dela, Ana. 
   Ana sorrir para mim. Retribuo o sorriso e volto a presta atenção em Laís.  
     - Essa por fim é Laila.  
     Laila da um grito e se joga em meus braços.  
     - Aaah eu sou louca por você Livinho! - Ela fala em meus ouvidos.  
     - Obrigado.   
    Quando finalmente Laila me solta eu dou um sorriso pra todos e digo:    
     - Bem, um prazer conhecer vocês.   
     - O prazer é todo nosso. - Laila responde.  
     - Sai sua bostetica! - Clarisse a empurra. - Fale por você. 
    - Iii keridinha. Os incomodados que se mudem, eu hein!   
     - Onde conheceu o Livinho Mário? - Pergunta Laís.  
     - É mesmo, você não foi ao show dele na The Choice. - Ana concorda.  
     - Tar, The Choice é pra vocês. Eu fui pra Top Ressaca, e lá o conheci.  
     - Aposto que só foi por causa de Lá Fúria. - Clarisse fala. 
     - Foi isso mesmo - Mário fala rindo.  
     - Queria ter ido. - Laís fala.  
     - É mesmo - Eliza para e olha fixamente para Laís - Onde você tava que não foi pra Top Ressaca ?    
      
                      ***

   Olá gente. Espero q Vcs gostem dá história, querendo lembrar q algumas coisas são verídicas, seguindo a vida do artista a gente acaba aprendendo algumas coisas dele, óbvio!! Entretanto, muitas coisas é ficção. Antes q alguém ache q isso possa ter acontecido. Bem, Obg aqueles q estão lendo e me seguindo!!

Crazy Life - Mc LivinhoOnde histórias criam vida. Descubra agora